Saiba por que Corinthians recusou oferta de R$ 90 milhões do Arsenal por Breno Bidon
Mesmo com meta orçamentária e necessidade de vender jogadores, Timão tem cautela para negociar o volante por quantia considerada vantajosa

Interessado na contratação do meia Breno Bidon, o Arsenal teve uma proposta recusada pelo Corinthians antes do fim da janela de transferências da Inglaterra, que se encerrou na segunda-feira (3).
A oferta de 15 milhões de euros (R$ 89,3 milhões) foi feita diretamente ao clube alvinegro e sequer chegou ao estafe do jogador, pois a quantia foi considerada baixa pela diretoria corintiana. A informação sobre o valor foi publicada inicialmente pela “Itatiaia” e confirmada pela Trivela.
Ainda assim, a reportagem apurou que a direção dos Gunners mantinha contato com os representantes do volante desde o ano passado. Tanto que poucos antes de Bidon renovar com o Corinthians, o que aconteceu no início da temporada atual, no dia 6 de janeiro, os ingleses sinalizaram com a apresentação do interesse formal pelo atleta.
Porém, o projeto sugerido pelos ingleses não agradou ao estafe de Breno, pois a ideia era utilizar o jogador inicialmente na equipe B e integrá-lo aos poucos ao elenco profissional.
Neste sentido, a equipe que gerencia a carreira do meia entende ser preferível a manutenção dele no Timão por mais uma temporada. Desta forma, o atleta seguiria o processo de amadurecimento da carreira sem deixar de atuar na elite e, sobretudo, no elenco principal do clube que possui contrato.
Enquanto isso, Breno Bidon ainda não estreou em 2025 pelo Corinthians, pois está entregue à seleção brasileira sub-20, que disputa o campeonato sul-americano da categoria, na Venezuela. A liberação corintiana para o meia atuar na competição faz parte de um acordo com o estafe de Bidon justamente para a ampliação da vitrine internacional do atleta.
Corinthians visa meta orçamentária com Bidon e estafe não tem pressa para vendê-lo
O Corinthians vive um momento financeiro delicado. A dívida total do clube é de R$ 2,4 bilhões, incluindo a Neo Química Arena. Em entrevista recente, o próprio presidente Augusto Melo admitiu que o clube alvinegro não possui caixa sequer para reforçar pontualmente o elenco.
Por isso, a venda de ativos se faz fundamental para o clube alvinegro nesta temporada. A previsão orçamentária traçada pela diretoria corintiana em 2025 prevê a arrecadação de R$ 181 milhões em vendas de direitos econômicos.
Pela exposição, viés de alta e monitoramento de clubes europeus, Breno Bidon naturalmente se coloca como alvo principal neste sentido. No entanto, há o consenso entre o clube e o estafe do atleta para não se deixarem levar pela primeira proposta apresentada.
O Timão não possui “número mágico” para vender Breno Bidon, mas estima negociá-lo por uma quantia maior do que os 20 milhões de euros (cerca de R$ 107 milhões na cotação da época) arrecadados na transferência de Gabriel Moscardo ao Paris Saint-Germain, da França, na temporada passada.
Enquanto isso, o estafe do meia conversa com outros times europeus, mas não possui pressa em negociar o atleta. Para as pessoas que cuidam do jogador, quanto mais ele amadurecer, maior será também a valorização.

Por conta do estilo de jogo e desejo pessoal de Bidon, são priorizados contatos com equipes inglesas. O estafe do atleta, inclusive, mantém conversas com representantes dos seis principais clubes do país: Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham.
O intuito dos representantes é que Breno Bidon seja negociado futuramente com um desses times, mas integrado diretamente ao elenco profissional. Também são mantidos contatos com clubes da Espanha e Itália, que correm por fora.
De toda forma, o objetivo dos responsáveis pela carreira de Bidon é que ele seja transferido para uma equipe que seja protagonista na liga que disputa. A tendência é que a janela de transferências do meio do ano seja crucial para o futuro de Breno Bidon.
O estafe do atleta e o Corinthians estão alinhados para encontrarem um ponto em comum para que o jogador, quando sair, seja transferido por uma proposta interessante em termos financeiros e de carreira. Com a renovação firmada no início do ano, Breno Bidon passou a ter vínculo até dezembro de 2029 com o Timão. A multa rescisória para o mercado internacional é de 100 milhões de euros (R$ 595 milhões, na cotação atual).