Corinthians: Protestos da torcida mostram maior insatisfação com a diretoria do que com o elenco
Últimos acontecimentos dentro de campo fortaleceram oposição faltando mais um mês para eleições no Corinthians
Antes mesmo da bola rolar na Neo Química Arena no último sábado (7), para o empate contra o Flamengo, a torcida corinthiana se dirigiu até a sede do clube, localizada no Parque São Jorge, para protestar contra a atual diretoria do Corinthians.
As mesmas cobranças já haviam sido feitas em Fortaleza, após a eliminação na Copa Sul-Americana.
Menos de uma semana depois, os Gaviões da Fiel organizaram o protesto do último sábado, e o que ficou claro é que, independentemente do desempenho do time em campo, a maior reivindicação da torcida é direcionada ao presidente Duílio Monteiro Alves, ao candidato André Negrão e aos ex-dirigentes, especialmente Andrés Sanchez.
Em nota, a maior organizada do clube destacou que a chapa Renovação e Transparência está à frente do clube há mais de 10 anos e que, nesse período, a dívida do clube aumentou, culminando nos últimos quatro anos sem que o elenco principal conquistasse um título.
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Vaias depois do jogo e gritos de ordem foram ecoadas na Neo Química Arena
O campo reflete os bastidores de uma gestão desorganizada, carente de planejamento, que cometeu inúmeros erros ao longo da temporada de 2023, mas também ao longo de toda a gestão. Foram sete treinadores no total, sendo quatro apenas neste ano. Não é surpresa, portanto, que os jogadores estejam desorientados em campo, sem um padrão tático definido, já que cada técnico adota uma filosofia diferente.
Nos últimos oito jogos, o Timão conquistou apenas uma vitória, contra o Botafogo. Nos demais jogos, foram quatro empates e três derrotas, incluindo a eliminação na Sul-Americana. Em decorrência desses resultados, o elenco também tem sido alvo de cobranças.
Em casa, a torcida tem cumprido seu papel, lotando as arquibancadas da Neo Química Arena e apoiando o time durante toda a partida. Um exemplo desse apoio foi o jogo contra o Flamengo, que ocorreu em um péssimo horário, às 21h de um sábado. Mais de 40 mil torcedores estiveram presentes em Itaquera, enfrentando a chuva, para assistir ao Corinthians lutar pelo empate contra o Rubro-Negro.
No entanto, ao término da partida, a torcida voltou a vaiar o elenco, repetindo o que já havia ocorrido nos confrontos contra o Palmeiras e o Fortaleza. Apesar do sistema de som do estádio amplificar o hino do Corinthians que estava tocando, ainda foi possível ouvir gritos de insatisfação ecoando das arquibancadas, incluindo ameaças como: “Ei, você aí, acabo com a sua vida se o Coringão cair”.
Eleições no Corinthians continua uma incógnita, mas últimos acontecimentos fortaleceram oposição
Faltam mais de um mês para as eleições no Corinthians, que definirão o próximo presidente, conselheiros e diretrizes para os próximos três anos do clube. Somente dois candidatos estão na disputa: Augusto Melo e André Negão.
E pesar dos anos de gestão da chapa Renovação e Transparência, há agora uma grande incerteza sobre quem será eleito em 25 de novembro, no Parque São Jorge. Isso se deve, na maioria, aos eventos recentes, especialmente relacionados ao time principal, que podem ter uma influência direta na escolha dos eleitores.
Segundo apurado pela reportagem da Trivela, algumas chapas que anteriormente apoiavam André, o candidato da situação, anunciaram sua mudança de apoio para a oposição. Além disso, destacaram que a eliminação na Sul-Americana enfraqueceu consideravelmente o grupo político de Duílio e Andrés Sanchez dentro do clube.
É importante ressaltar que apenas os sócios do clube têm direito a voto, enquanto os torcedores comuns, mesmo aqueles que pagam pelo Fiel Torcedor, plano de sócio-torcedor do Coringão, não têm o poder de escolher o novo dirigente.
