Liga das Nações

A influência de Liverpool e Leverkusen no jogaço entre Holanda e Alemanha

Em gols dos dois lados, é possível ver a influência do futebol de clubes na partida pela Liga das Nações entre holandeses e alemães

Em um jogaço na Johan Cruyff Arena, Holanda e Alemanha terminaram em um justo e agitado 2 a 2 pela 2ª rodada do grupo 3 da Liga das Nações. Dentre vários destaques da partida, chamou atenção em alguns gols a influência do futebol de clubes nas seleções.

Tanto na vitória sobre a Bósnia como hoje, Ronald Koeman mostrou como observou o Liverpool de Arne Slot para extrair algo novo de Ryan Gravenberch, que tem jogado como primeiro volante nos Reds.

Na seleção laranja, o meio-campista não foi, necessariamente, o camisa 5, mas esteve por todo o campo como aconteceu nas partidas pelo clube de Anfield. Dessa forma que apareceu para dar a assistência do primeiro gol holandês, marcado por Reijnders após pivô de Brobbey e passe perfeito de Gravenberch.

Pelo lado alemão, Robert Andrich, considerado um volante comum e dedicado até a chegada de Xabi Alonso no Bayer Leverkusen, se transformou nas últimas temporadas em um ótimo passador, além do poderio defensivo que sempre teve.

Não virou um craque ou diferenciado, mas passou a ter mais apreço pela bola e mostrou enorme qualidade para fatiar uma bola para a infiltração de Raum antes do segundo gol da seleção alemã, concluído por Kimmich na sequência.

Este tento do lateral e capitão da Mannschaft foi a virada após Undav igualar o placar em jogada com falha defensiva de Matthijs de Ligt.

A Holanda firmou o 2 a 2 com Dumfries, concluindo na pequena área como faz na Internazionale — outro legado do futebol de clubes — em linda jogada de Brian Brobbey, atacante que teve grande atuação.

Com o empate, a dupla fica igualada na liderança da chave, ambos com 4 pontos. Bósnia e Hungria ficaram no zero e somam 1 cada.

Erros marcam agitado primeiro tempo

Foram 45 minutos do mais alto nível de futebol. Em tanto equilibro, os erros pesaram para que o placar fosse 2 a 1 neste início.

Pelo gol cedo, o quadro do jogo era básico: Alemanha mais com a posse de bola e tentando atacar com muita gente (às vezes seis na última linha adversária), enquanto a Holanda buscava atacar em dois ou três toques, sempre buscando o pivô de Brobbey ou um ataque em profundidade nas costas da defesa.

Isso rendeu muitas jogadas interessantes e quase um lá e cá a todo momento. Depois do gol de Reijnders em grave falha da defesa visitante, Havertz respondeu com uma batida na rede pelo lado de fora.

No contra-ataque, a Laranja assustou com Simons na cara do gol após lançamento perfeito de Gravenberch — Ter Stegen defendeu. Antes, Dumfries recebeu cruzamento sozinho na marca do pênalti, mas cabeceou para fora.

Tiveram mais outras tentativas do selecionado de Ronald Koeman com Xavi Simons e Gakpo, mas, no fim, a Mannschaft se mostrou mortal nos erros rivais. Primeiro, De Ligt entregando, depois a vez do sistema defensivo dormir ao permitir toques na área.

Final tem queda da intensidade após gol de empate

A Holanda voltou tão bem que demorou só cinco minutos para igualar o placar. Isso, no entanto, não ajudou ao andamento da partida, que perdeu ritmo e intensidade.

A Alemanha conseguiu responder com Havertz, em jogada que só não marcou no meio da área pela influência da defesa holandesa. Depois, também pelo alto, Raum tentou por cima do gol.

Gravenberch arriscou de longe e exigiu a única defesa do jogo, muito bem executada por Ter Stegen. No fim, sobrou apenas o empate.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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