Champions League

‘Melhor sem Mbappé’: Finalista da Champions League, PSG cumpre profecia de Luis Enrique

Parisienses deixaram estrelas no passado -- e treinador espanhol já sabia que saída do astro francês seria positiva

Desde que Kylian Mbappé foi para o Real Madrid, no início da temporada, o PSG passou a ser mais alternativo. Sem estrelas mundiais, Luis Enrique levou os parisienses de volta à final da Champions League, cumprindo sua própria profecia.

No dia 27 de abril de 2024, o treinador espanhol cravou que o PSG “seria mais forte” sem o atacante francês. À época, Mbappé sequer tinha anunciado sua ida aos Merengues, enquanto os parisienses já sabiam que ele não iria renovar seu contrato.

Um ano depois, Luis Enrique tornou o PSG um dos melhores times da Europa, cuja consagração pode vir no dia 31 deste mês, na final contra a Internazionale, em Munique. E o técnico provou que não precisa de uma enxurrada de reforços badalados para buscar o título inédito.

Luis Enrique foi visionário

Luis Enrique deixou o PSG com sua cara Foto: (Imago)
Luis Enrique deixou o PSG com sua cara Foto: (Imago)

Em meio à novela sobre o futuro de Kylian Mbappé, Luis Enrique usou o final de 2023/24 para fazer testes sem o craque entre os titulares. Apesar do atacante ter sido a referência técnica nas temporadas anteriores, o treinador dos parisienses já pensava em soluções sem o francês.

O astro não gostou da diminuição dos minutos em campo, mas o PSG passou a trabalhar um jogo mais coletivo. Aliás, essa foi a mensagem que o comandante espanhol passou aos torcedores dos parisienses às vésperas da despedida de Mbappé.

— São ciclos. A equipe ainda está em construção. No próximo ano, seremos mais fortes do que neste ano. Essa é a minha mensagem, minha ilusão e meu desejo. Transmitir uma ideia e valores para competir.

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O novo PSG compete

O segredo do PSG é o jogo coletivo Foto: (Imago)
O segredo do PSG é o jogo coletivo Foto: (Imago)

Em seu primeiro ano sem jogadores badalados como Neymar, Lionel Messi e Mbappé, o PSG já repetiu sua melhor campanha na história da Liga dos Campeões. E muito disso graças à filosofia implementada por Luis Enrique.

Com a saída do atacante francês, os parisienses estão mais equilibrados na defesa e no ataque. O grande nome desse novo PSG é Ousmane Dembélé, que não tem jogado mais preso no lado direito, mas sim centralizado e com liberdade para flutuar.

Mesmo chamado de “low profile”, o PSG segue gastando fortunas em contratações, a exemplo de Khvicha Kvaratskhelia. Nasser Al-Khelaifi segue à frente dos investimentos do Catar. Entretanto, o que mudou é o modelo de reforços, que se encaixam às ideias do técnico espanhol.

Em fevereiro deste ano, Luis Enrique admitiu que foi “corajoso” ao cravar que os parisienses estariam melhores sem Kylian Mbappé. Como ações dizem mais do que palavras, o treinador apontou para a evolução do PSG dentro de campo para mostrar que estava certo.

— Os números confirmam. Todo mundo queria Mbappé, mas a equipe está respondendo positivamente, em um nível espetacular.

Donnarumma acredita que grupo está mais unido sem o astro

Donnarumma aponta benefícios da saída de Mbappé do PSG Foto: (Imago)
Donnarumma aponta benefícios da saída de Mbappé do PSG Foto: (Imago)

Herói da classificação contra o Arsenal na semifinal da Champions, Gianluigi Donnarumma também foi perguntado sobre como a saída de Mbappé afetou o vestiário dos Parisienses. O talento do atacante francês é unânime, porém, o goleiro do PSG vê mais união entre os jogadores.

— A nossa mentalidade mudou, agora somos uma equipe melhor. Sentimos a falta do Kylian Mbappé, ele é um dos melhores jogadores do mundo e um grande amigo, mas o grupo no PSG ficou muito unido.

Como futebol não é lógico, os parisienses podem até perder para os Nerazzurri, um dos melhores times do continente desde a chegada de Simone Inzaghi. Mesmo assim, é inegável que o PSG mudou — e para melhor.

Foto de Matheus Cristianini

Matheus CristianiniRedator

Jornalista formado pela Unesp, com passagens por Antenados no Futebol, Bolavip Brasil, Minha Torcida e Esportelândia. Na Trivela, é redator de futebol nacional e internacional.
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