Brasil precisa vencer a Argentina por tranquilidade nas Eliminatórias e para mostrar que manda no Maracanã

Depois da derrota de virada para a Colômbia, por 2 a 1, em Barranquilla, a Seleção Brasileira inicia na tarde deste sábado (18), a sua preparação na Granja Comary, em Teresópolis, a sua preparação para encarar a Argentina, na próxima terça-feira (21), às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã. E o técnico Fernando Diniz sabe que terá trabalho para impedir a queda de mais um tabu diante dos seus rivais sul-americanos. Afinal, o que não falta são desfalques importantes. Simultaneamente a isso, o treinador pode fazer o Brasil vencer a seleção argentina no estádio carioca depois de três décadas.

Nos últimos dois jogos, Diniz não soube encontrar soluções e viu o Uruguai colocar fim em um período de 22 anos sem vitórias sobre o Brasil em jogos válidos pelas Eliminatórias e, na quinta-feira (16), a Colômbia conquistar o seu primeiro triunfo sobre a Seleção Brasileira também considerando apenas as partidas de classificação para a Copa do Mundo.

Contra a Argentina, o Brasil terá que vencer para sustentar o tabu de nunca ter sido derrotado em casa pelo seu arquirrival em compromissos das Eliminatórias. Desde que a disputa passou a ser realizada com todas as seleções do continente se enfrentando em turno e returno, Brasil e Argentina se enfrentaram quatro vezes em terras tupiniquins. O retrospecto aponta para três vitórias brasileiras e somente um empate.

Brasil x Argentina, no Brasil, pelas Eliminatórias

• 26/07/2000 – Brasil 3×1 Argentina – Morumbi, em São Paulo
• 02/04/2004 – Brasil 3×1 Argentina – Mineirão, em Belo Horizonte
• 18/06/2008 – Brasil 0x0 Argentina – Mineirão, em Belo Horizonte
• 10/11/2016 – Brasil 3×0 Argentina – Mineirão, em Belo Horizonte

Argentina se assusta com o Brasil no Maracanã?

Apesar de não saber o que é perder para a Argentina em casa, o Brasil também tem os seus traumas diante dos atuais campeões mundiais. Isso porque, a Seleção Brasileira não vence os ‘hermanos' no Maracanã há 34 anos. Na ocasião, a Seleção Brasileira superou a Argentina por 2 a 0, com gols de Bebeto e Romário, e ficou com o título da Copa América de 1989.

Vale ressaltar que de lá para cá as duas seleções só se encontraram no mítico estádio carioca mais duas vezes. Mas, em ambas, os argentinos saíram com a vitória.

A primeira delas ocorreu em um amistoso às vésperas da Copa do Mundo de 1998, quando a Argentina venceu por 1 a 0 com gol de Claudio López. Já a segunda foi na final da Copa América de 2021, que terminou com a conquista dos argentinos, após nova vitória por 1 a 0, com gol marcado por Ángel Di Maria.

¡ARGENTINA CAMPEÓN!🇦🇷🏆

La selección argentina volvió a conquistar y hacer vibrar el continente tras 28 años, ante su clásico rival en el mítico Maracaná 🏟️. ¡La espera terminó! ¡Felicitaciones @Argentina , actual campeón de la CONMEBOL Copa América 2021!🎉🏆#VibraElContinente pic.twitter.com/YPlk8CgHJX

— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) July 11, 2021

Referências do Brasil não encaram a Argentina

Em um momento delicado nas Eliminatórias, vindo de derrotas para Uruguai e Colômbia, e de um empate com a Venezuela, o Brasil receberá a Argentina no Maracanã com desfalques importantes. Além do goleiro Ederson, do lateral-direito Danilo, do meio-campista e capitão Casemiro e do atacante Neymar, que não atuaram em Barranquilla por conta de lesões, a Seleção Brasileira não terá Vini Jr. contra os argentinos.

O camisa 7 do Brasil sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda contra a Colômbia e foi cortado pelo técnico Fernando Diniz para voltar ao Real Madrid e iniciar a sua recuperação. Nenhum jogador foi convocado para substituí-lo.

Gabriel Jesus fica com a vaga de Vini Jr.?

Por isso, a partir deste sábado, Diniz terá que aproveitar os três dias de trabalho que terá na Granja Comary para encontrar a melhor formação visando o clássico em casa. Uma possibilidade a ser considerada é a entrada de Gabriel Jesus no lugar de Vini Jr.

O atacante do Arsenal foi preservado do jogo em Barranquilla e permaneceu na Granja Comary acompanhado do fisioterapeuta Charles Costa, do preparador Marquinhos e do médico Felipe Kalil em continuidade ao tratamento de uma lesão muscular na coxa sofrida no fim do mês passado com a camisa do seu clube.

Caso tenha condições, Diniz pode recorrer à experiência de Jesus na seleção para formar o ataque com Raphinha e Gabriel Martinelli abertos pelos lados do campo. Já se a intenção do treinador for controlar o meio-campo, o Brasil pode adotar o 4-3-3 pelo 4-4-2 com Douglas Luiz ou Joelinton na vaga de Vini Jr.

No mais, a Seleção Brasileira não deve ser muito diferente em termos de escalação do que foi contra a Colômbia.