Eliminatórias da Copa

Brasil ouve ‘olé’ e aumenta lista de vexames nas Eliminatórias com derrota para Paraguai

Com estrelas apagadas, Seleção joga mal (mais uma vez) e perde por 1 a 0 no Defensores del Chaco

A CBF decidiu mudar o comando. Saiu Fernando Diniz, chegou Dorival JúniorE o Brasil segue acumulando marcas negativas nas Eliminatórias da Copa do Mundo.

O vexame da vez veio nesta terça-feira (10), no Estádio Defensores del Chaco — e com direito a “olé”. A Seleção perdeu por 1 a 0 para o Paraguai, com um golaço marcado por Diego Gómez ainda no primeiro tempo.

Foi a primeira derrota do Brasil para a seleção paraguaia em 16 anos. A última havia ocorrido em 2008, também fora de casa, pelas Eliminatórias da Copa de 2010.

Trata-se de mais uma marca negativa de uma seleção que vive seu pior início de Eliminatórias da história.

> As marcas negativas do Brasil nas Eliminatórias:

  • derrota para o Paraguai pela primeira vez em 16 anos;
  • três derrotas seguidas pela primeira vez na história das Eliminatórias;
  • perdeu em casa pela primeira vez na história das Eliminatórias;
  • derrota para a Colômbia pela primeira vez na história das Eliminatórias;
  • derrota para o Uruguai pela primeira vez em 22 anos;
  • derrota nas Eliminatórias pela primeira vez em oito anos.

Por que derrota para o Paraguai é vexame?

E acredite: não é apenas a quebra da invencibilidade de 16 anos que transforma a derrota para o Paraguai em vexame.

A seleção paraguaia tinha apenas uma vitória e um gol marcado nas Eliminatórias — o 1 a 0 sobre a Bolívia.

Além disso, o Paraguai somava apenas quatro vitórias em 23 jogos disputados nos últimos dois anos.

Os adversários: Bolívia, Panamá, Nicarágua e Emirados Árabes Unidos.

Vini Jr durante jogo com a seleção Brasileira. Foto: Imago
Vini Jr vai de mal a pior na Seleção. Foto: Imago

Como foi o jogo

Brasil “mereceu” sofrer gol no primeiro tempo

Com Endrick como titular, Dorival Júnior escalou a equipe com o centroavante que — nas palavras do treinador — fez falta na vitória por 1 a 0 sobre o Equador.

A ideia era ter um camisa 9 na referência para segurar a linha de defesa do Paraguai e abrir espaço para as chegadas de Rodrygo, Lucas Paquetá e Vinicius Jr.

Não funcionou.

Mesmo com a mobilidade e boas triangulações do trio de meias e imensos 72% de posse de bola, o Brasil pouco fez. Foram apenas duas finalizações.

O Paraguai mal teve a bola e finalizou mais vezes — foram três conclusões.

Numa delas, Diego Gómez anotou um senhor golaço em um chute de trivela — obrigado pela homenagem — da entrada da área. E vale dizer: ele teve toda a liberdade para fazer a finalização.

Brasil amarga mais um vexame nas Eliminatórias (Foto: Gazeta Press)

Dorival mexeu bem, mas não foi suficiente

No segundo tempo, Dorival voltou com João Pedro e Luiz Henrique nos lugares de Endrick e Bruno Guimarães.

O Brasil ficou mais agressivo e ensaiou uma pressão… Que durou apenas dez minutos.

Depois disso, as investidas da Seleção se limitaram a muitos cruzamentos com baixíssimo aproveitamento — salvo uma finalização de fora da área de Vini Jr, defendida por Gatito Fernández.

Fruto de uma equipe sem repertório e de estrelas que somem em campo, de tão apagadas. Caso de Vini Jr, principalmente.

A situação do Brasil nas Eliminatórias

Com a derrota, o Brasil cai uma posição, mas segue na zona de classificação para a Copa do Mundo de 2026. A Seleção ocupa a quinta colocação nas Eliminatórias, com dez pontos.

Os próximos jogos do Brasil

A Seleção só volta a campo agora na próxima Data Fifa, em outubro, quando enfrenta as duas piores seleções da Eliminatórias.

  • Chile x Brasil — 10 de outubro (local e horário a definir)
  • Brasil x Peru — 15 de outubro — Mané Garrincha (horário a definir)
Foto de Eduardo Deconto

Eduardo DecontoSetorista

Jornalista pela PUCRS, é setorista de Seleção e do São Paulo na Trivela desde 2023. Antes disso, trabalhou por uma década no Grupo RBS. Foi repórter do ge.globo por seis anos e do Esporte da RBS TV, por dois. Não acredite no hype.
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