Champions League

‘Ele merece’: Marquinhos atinge marcas históricas ao erguer a Champions League pelo PSG

Capitão e ídolo, zagueiro brasileiro é peça essencial e um "sobrevivente" na equipe de Luis Enrique

A temporada 2024/25 ficará para sempre guardada no coração de Marquinhos. Não satisfeito em se tornar o jogador com mais títulos na história do Paris Saint-Germain, o zagueiro, ao conquistar a Champions League pela equipe parisiense neste sábado (31), entrou para uma seleta lista: ele é apenas o segundo brasileiro a levantar a taça da competição continental como capitão.

Só dois remanescentes da geração vice-campeã em 2020 (derrota para o Bayern de Munique na final) estão no elenco campeão europeu do PSG, são eles: Kimpembe, reserva que quase não atua mais; e Marquinhos — capitão, líder e titular absoluto.

— Eu amo todos vocês! Dei tudo de mim, eu queria demais esse título, sofremos por 12 anos, queríamos demais! Foi difícil, muito difícil. Mas isso mostra o valor desse clube, o desejo. Todos vocês (os torcedores), os que estão aqui, os que estão no Parc, os que estão em todo o mundo, muito obrigado! A energia de vocês nos deu o que fizemos hoje. Não tenho mais forças, só quero dizer obrigado, eu amo vocês — disse Marquinhos ao “Canal +”.

E a decisão em Munique, contra a tricampeã Internazionale, teve um gostinho especial para o camisa 5. Afinal, mais do que a goleada por 5 a 0 e sua atuação sólida (novamente) na defesa, Marquinhos é um “sobrevivente” e peça essencial do “novo PSG” de Luis Enrique.

O técnico espanhol promoveu uma verdadeira transformação no plantel, despachando estrelas, promovendo jovens e escolhendo jogadores a dedo no mercado. Resultado disso? Criação de uma nova identidade, que culminou na conquista de todos os títulos disputados em 2024/25 — Champions League, Ligue 1, Copa da França e Copa da Liga Francesa.

— 5 a 0? Isso é demais, nem sei se merecemos tanto. Eu disse isso antes do jogo, eu amo essa equipe, estou apaixonado por essa equipe. Temos uma filosofia real e o técnico trouxe muita energia. Acho que os torcedores estão orgulhosos. Aproveitem, rapazes, aproveitem! Eu amo vocês, eu amo vocês. Estaremos juntos amanhã, o título é nosso, vamos levá-lo para casa — celebrou o zagueiro.

Marquinhos se junta a Marcelo e faz história na Champions

Marquinhos com a taça da Champions League
Marquinhos com a taça da Champions League (Foto: Imago)

O primeiro — e até esse sábado (31) único jogador brasileiro — a levantar como capitão a taça da Champions League foi o ex-lateral-esquerdo Marcelo, campeão pelo Real Madrid em 2021/22 (venceu outras quatro pelo clube merengue, sem ser capitão). O ex-Fluminense, que anunciou aposentadoria em fevereiro desse ano, não chegou a jogar a final naquela ocasião, mas como era considerado o capitão principal, vestiu a braçadeira e ergueu o troféu após o apito final.

Marquinhos, com a histórica conquista do PSG diante da Inter, é o segundo brazuca a ter essa honra. E não se trata de qualquer capitão. O zagueiro, como citado, é indispensável no esquema de Luis Enrique e idolatrado pela apaixonada torcida parisiense.

E a relevância do camisa 5 na trajetória do Paris rumo ao título da Champions fica evidente ao observarmos sua participação quase integral no torneio. Marquinhos esteve presente em 16 das 17 partidas disputadas pelo clube francês, iniciando como titular em todas elas.

Ele foi substituído somente uma vez, nos minutos finais do confronto de volta contra o Liverpool, pelas oitavas de final. A única ausência ocorreu na primeira partida das quartas de final, frente ao Aston Villa, em virtude de uma suspensão automática por acúmulo de cartões amarelos.

“Marquinhos, o capitão… ele merece”.

“Marquinhos em lágrimas. Sinceramente feliz por ele”.

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Marquinhos vai ficar no PSG?

Na coletiva de imprensa antes da final, Marquinhos foi questionado sobre seu futuro no PSG. O zagueiro de 31 anos, cujo contrato com o clube francês vai até junho de 2028, revelou ainda ter muita gasolina no tanque. Seu objetivo é seguir ajudando comissão técnica e diretoria a alcançar novos feitos pela instituição.

— O mais importante é o que eu sinto, o que o clube sente sobre o meu futuro. Eu jogo cada jogo como se fosse o último. É a melhor abordagem na nossa profissão. Não posso prever o meu futuro. A comissão técnica e a direção do PSG estão felizes com o meu trabalho. Tenho muito amor por este clube, muita admiração. Posso contribuir muito para o time, posso dar muito.

Marquinhos não só é o atleta mais vitorioso da história do PSG, bem como o que mais conquistou títulos em toda a trajetória do futebol francês, somando 34 troféus.

Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
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