Brasileirão Série A

São Paulo adota cautela sobre retorno e trata Galoppo como reforço de peso para 2024

Meia está em fase final de recuperação da cirurgia no joelho esquerdo e só deve retornar no ano que vem

O São Paulo já conta com um reforço garantido para 2024, e aqui não estamos falando de Erick, atacante que pertence ao Ceará e que já tem pré-contrato assinado para defender o clube a partir do ano que vem. O Tricolor trata o retorno de Giuliano Galoppo como uma “contratação” para a próxima temporada. O argentino era o principal jogador da equipe até março, quando sofreu a lesão que o tirou dos gramados desde então.

O meia está em fase final de recuperação da cirurgia que fez para reconstrução de ligamentos no joelho esquerdo e até poderia voltar a jogar antes do fim do ano. Mas este não é o plano para ele. O São Paulo quer Galoppo 100% para iniciar a pré-temporada em 2024. O período de preparação é visto como fundamental para não queimar etapas e reduzir riscos de uma nova lesão quando o argentino retornar aos jogos pelo clube. O próprio jogador disse em entrevista recente ao Diário Olé, da Argentina, que “não vale a pena” atuar ainda em 2023.

– Estou muito bem, falta cada vez menos e a verdade é que me sinto cada vez melhor. Todos os dias treino cedo e à tarde, às vezes faço turno duplo na academia para continuar intensificando a recuperação. Estimo que estarei bem antes do final do ano, mas não sei se vale a pena jogar. Acho que o melhor seria voltar aos poucos e aproveitar a pré-temporada para estar pronto. Não quero marcar uma data fixa para não me pressionar, o importante é voltar bem – afirmou Galoppo.

Galoppo era o destaque do São Paulo antes da lesão (Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP via Getty Images/One Football)

Críticas ao gramado do Allianz Parque

Na mesma entrevista às vésperas da partida em que o Boca Juniors eliminou o Palmeiras na semifinal da Libertadores, Galoppo fez duras críticas ao gramado do Allianz Parque. Foi lá que o meia rompeu os ligamentos do joelho esquerdo no duelo com o Água Santa, pelas oitavas de final do Paulistão. O Tricolor acabou eliminado nos pênaltis.

O argentino disse que é contra gramados sintéticos na Série A do Brasileirão e afirmou ainda que a grama artificial desequilibra os duelos. Mas ele subiu o tom, mesmo, quando comparou o campo do Allianz Parque com sintéticos em que se joga “futebol de 5”.

– Não sou a favor que os times da primeira divisão tenham sintéticos. A grande maioria dos campos é de grama natural, e a grama sintética faz a diferença a favor do time local. Além disso, o sintético do Palmeiras está muito desgastado e a bola passa muito rápido. Parece um daqueles sintéticos para jogar futebol de 5. Não é fácil jogar nesse tipo de campo – disse Galoppo.

A lesão de Galoppo e a expectativa para o retorno

Galoppo é tratado como reforço pelo São Paulo por tudo o que ele fez em campo antes da lesão. O meia era o artilheiro da equipe na temporada, com oito gols marcados em 11 jogos, além de contribuir também com duas assistências. A participação foi tão emblemática, que Luciano e Calleri só foram ultrapassá-lo na artilharia em junho, mais de dois meses após a sua lesão.

O meia rompeu os ligamentos do joelho esquerdo em março, ainda pelo Paulistão. Ele passou por cirurgia para reconstrução ligamentar ainda em março, no dia 20, na Argentina. Desde então, ele retornou ao Brasil e passou a fazer tratamento fisioterápico no CT da Barra Funda.

Mas o meia ainda teve de passar por uma nova cirurgia, mais simples, em maio. Galoppo foi submetido a uma artroscopia para retirada de uma fibrose no joelho esquerdo. O procedimento serviu apenas para fazer uma “limpeza” no local.

O prazo estimado pelo São Paulo para a cicatrização da cirurgia e recuperação total é de oito meses – o que liberaria Galoppo para atuar em novembro. O meia segue a rotina de fortalecimento muscular no CT da Barra Funda. A preparação é para ser um reforço digno de brigar por titularidade na equipe de Dorival Júnior a partir de 2024.

Foto de Eduardo Deconto

Eduardo Deconto

Eduardo Deconto nasceu em Porto Alegre (RS) e se formou em Jornalismo na PUCRS. Antes de escrever para a Trivela, passou por ge.globo e RBS TV.
Botão Voltar ao topo