Destaque do Internacional desabafa sobre Seleção: ‘Nós, do sul, precisamos fazer o dobro’

Um dos grandes destaques do Internacional na sequência de 14 jogos de invencibilidade no Campeonato Brasileiro, Vitão é um jogador com potencial de Seleção Brasileira.

Porém, o zagueiro de 24 anos entende que precisará fazer muito mais do que seus concorrentes de posição para receber uma oportunidade com o técnico Dorival Jr.

— Vocês sabem: nós que jogamos aqui no Sul temos que fazer o dobro para ter reconhecimento. O Alan Patrick, se estivesse no eixo, com certeza estaria na Seleção, porque está merecendo faz um bom tempo. Vem desempenhando, vem sendo nosso protagonista — exemplificou.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (13), no CT Parque Gigante, Vitão também afirmou que teria mais chances se sua ida para o Real Betis, da Espanha, tivesse sido concretizada na janela de transferências da metade do ano.

— Com certeza se tivesse acontecido minha ida para a Europa, eu estaria no radar, por ser um zagueiro novo, por ter passado por todas as categorias da Seleção, só não a principal agora — opinou.

Vitão retomou titularidade no Internacional em alto nível

Em agosto, Vitão chegou a deixar Porto Alegre para viajar à Europa e acertar com o Real Betis. Porém, nos trâmites finais da negociação, o clube espanhol modificou a estrutura da proposta, o que desagradou à diretoria colorada e melou o negócio.

Reintegrado, Vitão manteve o foco no Inter. Após figurar no banco de reservas em três partidas, reassumiu a titularidade por conta da expulsão de Rogel, no empate em 0 a 0 com o Cruzeiro, no dia 28 de agosto. Com atuações de alto nível, não deixou mais a equipe.

— Quando voltei, tive uma conversa com o Roger, falei que estava 110% com a cabeça, porque trabalho meu mental por fora, tenho essa mentalidade boa. Tivemos uma conversa olho no olho, ele disse que eu teria que correr atrás do meu momento, e eu super entendi, sem nenhum problema.

‘O mental é mais importante que o físico', afirma Vitão

Sobre ‘trabalhar o mental por fora', já que o Inter não conta com psicólogos no clube, Vitão revelou que faz isso há algum tempo. E que considera fundamental para conseguir ter um bom desempenho dentro de campo.

— Acho até que o mental é mais importante que o físico. Se o mental está bem, o físico responde. Para mim está sendo muito importante. Trabalho também minhas tomadas de decisões: como meu mental vai reagir em um erro, que pode acontecer, em um momento ruim que o time que eu esteja passando — contou.

— Se o seu mental não estiver bem, se o seu mental estiver ruim, você não consegue render em campo. Procuro trabalhar forte meu mental, toda minha semana estou fazendo sessão, e acho que é muito importante. Para quem não faz, acho muito importante buscar, ir atrás, porque faz muita diferença, está fazendo muito diferença para mim — recomendou.