Brasil

Garrincha, 90 anos: sete textos do nosso arquivo que recontam as histórias de Mané

Se ainda estivesse vivo, Garrincha completaria 90 anos neste sábado: em homenagem, resgatamos alguns textos antigos da Trivela sobre o Anjo das Pernas Tortas

O dia 28 de outubro poderia ser feriado no Brasil, nem que fosse um feriado restrito apenas a competições esportivas. Foi nesse dia, em 1933, que o futebol ganhou sua maior alegria: nascia Garrincha. Entretanto, a data não deveria servir para que os campeonatos fossem resguardados. Pelo contrário. Deveria ser obrigatório que todos os times estivessem em campo. Que todo jogador tentasse reproduzir um mínimo da magia de Mané. Invariavelmente todos falhariam, porque a maneira como o camisa 7 deslumbrava a partir de seus dribles permanece como algo único no esporte. De qualquer maneira, essa simplicidade que faz parte da essência de Garrincha é também parte inerente do próprio futebol.

A memória sobre Garrincha permanece viva através daqueles que o viram jogar, por mais que esses se tornem com o tempo mais raros. Algumas de suas peripécias só os olhos puderam testemunhar, porque sequer existem vídeos, como nos famosos minutos contra a União Soviética na Copa do Mundo de 1958. Ainda assim, muito daquilo que Mané fez de maravilhoso está documentado. A arte do atacante virou livro e poesia, virou filme e música, virou tudo aquilo que a imaginação tocasse – porque aquelas pernas tortas faziam a imaginação voar. Garrincha vive por meio de tantas e tantas histórias, de quem foi a história e a delícia de ser futebol, mesmo com as dores da vida.

Para celebrar os 90 anos do nascimento de Garrincha, aproveitamos para resgatar sete textos do arquivo da Trivela que falam sobre Mané. Uma maneira de exaltar quem fez o futebol ser maior e mais alegre, mesmo que nunca recompensado da maneira devida.

– Sete histórias incríveis da Alegria do Povo

Quando o nascimento de Garrincha completou 80 anos, selecionamos sete histórias deliciosas para lembrarmos de Mané, que mostravam como ele foi não apenas um camisa 7 lendário, mas também um dos personagens mais interessantes que o futebol já viu.

– Quando Drummond usou a maestria de suas palavras para o adeus a Mané

Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica marcante dois dias após a morte de Garrincha, unindo duas artes sublimes que marcaram a história do Brasil.

– Há 60 anos, Garrincha destroçava a Inglaterra na Copa: sete recortes de jornal sobre a mágica atuação do camisa 7

Garrincha marcou dois gols contra os ingleses, embaralhou a vista dos marcadores com uma infinidade de dribles e “adestrou” até cachorro, numa das maiores atuações da história das Copas.

– Uma preciosidade: todos os dribles aplicados por Garrincha na Copa de 1962 em uma só thread

Uma conta no Twitter compilou 62 dribles que Garrincha executou na Copa de 1962: um verdadeiro tesouro que inclui caneta, chapéu, drible da vaca, cortes para os dois lados e movimentos muito além daqueles clássicos de Mané.

– Quando Garrincha quase trocou o alvinegro do Botafogo pelo da Juventus

O talento de Garrincha também foi objeto de cobiça dos grandes clubes europeus, mas o negócio nunca se concretizou. A Juventus foi uma das mais persistentes, através de Paulo Amaral, especialmente após o estrondo na Copa de 1962.

– Assista ao melhor documentário já feito sobre Mané Garrincha

“Garrincha, a Alegria do Povo” é um dos maiores clássicos do cinema esportivo nacional. A película completa está disponível no YouTube. Assim, reproduzimos o filme que mostra a vida simples do craque, seu impacto sobre a população e, claro, muitas das suas jogadas.

– Do som da vitrola ao grito da torcida, sete histórias de Elza Soares ligadas ao futebol

A relação entre Elza Soares e Garrincha é uma das histórias de amor mais conhecidas do futebol. No obituário da cantora em 2022, falamos sobre sua ligação com o esporte – e, obviamente, alguns episódios vividos ao lado de Mané.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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