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Celta e Genk quase se espelharam em uma partidaça entre ataques impetuosos

Nenhum dos dois times está indo bem na temporada nos campeonatos nacionais que disputam. Em La Liga, o Celta de Vigo briga no meio da tabela e tenta superar equipes como a Real Sociedad, o Eibar, o Espanyol e o Athletic Bilbao para chegar perto da zona de classificação para a Liga Europa. No Campeonato Belga, o Genk ficou em oitavo lugar na temporada regular, e, por isso, não conseguiu descolar uma vaga nos playoffs. O culpado pelos maus resultados e desempenho inexpressivo de ambos os times ficou transparente no duelo entre os dois pelas quartas de final da Liga Europa. São duas equipes com dificuldades defensivas que comprometem os ataques que têm. Ataques estes que, nesta quinta-feira, foram impetuosos e deram ao jogo a atmosfera de uma verdadeira corrida.

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Aos 17 minutos do primeiro tempo, três gols já tinham sido marcados e uma virada já havia sido protagonizada. Em Balaídos, o Genk saiu na frente com pouco tempo de bola rolando por culpa de uma falha dos zagueiros do Celta. Foi aos dez minutos que Boetius apareceu livre entre os defensores do time de Vigo para cabecear. E não demorou nem cinco minutos para que os Célticos esboçassem uma reação e fossem para cima. A ofensiva foi tão precisa que Pione Sisto deixou tudo igual na Espanha, depois de John Guidetti ter o encontrado sozinho na área e enfiado uma bola na medida certa para o dinamarquês. E por falar no sueco também, é necessário exaltar a atuação dele na partida de hoje. A assistência para o tento de empate não foi 1/3 do que ele construiu, tentou e aprontou contra os belgas.

Dois minutos depois do placar ser alterado para 1 a 1, Iago Aspas, em grande fase, apareceu para fazer um belo gol de média distância. Aproveitando os espaços que deixava a defesa do Genk, ele chutou cruzado e baixo da entrada da grande área e colocou o resultado favorável para o Celta. Resultado que poderia ter sido ampliado logo em seguida, porque os galegos botaram uma pressão gigantesca nos belgas após fazerem 2 a 1. Guidetti já havia servido Sisto, mas sentiu que ainda precisava deixar o dele na partida. E assim o fez aos 38 do primeiro tempo, com Aspas o assistindo. O Genk respondia a maioria das jogadas ofensivas do Celta com contra-ataques bastante perigosos para uma defesa vulnerável como a dos espanhóis, mas quem foi melhor na primeira etapa foi mesmo o time da casa, que quase sempre parava no inspirado goleiro Mat Ryan, emprestado pelo Valencia ao Genk no início deste ano.

Fazendo 3 a 1 de virada, a equipe de Vigo diminuiu um pouco o ritmo, mas não parou de atacar. Os buracos na defesa, no entanto, persistiram, e o Celta tomou o segundo gol aos 22 minutos do segundo tempo. Buffel entrou em campo e, poucos minutos depois, fez o Genk conseguir respirar um pouco mais tranquilo: 3 a 2. E é este placar que vai levar o fim dessa história a ser escrito na Bélgica. A classificação ficou em aberto graças a um jogaço entre dois times muito parecidos no sentido de terem muitas deficiências na sua forma de defender e no mau posicionamento de seus defensores, mas que atacam bem. O placar em Balaídos pode até não ter sido espelhado, mas o que as duas equipes fizeram, foi, sim, como um espelho. E, por isso, foi uma partidaça.

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Foto de Nathalia Perez

Nathalia Perez

Jornalista em formação trabalhando a favor de um meio esportivo mais humano. Meus heróis sempre foram jogadores de futebol, mas hoje em dia são muito mais heroínas.
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