Copa do Brasil

Festa, má atuação e bombas em campo marcam primeira final do Atlético-MG na Arena MRV

Primeira final da Arena MRV só teve como ponto positivo para o Atlético a festa antes da bola rolar

A Arena MRV recebeu sua primeira finalíssima da história. O início bonito pela festa do Atlético-MG, com todo tipo de apoio possível, terminou com muita confusão e inúmeros arremessos de objetos no campo após o gol que sacramentou o título do Flamengo.

A festa da torcida do Atlético antes da bola rolar foi espetacular. O pré-jogo contou com um mosaico 3D espetacular, com o mosaico de papel escrito “Eu Acredito” ao fundo. Além disso, bandeirinhas foram espalhadas por todo o estádio, além de lançamento de rolos de papel higiênico.

Constantes arremessos de objetos em campo

Quando a bola rolou, bastou a primeira cera de Rossi para a torcida do Atlético começar a arremessar objetos no campo. Essa foi a tônica da partida toda vez que o goleiro flamenguista ia cobrar um tiro de meto ou impedimento.

Mas o auge dos arremessos foi quando Plata marcou o gol que sacramentou o título flamenguista. Uma enxurrada de todas as coisas possíveis, mas principalmente copos, foram arremessados nos jogadores do Flamengo que comemoravam.

Já nos acréscimos, uma bomba foi arremessada próxima do goleiro Rossi. Enquanto isso, nas arquibancadas, um camarote com torcedores do Galo se revoltou com a tremulação de uma bandeira e uma confusão se iniciou entre torcedores atleticanos.

Tentativa de invasão e racismo na Arena MRV

Ainda na comemoração do Flamengo, um torcedor tentou invadir o campo para agredir os jogadores flamenguistas, mas foi contido pela segurança.

No fim da partida, uma briga entre um camarote da Arena MRV com torcedores da área onde ficam as organizadas terminou com um dos integrantes do camarote fazendo um gesto racista em direção aos demais.

Alguns minutos após o apito final, quando o estádio já estava quase vazio e os jogadores do Flamengo reunidos celebrando o título, um grupo de torcedores do Atlético tentou invadir o gramado. A segurança agiu rapidamente evitou uma tragédia maior, contando depois com o apoio da Polícia Militar.

Jogo muito aquém do Atlético

Pra quem precisava de, no mínimo, dois gols, o Atlético fez um jogo bem discreto. Foi melhor do que o do Maracanã, mas ainda muito longe do ideal atleticano.

As principais chances do Atlético saíram dos pés de Hulk, como esperado. O camisa 7 fez Rossi trabalhar em duas grandes defesas após duas pancadas, uma de falta e outra com a bola rolando. Nas duas o goleiro flamenguista deu rebote, mas chegou antes de algum atleticano.

A melhor de todas as chances do Galo nem foi criada pelo time atleticano. Rossi errou na saída e Paulinho chutou do jeito que deu já dentro da área, mas o goleiro argentino se recuperou e fechou o ângulo do atacante.

No segundo tempo, o Atlético teve sua melhor chance novamente em falha de Rossi, que não segurou uma bola e ela sobrou livre para Alan Kardec, na pequena área, sem goleiro, mas o atacante furou. No contra-ataque, o Flamengo matou o jogo.

Confusão na torcida do Atlético-MG durante a final da Copa do Brasil (Foto: IMAGO / Fotoarena)
Confusão na torcida do Atlético-MG durante a final da Copa do Brasil (Foto: IMAGO / Fotoarena)

Everson herói do jogo

O Flamengo apostou nos contra-ataques e nas bolas nas costas da defesa do Atlético, chegando com muito perigo várias oportunidades ao longo do jogo. O Rubro-Negro só não saiu da Arena com uma goleada, pois Everson estava muito inspirado

Everson trabalhou muito bem em dois lances no primeiro tempo. Uma logo nos primeiros minutos em escapada de Gerson, e outro em chute de fora da área de Evertton Araújo. O goleiro ainda contou com a sorte pra uma bola de cabeça de Arrascaeta ir por cima do gol.

No segundo tempo, o Atlético se soltou mais, o que abriu mais campo para o Flamengo, que ainda colocou Bruno Henrique para atacar essas jogadas.

Everson fez milagres seguidos para evitar o que seriam os gols da vitória flamenguista na Arena. Em dois contra-ataques, Bruno Henrique parou no goleiro. O primeiro em um chute cruzado e o segundo em uma tentativa de cobertura do atacante.

Minutos depois, ele ainda salvou o Galo de novo ao se jogar da forma possível no chute de Michael, além de ainda ter voado de novo para pegar o rebote. Nos minutos finais, fechou sua participação com mais uma espetacular defesa.

Já próximo aos acréscimos, ele não pôde evitar o golaço de Plata que matou de vez a partida. Ele ainda fez duas defesas muito importantes para impedir o Flamengo de ampliar o placar.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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