Donnarumma se redime, responde heroísmo de Alisson e PSG elimina o Liverpool
Após vencer por 1 a 0 em 120 minutos, Paris triunfa também nos pênaltis com brilho do goleiro italiano

Em uma das eliminatórias mais emocionantes dos últimos anos na Champions League, o PSG foi até Anfield, venceu por 1 a 0 após 120 minutos e ainda conseguiu triunfar nos pênaltis por 4 a 1. Os franceses, avançando nas oitavas de final após a derrota na ida ao Liverpool, viram a consagração de Donnarumma em uma trajetória gigante nos dois jogos.
O goleiro, criticado por ter aceitado um chute não tão difícil de Elliott na França, conseguiu se redimir ao defender dois pênaltis (Darwin Núñez e Curtis Jones) e ofuscou Alisson, que voltou a brilhar hoje, como tinha feito no Parque dos Príncipes.
Além do brilho nos pênaltis, o italiano ainda parou Konaté, em chute de fora da área, e Luis Díaz, em cabeçada, com dois tapas que mostraram toda sua envergadura.
A redenção de um jogador criticado não apenas pela última semana, mas por falhas anteriores na Champions, como na eliminação para o Real Madrid em 2022.
O PSG, sem craques e apostando no coletivo, avançou às quartas como um time melhor na soma da eliminatória e agora espera Aston Villa ou Brugge — os Villans venceram a ida por 3 a 1.
Dembélé fez jogaço e abriu o placar
Antes de Donnarumma brilhar, quem apareceu foi o camisa 10 dos visitantes. Ousmane Dembélé, de falso nove (e com liberdade para cair pelas pontas), abriu o placar logo cedo, aos 11 minutos, quando saiu da referência, acionou Barcola e apareceu para concluir na área após bate cabeça da defesa dos Reds.
O francês também estava lá para fazer seu pênalti no momento decisivo, como também fizeram Vitinha, Gonçalo Ramos e Doué.
1º tempo espetacular termina com PSG em vantagem
Ao fim de 45 minutos foram 17 finalizações e pelo menos cinco grandes chances somando os dois times. Um jogo incrível, com duas propostas bem claras: o Liverpool queria sufocar a saída de bola adversária e atacar o mais rápido possível, enquanto o PSG tentava contra-atacar em quase toda bola que tinha.
Em apenas nove minutos, Nuno Mendes já tinha tirado um chute de Salah em cima da linha, o próprio egípcio tinha mandado um chute colocado para fora e Van Dijk subiu sozinho em escanteio para cabeceio em cima da marcação.
O gol parisiense veio na sequência desses lances e o segundo quase veio depois: em roubada de bola, Kvaratskhelia acionou Barcola em profundidade, e o ponta chutou em cima de Alisson. No meio disso, Donnarumma tinha defendido um belo chute de Konaté de fora da área.

Após 15 minutos alucinantes, o jogo perdeu ritmo, mas o visitante continuou fiel à sua estratégia. Em outra bola roubada, Kvara criou outra grande chance ao passar para Dembélé, que partia sozinho para ficar na frente de Alisson, mas adiantou demais.
O georgiano recebeu de volta o presente anterior em cruzamento rasteiro e tentou um chute que quase foi no ângulo — Gravenberch desviou de forma decisiva. Ainda teve tempo para Dembélé novamente chegar com perigo em chute colocado que quase encobriu o goleiro dos Reds.
Liverpool domina segunda parte, mas não consegue marcar
Praticamente só um lado jogou desde o retorno do intervalo. Intensos e sufocantes, os Reds amassaram os franceses e por pouco não saíram com a classificação no tempo normal. Teve gol (bem) anulado por impedimento, milagre de Donnarumma em cabeçada de Díaz, Kvaratskhelia tirando bola em cima da linha de Salah, testada de Quasah na trave e muito mais.
O lado visitante, que quase só assistiu à etapa final, escapou apenas uma vez com perigo. Aos 41, um contra-ataque rápido terminou em chute de Kvara que quase morreu no ângulo.
Prorrogação: Paris retoma controle, e Alisson decide com milagre
Apesar de estudado e com receio de ambos os lados pelo risco de eliminação constante, os 30 minutos finais tiveram um lado bem superior. O PSG só não saiu com a vitória porque Alisson salvou uma chapada espetacular de Dembélé.
O time parisiense ainda chegou em cabeçada perigosa de Beraldo e batida perigosa de Doué. Só no segundo tempo da prorrogação foram oito finalizações do visitante. Não deu para o Paris marcar.