Espanha

Incompetência do Barcelona pode custar uma bolada de milhões de euros à Real Federação Espanhola de Futebol

Se o Barcelona não for mais competente dentro de campo, quem vai pagar o (alto) preço é a Real Federação Espanhola de Futebol

Na última quarta-feira (24), o Barcelona perdeu para o Athletic Bilbao por 4 x 2, no Estádio Jose Maria Sanchez Martinez, na prorrogação, pelas quartas de final da Copa do Rei. Com o resultado, a equipe de Xavi Hernández se despede da competição. Mais do que isso, a incompetência do Barça pode custar uma bolada de milhões de euros à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Isso porque, nesse momento, o Barcelona está fora da zona de classificação à próxima Supercopa da Espanha. Vale lembrar que, há menos de duas semanas, os Blaugranas foram vice-campeões do torneio realizado na Arábia Saudita, já que perderam a final para o Real Madrid por 4 x 1. Por mais que seja um dos gigantes do país, os Culés não estão garantidos na próxima edição do torneio.

A RFEF mudou o formato da Supercopa da Espanha a partir da temporada 2019/20. Anteriormente, a taça era disputada entre o campeão de LaLiga e o vencedor da Copa del Rey. De lá para cá, a competição conta com os ganhadores dos principais campeonatos do país, além dos vice-campeões. Além disso, as partidas são realizadas na Arábia Saudita, como uma forma de atrair mais público – e dinheiro.

Só que, caso o Barcelona não se classifique à Supercopa da Espanha de 2025, quem vai pagar o preço é a federação espanhola. Segundo o jornal Marca, o torneio pode perder até € 5 milhões (cerca de R$ 26,6 milhões) em valor se um dos seus gigantes (entenda-se Merengues e Barça) não garantirem vaga. E o prejuízo pode afetar diretamente o planejamento da Real Federação Espanhola de Futebol.

Entenda como o Barcelona pode prejudicar a RFEF caso não se classifique à Supercopa da Espanha

Atualmente, o time de Xavi está na 3ª posição de LaLiga com 44 pontos, oito atrás do líder Girona, que tem um jogo a mais. O Real Madrid também tem uma rodada a ser disputada e ocupa a vice-liderança do campeonato, com 51 pontos. Se a competição terminasse hoje, Blanquivermells e Merengues se classificariam à Supercopa da Espanha através das duas vagas disponíveis pela Liga Espanhola.

O Barcelona, por sua vez, caiu antes das semifinais da Copa do Rei, que pode abrir vagas para a Supercopa da Espanha caso os finalistas sejam os dois primeiros colocados de LaLiga. Entretanto, tanto Girona, quanto Real Madrid, também foram eliminados nas quartas de finais. Em resumo, os Culés precisam ser campeões ou vice-campeões espanhóis para não ficarem de fora do torneio da Arábia Saudita.

Se isso acontecer, o problema é da RFEF e de todo o futebol espanhol devido à distribuição dos valores da Supercopa da Espanha. Metade da quantia vai para Barça e Merengues, que embolsam € 6 milhões (em torno de R$ 32 milhões), enquanto os outros 50% são investidos pela federação no futebol de base. Na ausência de um dos dois gigantes do país na competição realizada na Arábia Saudita, as cifras diminuem.

Na última edição da Supercopa da Espanha, Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid chegaram a doar € 200 mil (aproximadamente R$ 1 milhão) cada para o Osasuna, na tentativa de igualar um pouco a distribuição do dinheiro. Enquanto Blaugranas e Merengues começam com € 6 milhões, os Colchoneros recebem um pouco menos. Contudo, o valor ainda é superior ao quarto time, que mal recebe € 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões).

Se o conto de fadas do Girona se concretizar em LaLiga, o Barcelona terá que ultrapassar o Real Madrid na 2ª posição do campeonato, o que causaria o mesmo problema para a Supercopa da Espanha, com a diferença de que os Merengues ficariam de fora. Xavi Hernández acredita que o Barça ainda tem chances de ser campeão espanhol. Resta saber se a equipe terá competência dentro de campo para provar isso.

Foto de Matheus Cristianini

Matheus CristianiniRedator

Jornalista formado pela Unesp, com passagens por Antenados no Futebol, Bolavip Brasil, Minha Torcida e Esportelândia. Na Trivela, é redator de futebol nacional e internacional.
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