América do SulBrasileirão Série A

Volta de Raposão e Raposinho é oportunidade de ouro para o Cruzeiro

Mascotes Raposão e Raposinho voltaram a ativa e já retomaram a rotina de visitas e viagens; dupla pode atrair novos torcedores para o Cruzeiro

O Cruzeiro passou cerca de cinco meses sem a presença de dois de seus principais símbolos: os mascotes Raposão e Raposinho. A simpática dupla, unanimidade na torcida celeste, passou por uma reformulação e, após muita polêmica e reviravoltas, voltaram a ativa no último mês de agosto.

Raposão e Raposinho, em ação social promovida pelo Cruzeiro
Raposão e Raposinho fizeram a festa das crianças no Centro Infantil Divina Providência – Foto: Cruzeiro/Reprodução

Agora, já devidamente remodelados e aprovados pela torcida, Raposão e Raposinho começaram a rotina de visitas e viagens, já tradicionais na atuação dos mascotes. Nesta sexta-feira (15), a dupla esteve no Centro Infantil Divina Providência na Cidade Dos Meninos, instituição que atende crianças de 2 a 11 anos em período integral, sendo estas, geralmente, oriundas de situação de vulnerabilidade social, em Ribeirão das Neves, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação foi realizada juntamente com a Associação Grandes Cruzeirenses e a Kombi Zeiros.

O vídeo divulgado pelo clube em suas redes sociais é cativante. Logo na chegada da dupla, diversas crianças cercaram a Kombi personalizada que trazia os personagens mais simpáticos do futebol brasileiro. Foi impossível conter a alegria do grupo que só pensava em abraçar Raposão e Raposinho. Alguns, inclusive, abandonaram a sempre boa hora da merenda para festejar os mascotes. “Raposão, Raposão, Raposão”, gritaram como se estivessem no Mineirão.

Durante o passeio, o Raposinho fez, inclusive, sua icônica comemoração ficando de ponta cabeça, sobre uma mesa e batendo palmas com os pés. Penso ao escrever nas professoras, vendo o mini mascote ensinando as crianças a fazer “arte”. E quando a “estripulia” saiu, foi como um gol. Os pequenos vibraram como os adultos fazem em gols como o de Nikão, na vitória por 3 a 0 contra o Santos, onde a vibração não leva nenhum resquício de preocupação ou apreensão: é vitória garantida.

Veja o vídeo abaixo:

Raposão e Raposinho no papel de cativar novos torcedores

Simpáticos, bem trabalhados e encarnados por profissionais competentíssimos, que morro de curiosidade para saber quem são, Raposão e Raposinho são a dupla perfeita, tanto no antigo visual, quanto no novo. O maior deles é imponente, durão, tem uma pose de super-herói, sem perder a simpatia. O pequeno? Esse é um barato. E tira umas cartas na manga que divertem do mais velho ao mais jovem.

A existência do Raposinho é, ainda, um grande atrativo para as crianças. A presença de um mascote mirim aproxima o mascote de seu principal público alvo. O Cruzeiro já anunciou que pretende explorar bem a imagem da dupla e até mesmo expandir o universo das raposas boleiras. Golaço dos responsáveis.

Além da festa nos jogos, os mascotes têm um papel importantíssimo nos clubes de cativar novos torcedores, praticar ações sociais e introduzir, de forma alegre, o clube fora do ambiente do futebol. Não ousaria duvidar que muitos cruzeirenses nasceram na visita de hoje. E, mais que um simples aumento nos números da torcida, a presença de Raposão e Raposinho naturalmente deu a quem esteve na visita, crianças e adultos, a correlação de Cruzeiro e alegria, acolhimento, responsabilidade social — importante para um clube que se orgulha de ser chamado de time do povo.

A volta de Raposão e Raposinho é oportunidade de ouro para o Cruzeiro e que o clube saiba aproveitá-la. Que as visitas no interior continuem como no passado. O time estrelado possui os mascotes mais simpáticos, divertidos e amados do Brasil, sem dúvidas. A torcida abraçou a atual mudança e participou dela. No caso da dupla, o troféu já está na mão, basta que este seja levantado.

Mudanças no Raposão e Raposinho

Em março de 2023, o Cruzeiro anunciou uma reformulação do layout do Raposão, que seria acompanhada pelo do Raposinho, em comemoração aos 20 anos de criação do mascote. A mudança, que não passou por aprovação da torcida celeste, foi amplamente rechaçada, causando revolta geral e até protesto na frente da Toca da Raposa 2.

A diretoria do Cruzeiro entendeu que a escolha não tinha sido das melhores, mas resolveu bancar a mudança, mesmo que não naqueles termos. Foi decidido, então, que seria criado um Comitê de Torcedores do clube, que saiu do papel no último mês de julho. Esse grupo passou a ter voz ativa nas decisões que envolvessem a torcida.

Ficou definido que alguns modelos de fantasia seriam apresentados aos membros do comitê e que estes escolheriam três para uma final, com decisão final dos sócios-torcedores da equipe. Bola dentro da diretoria. Assim se fez e o modelo atual foi escolhido por votação online.

O Cruzeiro alegou que a mudança é necessária para a continuidade do projeto da “Turma do Raposão”, que visa ampliar o número de personagens e fazer dos mascotes uma fonte de receitas.

Além disso, querem ampliar a quantidade de visitas sociais e materiais relacionados ao mascote e fazer deles uma nova fonte de receitas. Outro ponto apontado foi a aproximação do visual do mascote ao animal raposa.

Por fim, a “ergonomia” da fantasia foi citada. Segundo o Cruzeiro, o visual atual atrapalha a visão dos profissionais que se vestem de Raposão e Raposinho. Além disso, o focinho do mascote atual encobre o símbolo do Cruzeiro na camisa.

Hoje, a visita ao Centro Infantil Divina Providência reafirma o sucesso de Raposão e Raposinho e, mesmo por caminhos não tão retilíneos, a diretoria azul chegou a um case de sucesso. Fica a lamentação pelos meses perdidos, mas a confiança de que em alguns anos, existirão novos cruzeirenses cativados em tempos atuais pelos mascotes do Cruzeiro.

Foto de Maic Costa

Maic CostaSetorista

Maic Costa é mineiro, formado em Jornalismo na UFOP, em 2019. Passou por Estado de Minas, No Ataque, Superesportes, Esporte News Mundo, Food Service News e Mais Minas, antes de se tornar setorista do Cruzeiro na Trivela.
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