Eliminatórias da Copa

Em noite de Luís Diaz, Brasil sucumbe para a Colômbia e vê (mais um) tabu desaparecer

Brasil sofre com a noite inspirada do atacante Luís Diaz e perde para a Colômbia, de virada, por 2 a 1

A Seleção Brasileira não vive um bom momento. Comandado pelo técnico Fernando Diniz, o Brasil foi perdeu de virada para a Colômbia, por 2 a 1, na noite desta quinta-feira (16), no estádio Metropolitano de Barranquilla, na Colômbia.

O triunfo cafetero, com direito a gritos de olé, foi liderado pela excelente atuação de Luis Diaz, que, além de marcar os dois gols colombianos, infernizou o sistema defensivo brasileiro ao longo de toda a partida. Não fosse a boa atuação do goleiro Alisson, Lucho, como o camisa 7 é conhecido no país, teria levado os donos da casa a um resultado mais elástico. O gol brasileiro foi marcado no início do primeiro tempo por Gabriel Martinelli.

Os dois gols de Diaz garantiram uma quebra de tabu aos colombianos: a equipe nunca havia batido a Seleção Brasileira em uma partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Em 14 jogos anteriores, eram sete vitórias brasileiras e sete empates

Com o resultado, os comandados de Diniz seguem estacionados nos 7 pontos e caem para a 5ª colocação das Eliminatórias Sul-Americanas. Já a Colômbia chega aos 9 pontos e assume a terceira posição.

Brasil tem bom início de jogo e sai na frente

Com um quarteto muito ofensivo na frente, a seleção brasileira teve um início de jogo avassalador em Barranquilla. Mesmo fora de casa, o time de Diniz tomou a iniciativa. E, com Vini Jr, Raphinha, Martinelli e Rodrygo bem entrosados, o Brasil envolveu a Colômbia. Logo com 2′, em boa jogada entre Raphinha e Emerson Royal, o lateral cruzou na cabeça de Vini Jr, mas o atacante mandou por cima do gol.

Pouco mais de um minutos depois, Vini Jr. compensou o gol perdido. Maritinelli tabelou com o atacante do Real Madrid, que invadiu a área e tocou no momento certo para o companheiro só empurrar com a ponta da chuteira para as redes, abrindo o placar para o Brasil.

Colômbia se encontra na partida e cria boas oportunidades

A boa impressão da seleção de Diniz durou pouco tempo. A partir dos 10′, o Brasil perdeu intensidade e a Colômbia passou a dominar o jogo. Luis Díaz, pela esquerda, levou a melhor na maioria dos lances contra Emerson Royal, que estava mal defensivamente. Com muitas jogadas pelos lados e centralizadas na área, a Colômbia passou a assustar. Carrascal obrigou Alisson a fazer um grande defesa em chute rasteiro, aos 15′.

E, o que estava complicado, piorou aos 25′, quando Vini Jr sentiu dores na coxa esquerda e precisou ser substituído. Fernando Diniz optou pela entrada de João Pedro, que ficou mais próximo da área adversária, fazendo o Brasil perder a conexão entre o meio e o ataque, que era feita principalmente pelo atacante do Real Madrid.

Com Luís Diaz e James Rodríguez inspirados e com muita liberdade, a Colômbia seguiu criando oportunidades. Em contra-ataque, o atacante do Liverpool fez boa jogada individual, mas foi travado por André no momento da finalização. O Brasil só voltou a ameaçar nos últimos minutos do primeiro tempo, mas sem tanto perigo.

Diniz organiza uma parada técnica

Diante das oportunidades criadas pela Colômbia, Diniz, bastante incomodado, aproveitou um momento em que o atacante Raphinha precisou de atendimento médico e chamou todos os demais jogadores para uma conversa em que o treinador não foi nada amistoso.

Torcida cafetera fez a sua parte nas arquibancadas

O entusiasmado torcedor colombiano que lotou as arquibancadas do estádio Metropolitano fez a sua parte. Ao longo de todo o primeiro tempo, a torcida empurrou a sua seleção com gritos de “Si, se puede’ demonstrando confiança de que era possível vencer a seleção pentacampeã mundial.

O mais reverenciado dos Cafeteros era o atacante Luís Diaz, que, além de ser o jogador mais perigoso do ataque da Colômbia, foi atleta do Junior Barranquilla. A cada arrancada em velocidade do camisa 7, a torcida entoava gritos de “Lucho… Lucho…”. O jogador contava com a presença de seu pai, Luis Manuel Diaz, que ficou 12 dias sequestrado e só teve o reencontro com o filho na véspera da partida.

Colômbia volta melhor, mas Brasil quase amplia

Após o intervalo, a seleção da Colômbia seguiu tentando submeter o Brasil a uma pressão. Porém, foi o Brasil que quase marcou com um forte chute de Raphinha, que passou rente à trave. Mais tarde, o próprio Raphinha carimbou a trave dos donos da casa.

Dono de um estilo agressivo e que pratica muitas faltas, os colombianos foram ao desespero com as marcações do árbitro uruguaio Andres Matias Matonte, que na maioria das vezes paralisou os lances mais agressivos.

Lucho faz o Metropolitano explodir de alegria

Destaque da partida, o colombiano Luis Diaz, depois de parar diversas vezes nas mãos do goleiro Alisson, aproveitou um cruzamento na área e desviou para o fundo das redes. O Metropolitano de Barranquilla explodiu numa festa linda. Mas isso era só o começo. No ataque seguinte, o tricolor James Rodríguez cruzou outra bola na área, pelo lado direito do ataque, e Lucho, de novo, com estilo, virou o jogo para a Colômbia.

A partir daí só se ouvia uma única música em Barranquilla: “Olê… olê… olê… olê… Lucho… Lucho”.

Endrick estreia na Seleção Brasileira

Imediatamente ao segundo gol da Colômbia, Diniz, que havia colocado Paulinho no lugar de Rodrygo, promoveu mais três substituições. Entraram Endrick, Pepê e Douglas Luiz. Saíram Renan Lodia, Gabriel Magalhães e Raphinha.

Mas aí já era tarde. Tomada pela imensa festa da sua torcida, que continuou exaltando Luis Diaz até o fim do jogo, a Colômbia assegurou a vitória sobre a Seleção Brasileira, que conheceu a sua segunda derrota cinco jogos nestas Eliminatórias.

O Brasil agora se prepara para encarar a Argentina, na próxima terça-feira (21), às 21h30, no Maracanã. A Colômbia, por sua vez, visita o Paraguai também na terça-feira.

Foto de Bruno Lima

Bruno Lima

Bruno Lima nasceu em Santos (SP) e se formou em Jornalismo na Universidade Católica de Santos (UniSantos) em 2010. Antes de escrever para Trivela, passou por A Tribuna
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