Exclusivo: Saiba o que Marcelo disse a Mano Menezes em discussão no Fluminense
Lateral-esquerdo e treinador entraram em embate à beira do campo em empate contra o Grêmio
O Fluminense sofreu gol no fim de novo e ficou no empate com o Grêmio, por 2 a 2, pelo Campeonato Brasileiro, mas não foi só o que aconteceu dentro das quatro linhas que repercutiu na sexta-feira (1). Fora do campo, Marcelo e Mano Menezes discutiram à beira do campo quando o lateral-esquerdo substituiria Lima.
Tudo começou quando o camisa 45 caiu e pediu substituição aos 44 do segundo tempo. Um dos melhores em campo, Lima jogou mais recuado em escalação ofensiva de Mano. O treinador, então, se virou ao banco e chamou Marcelo.
A Trivela apurou que o camisa 12 treinou nesta posição, pelo meio, durante a semana. Embora tenha jogado como meia algumas vezes no Fluminense, Marcelo costumava estar mais adiantado. Desta vez, funcionava como um volante — e foi bem no tempo que teve.
Mas como o jogo já se aproximava do fim, a história não foi tão simples assim.
Mano Menezes foi perguntado sobre John Kennedy, mas respondeu falando sobre Marcelo. Isso porque o camisa 12 entraria, mas segundo Mano, falou algo que o técnico não gostou na beira do campo. O treinador não entrou em detalhes – quem vai fazer isso é Mário Bittencourt. pic.twitter.com/9yGhfCKOe6
— Caio Blois (@caioblois) November 2, 2024
— Eu iria colocar Marcelo naquela hora, mas ouvi uma coisa que não gostei e mudei de ideia.
Mano Menezes, em coletiva após o jogo.
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Saiba o que Marcelo disse a Mano na beira do campo
Antes mesmo da discussão, já houve um pequeno desentendimento. Marcelo não reclamou em palavras, mas fez cara de poucos amigos ao ser chamado para entrar àquela altura do jogo. Mesmo contrariado, tirou o colete e ouviu as instruções da comissão técnica.
A placa subiu para duas substituições: sairiam Keno e Lima, entrariam Marquinhos e Marcelo. Como costuma fazer com todos os jogadores, Mano pegou o camisa 12 pelo ombro para dar as últimas instruções.
Já à beira do campo, Mano desiste de lançar Marcelo em Fluminense x Grêmio. pic.twitter.com/a6pSTRQWAG
— ge (@geglobo) November 2, 2024
Aí, ouviu algo que não gostou.
A Trivela apurou que Marcelo pediu para Mano “não falar mais com ele” e “não encostar” para “fazer média com a torcida”. O técnico se enfureceu e respondeu, então, que o jogador não ia entrar.
Até por ter treinado com o veterano nesta função, Mano Menezes não aceitou a resposta do jogador. Não houve mais troca de palavras na beira do campo.
A Trivela também apurou que, Marcelo, por sua vez, nega que essa tenha sido a conversa. O espaço está aberto para a manifestação do jogador.
Marcelo é sorteado para o antidoping, e Mano fala no vestiário
Quando todos se encaminhavam para o vestiário, mais uma confusão. Estafe e diretoria do Fluminense gritaram contra o árbitro Matheus Delgado Candançan, criticado em pronunciamento oficial do presidente Mário Bittencourt (veja vídeo abaixo).
— O que aconteceu hoje aqui foi má intenção. E não tenho nenhum problema em dizer isso publicamente, porque já disse para ele e mandei colocar na súmula.
Mário Bittencourt, em pronunciamento após o jogo.
Mário Bittencourt se manifesta.. mas sobre a arbitragem. pic.twitter.com/pLONKp4Hut
— Caio Blois (@caioblois) November 2, 2024
Marcelo, então, foi avisado por funcionários da CBF que estava sorteado para o antidoping. O lateral-esquerdo passou rapidamente pelo vestiário e se dirigiu ao local do exame.
Enquanto isso, Mano Menezes chegou ao vestiário com a maioria dos jogadores, que se somavam pouco a pouco. Quando todos estavam por lá, exceção feita a Marcelo, por conta do exame, reuniu o elenco em uma roda.
Primeiro, lamentou a ausência do jogador, a quem disse que gostaria de falar olhando nos olhos. E disse que a situação não poderia ficar daquele jeito. O elenco ficou ao lado do treinador.
Marcelo, então, voltou do antidoping e participou do final da conversa na roda. Não houve mais discussões entre os dois.
O Fluminense se reapresenta às 09h30 (de Brasília) deste sábado (2), feriado de Dia dos Finados, no CT Carlos Castilho. E a conversa não promete ser fácil.