Brasileirão Série A

Derrota do Atlético-MG para o Juventude coloca peso ainda maior na final da Libertadores

Atlético atinge sequência preocupante sem vitórias justamente antes do seu jogo mais importante do ano

O Atlético-MG foi derrotado por 3 a 2 pelo Juventude no Independência e engatou uma sequência dolorosa de jogos sem vitórias, que colocam ainda mais pressão no time para a final da Libertadores no próximo sábado (30), contra o Botafogo.

Com mais uma derrota, o Atlético chegou a 10 jogos sem vitórias na temporada, marca alcançada também em 2023, sob o comando de Felipão. A Trivela fez um levantamento na época e descobriu que essa é a pior série da história do Galo entre os registros encontrados.

A derrota aumenta ainda mais a pressão do Atlético pela conquista da Libertadores no próximo sábado. Isso porque o Galo se mantém 44 pontos, ficando dois pontos atrás de Corinthians, Cruzeiro e Bahia, que ainda jogam na rodada.

Se esses times vencerem, a chance do Atlético ir para a Libertadores via Brasileiro é praticamente nula. Ou seja, o Galo só estará na próxima edição da competição se vencer a atual. E ficar fora da próxima Libertadores seria um desastre (financeiro e esportivo) pro Alvinegro.

Como foi o jogo?

Primeiro tempo de quem foi mais eficiente

O primeiro tempo no Independência foi muito ruim tecnicamente, nem Atlético e nem Juventude jogarem bem. Mas, um deles foi eficiente e saiu com a vitória parcial.

O Atlético teve duas chances com Alan Kardec. A primeira, após uma indecisão da defesa do Juventude, em que o atacante acertou um chutaço que explodiu no travessão. No segundo, um desvio fez a bola passar ao lado da trave.

Do outro lado, o Juventude só teve uma chance, e a aproveitou muito bem. O Atlético perdeu bola na defesa e Lucas Barbosa recebeu ela no meio, acertando um chute no cantinho de Matheus Mendes para abrir o placar.

Atlético fez muito esforço para sair derrotado

O segundo tempo foi bem mais agitado no Independência. Matheus Mendes fez uma importante logo aos oito minutos, mas, aos 22, falhou no segundo gol do Juventude, deixando passar uma bola defensável após ele mesmo ter feito uma boa defesa.

A partida parecia que não iria ser muito diferente para o Atlético. Nada dava certo pro time atleticano. Alisson chegou a cabecear bonito para marcar, mas ela pegou em Vargas e foi pra fora. No lance do segundo gol do Juventude, os zagueiros bateram cabeça.

Mas, aos 27 minutos, as coisas começaram a mudar. Alisson recebeu de Vargas já driblando o marcador, invadiu a área e bateu bonito de cavadinha para empatar.

Cinco minutos depois, Vargas dominou na área e foi tocado, sofrendo o pênalti. O chileno foi para a cobrança e empatou a partida no Independência.

Mas a noite não era mesmo do Atlético, que viu Erick marcar no último minuto e sacramentar a vitória do Juventude, muito celebrada pelo time que se afasta do Z4.

Jogo sem público? Não pra torcida do Galo

Assim como fez na última semana, antes do empate por 0 a 0 com o Botafogo, a torcida do Atlético se fez presente nos arredores do Independência mesmo não podendo entrar no estádio, já que o Galo está punido pelos incidentes da final da Copa do Brasil.

Na chegada do ônibus do time, centenas de torcedores fizeram a tradicional rua de fogo, com sinalizadores e cânticos empurrando a equipe.

O que acontece de diferente desta vez foi que, aos 13 minutos do primeiro tempo, os torcedores que assistiam ao jogo de um casa que fica nos fundos do Independência realizaram um foguetório e cantaram para apoiar o time.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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