Brasileirão Série A

Coritiba é mais um rival perfeito para o Atlético-MG, agora para melhorar ofensivamente

Precisando melhorar seus números ofensivos, o Atlético vai ter pela frente a pior defesa do Campeonato Brasileiro

Na última rodada, o Atlético-MG visitou o Internacional e precisava de uma vitória para melhorar o desempenho fora de casa de Felipão no comando do time. O Inter foi o “rival perfeito” na ocasião e o Galo saiu vencedor. Agora, precisando melhorar ofensivamente, o Galo recebe o Coritiba no domingo (8), que é o lanterna e pior defesa do Brasileiro, sendo assim também o melhor rival para a situação.

O Atlético é o pior ataque entre os 10 primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, tendo marcado apenas 29 gols nos 25 jogos disputados até o momento. Se seguir com a média (1,16 gol por jogo), o Galo vai terminar a competição com seu pior desempenho ofensivo nos pontos corridos. Por isso, Felipão precisa melhorar o desempenho ofensivo do time, e o Coritiba pode ajudar nessa história.

O Coxa é a pior defesa do Brasileirão, tendo sofrido 53 gols em 25 jogos, média de mais de dois gols por jogo. Além disso, ocupa a lanterna da competição. Precisando de marcar mais gols e criar mais chance, o Atlético tem no que se inspirar, já que o time curitibano sofreu três ou mais gols em 12 partidas do Brasileiro.

Melhora ofensiva passa por Felipão

Apesar de não entrar em campo, Felipão é um dos responsáveis pelo Atlético não criar tantas chances e não marcar muitos gols. Com o treinador, o Galo tem sido mais eficiente, mas menos ofensivo do que poderia. O time, que é a segunda melhor defesa do Brasileiro, conseguindo passar em branco defensivamente em vários jogos, costuma precisar de apenas um gol para vencer, e é isso que tem acontecido.

Mesmo nas vitórias por mais de um gol de diferença, que foram três até aqui (todas de 2 a 0), o Atlético não criou muito. Na primeira, contra o São Paulo, foram dois gols de bolas paradas (falta e pênalti) e apenas mais uma grande chance criada. Já contra o Santos, empolgado com a estreia da Arena MRV, talvez tenha sido o único jogo que o Galo criou mais chances, tendo seis ou sete ao todo. Na última, contra o Inter, foram duas chegadas e dois gols do alvinegro.

Esses resultados mostram a eficiência do ataque atleticano, que cria pouco, mas consegue definir. O próprio Felipão falou sobre isso há três semanas e, questionado pela Trivela na semana seguinte, citou a questão de “sofrer e ganhar”, já que geralmente só tem um gol de diferença, mas também a importância de trabalhar para criar mais.

A solução pode ser não recuar

É visível nos jogos do Atlético que o time recua e passa a ter menos ações ofensivas quando abre o placar. O Galo saiu na frente do placar nos últimos cinco jogos e recuou em todos eles. Foi “punido” apenas contra o Athletico-PR, quando sofreu o empate. Mas, como disse Felipão, o time sofreu nesses jogos, precisando, por exemplo, de grandes defesas de Everson para evitar ser punido novamente.

A solução para parar de sofrer e melhorar o desempenho ofensivo passa pelo time parar de recuar quando sai na frente. O Coritiba, que é a pior defesa do campeonato e quem sofre mais chutes no gol, é o adversário perfeito para o Atlético mostrar seu poder ofensivo, atacando o tempo inteiro, criando mais chances e, quem sabe, goleando pela primeira vez com Felipão. Criar e atacar mais não é garantia de gols ou vitórias, mas certamente é mais fácil ter uma vitória tranquila criando oito ou 10 chances do que criando três.

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

Histórico (muito) favorável ao Atlético

O Atlético tem como aliado ainda o retrospecto muito favorável contra o Coritiba. Na história, eles se enfrentaram 48 vezes em jogos oficiais, com 30 vitórias atleticanas e apenas 12 do Coxa, além de seis empates. O Galo balançou as redes 77 vezes, o que dá uma média de 1,6 gol por jogo.

Além disso, o Atlético não perde para o Coritiba desde 2016. Foram sete jogos neste intervalo, com seis vitórias do Galo e um empate. No primeiro turno do Brasileiro de 2023, o alvinegro venceu o Coxa por 2 a 1, sendo a única virada que conseguiu na competição até aqui. Nos jogos em Minas, a invencibilidade é mais longeva no tempo, sendo desde 2014, mas menos em jogos, cinco.

O curioso é que o Coritiba só venceu o Atlético em Minas Gerais em duas oportunidades, uma no Mineirão (2003) e outra no Independência (2014). Ou seja, se vencer o Galo no domingo, vai ter três vitórias em três estádios diferentes. Se isso acontecer, será o primeiro revés do Galo na Arena MRV, sua nova casa, onde venceu os três jogos que realizou.

Possibilidade de entrar na zona de Libertadores

O Atlético joga para melhorar seu desempenho ofensivo e também manter o tabu contra o Coritiba, mas antes, de tudo, o que importa são os três pontos, independente de como ele venha. Isso porque o Galo está em sétimo lugar com 40 pontos, há um do G6 e há quatro do G4. O alvinegro tem o objetivo de terminar a temporada classificado para a próxima Libertadores, de preferência no G4, e a vitória contra o Coxa pode colocar o clube na zona de classificação e mais próximo dos quatro primeiros.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
Botão Voltar ao topo