Brasileirão Série A

Atlético-MG segura o Botafogo como dá e Brasileirão fica ainda mais aberto

Galo jogou com um a menos desde o fim do primeiro tempo e conseguiu manter adversário longe do gol

O Atlético-MG ficou com um jogador a menos desde o fim do primeiro tempo nesta quarta-feira (20), mas conseguiu segurar o Botafogo em um empate por 0 a 0 em um jogo que foi uma prévia da final da Libertadores, mas que também manteve o Campeonato Brasileiro completamente aberto.

Com sete jogos sem vencer (agora oito) e precisando poupar alguns jogadores, Milito mandou a campo um time muito defensivo. O Galo marcou com linha de cinco atrás, protegida ainda por uma linha de quatro. Só Deyverson sobrava na frente.

A tática defensiva do treinador deu certo e o jogo ficou muito truncado. O Botafogo teve a bola, mas não encontrou muitos espaços. A única vez que os cariocas levaram perigo foi em uma escapada de Almada, que fez linda jogada, tabelou com Luiz Henrique e obrigou Everson a fazer grande defesa.

Confusão no pós-jogo rouba cena em Atlético-MG x Botafogo

Ao fim do jogo, sem torcedores no estádio, câmeras e microfones do Grupo Globo captaram uma discussão entre jogadores, com Hulk e Marlon Freitas mais vocais. Pouco depois, Artur Jorge pareceu e conversou com o capitão do Galo sobre as paradas do jogo.

Quando a situação parecia controlada, uma confusão começou na área que leva aos vestiários da Arena Independência, com seguranças particulares do estádio e profissionais do Botafogo. Após a revisão no vídeo, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira foi chamado ao VAR e expulsou Luiz Henrique por atirar um objeto em uma das pessoas que estavam no local.

Rubens dificulta jogo tático do Galo com infantilidade

O Galo segurava muito bem o Botafogo, até que o jogo se complicou ainda mais em apenas três minutos, tempo suficiente para Rubens cometer duas faltas evitáveis em Luiz Henrique e receber dois amarelos, sendo expulso de campo.

Rubens prejudicou muito o jogodo Galo com expulsão infantil (Pedro Souza / Atlético)

A expulsão do lateral foi tão clara que não houve nem reação acintosa dos jogadores o Galo. Como o Independência estava vazio, deu para ouvir muito papo e cobrança, mas não nesse lance.

Milito não mexeu no time, já que a expulsão foi aos 40 minutos da primeira etapa. Ele apenas recuou Zaracho e colocou Paulinho para reforçar a esquerda. No intervalo, o argentino colocou Igor Rabello na vaga do camisa 10.

Galo se segura como dá e sai “vencedor”

Com um a menos, o Atlético só pensou em se defender, e fez isso da melhor maneira possível, mesmo contra o poderoso ataque botafoguense. A única grande chance do Botafogo no jogo parou em, como sempre, uma espetacular defesa de Everson.

O Atlético só chegou ao ataque em bolas paradas. Qualquer falta a partir do meio-campo, o Galo mandava para a área para buscar alguma coisa, mas todas sem sucesso. Já nos acréscimos, Hulk quase fez uma pintura de trás do meio-campo, mas a bola foi ao lado da trave.

Pela fase em que está, a forma como o jogo se desenhou, com o time ficando com um a menos desde o primeiro tempo, o Galo saiu com muitos pontos positivos, como a demonstração de muita vontade de todos que estiveram em campo.

Mariano, muito contestado nos últimos dois anos, foi o melhor em campo e fez partida muito segura. Defensivamente, de um modo geral, o Galo se portou muito bem, algo que não estava acontecendo nos últimos jogos.

Torcida do Atlético-MG faz grande recepção fora do estádio

Impedidos de frequentar o Independência por conta da punição diante dos incidentes causados na Arena MRV na final da Copa do Brasil, a torcida do Atlético compareceu mesmo assim nos arredores do estádio.

A torcida atleticana fez a famosa rua de fogo para recepcionar o ônibus do time na chegada ao Independência.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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