Palmeiras aumenta patrocínios em 46% e fortalece dois possíveis sucessores de Leila Pereira
Grupo político da presidente vai ganhando corpo para o pleito de 2026

O Palmeiras anunciou ontem um contrato de patrocínio com a Fictor, uma holding especializada em gestão empresarial. Em outras palavras, o que a Fictor faz é investir capital em empresas, tornando-se co-administradora delas.
O campo de atuação parece obscuro para o público geral. Mas certamente é rentável, dado que a companhia acertou com o clube por três anos — com a possibilidade de um quarto –, por um valor fixo de R$ 25 milhões, mais R$ 5 milhões variáveis em bônus atrelados a metas.
Com o acordo, o departamento de marketing do Palmeiras chega a negociações que somam uma arrecadação anual de R$ 194 milhões, ante os R$ 133 milhões de 2024 — R$ 83 milhões vinham da Crefisa: crescimento de 46%.
- Sportingbet: R$ 100 milhões
- Puma: R$ 50 milhões
- Fictor: R$ 25 milhões
- Sil: R$ 11 milhões
- Uniasselvi: R$ 8 milhões
Everaldo vai ganhando força no clube
Talvez a peça mais criticada de todo o gabinete de Leila Pereira, Everaldo Coelho ganha força política no clube com o sucesso das negociações.
Apenas diretor de marketing no primeiro mandato da presidente, uma aposta exclusivamente dela, o gestor foi eleito vice-presidente no pleito de novembro último.
E, como Leila não poderá tentar um terceiro mandato no fim de 2027, o gestor começa a ser visto no clube como um possível nome para sucessão presidencial, calcado no sucesso de seu departamento.
A Trivela já indagou o executivo sobre o tema, que negou completamente qualquer aspiração nesse sentido a esta altura dos acontecimentos. Mas no seu grupo político, e até entre membros da oposição, já há quem o veja como uma possibilidade.
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Paulo Buosi é outra via

Vice desde as gestões de Mauricio Galiotte, Paulo Buosi é outro nome que vem se fortalecendo como aspirante à principal cadeira da diretoria alviverde.
Buosi vem sendo figura cada vez mais presente nos eventos institucionais. Recentemente, representou o Palmeiras no sorteio dos grupos da Copa Libertadores, no Paraguai. Em protesto, Leila não compareceu.
Por conta disso, coube a Buosi fazer as duras declarações contra as ridículas medidas antirracismo da Conmebol. Bem como dar uma verdadeira lição sobre o tema ao presidente do Cerro Porteño durante o evento.
Com a exposição, Buosi, ligado diretamente ao departamento de futebol e visto há tempos como um possível novo presidente do Palmeiras, também vai ganhando musculatura política para o próximo pleito.
O que, no fim das contas, só amplia e expõe o poderio político de Leila Pereira — além de pavimentar a continuidade de seu projeto político.