Fora de reunião sobre reforma do gramado, Palmeiras segue com data de volta ao Allianz indefinida
Palmeiras não foi consultado ou sequer comunicado oficialmente sobre a tentativa de cronograma pensado pela WTorre
O Palmeiras continua sem saber quando voltará a jogar no Allianz Parque. De acordo com fontes do clube ouvidas pela Trivela, a reunião da Soccer Grass com a WTorre, na quinta-feira (1º), que definiu alguns tópicos relativos à reforma do campo, não contou com representantes do clube.
Desse modo, a expectativa de que o time enfrentaria o Mirassol em seu estádio, já no próximo dia 24, pelo Campeonato Paulista, por enquanto, é apenas uma especulação.
Isso porque o Palmeiras não está convencido de que apenas a substituição do composto termoplástico por material orgânico de cortiça, que é o plano de ação das duas empresas envolvidas com o gramado, será suficiente para deixar o campo em condições perfeitas.
A substituição do termoplástico por cortiça deixará o campo do Palmeiras com características semelhantes ao do Estádio Nilton Santos, que não costuma ser alvo de reclamações por parte de jogadores.
Até a noite de quinta-feira (1º), o Palmeiras não havia recebido nenhum laudo ou explicação técnica da WTorre dando conta de que a mudança será suficiente.
Trocar tudo
A ideia inicial do clube era ter uma troca completa do gramado. Na entrevista coletiva após a vitória sobre o Santos, no domingo (28), o técnico Abel Ferreira inclusive verbalizou tal desejo e até deu uma estimativa de prazo: 30 dias.
O Palmeiras não está necessariamente irredutível quanto a jogar no local sem a substituição completa. Mas só vai aceitar a manobra pretendida por WTorre e Soccer Grass se o entendimento do clube for de que o gramado tem perfeitas condições.
Na visão do clube, apenas os profissionais do departamento de futebol, incluindo jogadores e profissionais da área de saúde, poderão atestar a máxima qualidade do campo de jogo. Até lá, o clube segue com os locais de seu mandos de jogos pendentes.
O clube já solicitou a troca do mando de seu confronto com o Ituano do Allianz para a Arena Barueri. E também já sabe que terá de mandar o Dérbi do dia 18, contra o Corinthians, em outra praça.
Cronologia do caos
Abel Ferreira se queixa do gramado desde o fim de 2023. Após Palmeiras x Fluminense, último jogo do time no Allianz no Brasileiro do ano passado, o técnico já havia dito que o campo precisava ser trocado.
Após a vitória sobre o Santos, Abel foi novamente taxativo sobre o tema. Simultaneamente ao fim da entrevista, veio a nota oficial do Palmeiras, dizendo que o time não jogaria mais no local até que a questão fosse resolvida.
Na mesma nota, o Verdão ameaçava pedir a interdição do estádio, o que inviabilizaria também a realização de shows e complicaria muito o fluxo de caixa da WTorre. Horas mais tarde da ameaça do clube, a WTorre informava que iria trocar o termoplástico do campo.
Na quinta-feira, Soccer Grass e WTorre se reuniram e decidiram optar pela substituição do termoplástico por um composto orgânico de cortiça. O Palmeiras, no entanto, não participou da reunião. O que significa que o retorno ao gramado no dia 24, contra o Mirassol, como imaginam as empresas, é uma mera especulação.
Enquanto não puder ter o Allianz Parque, o Palmeiras, em tese, vai jogar na Arena Barueri, que hoje é administrada pela Crefipar, empresa pertencente a Leila Pereira e seu marido. No dia 8, é na cidade da Grande São Paulo que o Alviverde vai receber o Ituano pelo Paulistão.