Brasileirão Série A

2º turno, 2ª chance? Vasco quase dobrou aproveitamento na reta final do Brasileiro

Depois de um péssimo primeiro turno, o Vasco contou com um aproveitamento digno de G6 para ter um final feliz no Campeonato Brasileiro

Depois de um péssimo primeiro turno, o Vasco conseguiu escapar do rebaixamento na última rodada do Campeonato Brasileiro. Na quarta-feira (6), a vitória sobre o Red Bull Bragantino coroou um returno espetacular. Sob o comando de Ramón Diaz e com os reforços da janela do meio do ano, o Vasco quase dobrou o seu aproveitamento em relação a primeira parte do Brasileirão. Assim, com essa campanha de recuperação, o Cruz-Maltino conseguiu a permanência na elite do futebol brasileiro.

O Vasco terminou o primeiro turno do Brasileiro com apenas 16 pontos conquistados, dentro da zona de rebaixamento, com um aproveitamento de 28,1%. Já no returno, o Cruz-Maltino fez 29 pontos, o que representa 50,8% dos pontos disputados. Foi a sétima melhor campanha do segundo turno e um desempenho que colocaria o clube na briga pelo G6.

Esta diferença do primeiro para o segundo turno fez o Vasco ser o clube que cresceu de produção de um turno para o outro. Foram 22,8% de diferença positiva para o Cruz-Maltino. O Atlético-MG, segundo time que mais cresceu e o clube que teve a melhor campanha do segundo turno, teve um aumento de 21,1%. O Botafogo, por exemplo, foi o time que mais teve diferença negativa de um turno para o outro. O Glorioso teve uma queda de 52,6% de aproveitamento.

O Vasco também teve o melhor segundo turno entre os clubes que brigaram contra o rebaixamento até a reta final do Brasileirão. Depois do Cruz-Maltino, com 29 pontos, viram Bahia e Corinthians, com 26 pontos cada.

Vasco conseguiu escapar do rebaixamento com uma grande campanha no returno do Brasileiro (Foto: Leandro Amorim/Vasco)

Arrancada começou ainda na reta final do primeiro turno

Apesar do ótimo returno, a arrancada do Vasco contra o rebaixamento começou ainda na reta final do primeiro turno. O técnico Ramón Diaz comandou o clube nos últimos quatro jogos da primeira parte da competição. Ainda que tenha sofrido duas derrotas nos dois primeiros jogos, para Athletico-PR e Corinthians, a situação mudou em seguida. Com a vitória sobre o Grêmio, em São Januário, pela 18a rodada, o Cruz-Maltino passou a ter um melhor desempenho e embalou para o returno.

Também vale ressaltar que o Vasco acabou sendo, de certa forma, “beneficiado” pelo adiamento de um jogo. Pela participação do América-MG na Copa Sul-Americana, o jogo entre os clubes, pela 15a rodada do Brasileiro, que deveria ter ocorrido em julho, quando o time ainda vivia má fase, só foi acontecer no fim de setembro. Naquele momento, a equipe de Ramón Diaz já passava por outro momento e, ao vencer o América-MG, no Independência, conseguiu deixar a zona do rebaixamento por um momento – eventualmente, o Vasco voltou ao Z-4, mas saiu na 33a rodada, no meio de novembro, para não voltar mais.

Ramón Diaz e reforços foram as chaves para mudança do Vasco

Pela situação do clube e do time na reta final do primeiro turno, era difícil imaginar o Vasco escapando do rebaixamento no Brasileirão. Mas a chegada do experiente Ramón Diaz e a janela de transferências do meio do ano mudaram a cara do time. Quando o técnico argentino chegou no clube, o Cruz-Maltino tinha apenas nove pontos conquistados em 14 jogos no Brasileirão.

Além de Ramón, os reforços contratos no meio do ano também foram essenciais para a melhora do time. Nomes como Medel, Maicon, Vegetti e Paulinho se tornaram nomes importantes da equipe. Payet também teve participação importante em alguns jogos e até mesmo o desconhecido Serginho teve seu momento de glória ao marcar o gol que garantiu o Vasco na Série A do Brasileirão.

No time titular que encarou o Red Bull Bragantino, por exemplo, cinco jogadores chegaram na janela de transferências do meio da temporada. E, além de Serginho, Paulinho, que entrou durante a partida, também deixou o dele no jogo mais importante do ano para o Vasco.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
Botão Voltar ao topo