Brasil

Borré queria estar o quanto antes no Internacional, e explicou muito bem os porquês

Depois de ser liberado antecipadamente pelo Werder Bremen, Rafael Borré foi apresentado nesta quarta-feira (6) pelo Internacional

Após ser recebido com grande festa no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, Rafael Borré foi apresentado oficialmente nesta quarta-feira (6), no Estádio Beira-Rio, como reforço do Internacional. Contratado em janeiro, o atacante colombiano precisou esperar um mês e meio até que o Colorado conseguisse sua liberação com o Werder Bremen, a quem o jogador estava emprestado pelo Eintracht Frankfurt.

— Os últimos meses foram duros, principalmente para mim. Era muito difícil estar no lugar em que se fosse embora agora ou no verão seria similar. Minha cabeça estava aqui, projeto de cinco anos. Lá estava por empréstimo, e ia acabar saindo. Foram meses difíceis. Sou transparente, passei isso para os diretores do Bremen, para o treinador. Queria que fosse antes, mas que bom que aconteceu agora — comemorou Borré.

Borré foi apresentado pelo vice-presidente de futebol Felipe Becker, pelo presidente Alessandro Barcellos e pelo diretor esportivo Magrão. Foto: Nícolas Wagner

Borré volta ao futebol sul-americano após três temporadas na Europa

Destaque no River Plate, atacante de 28 anos retorna ao futebol sul-americano após três temporadas na Europa. Ele admitiu que, inicialmente, a ideia era permanecer mais tempo por lá, mas mudou de ideia após conversas com dirigentes do Inter.

— Eu creio que no princípio era um pouco difícil tomar a decisão, porque obviamente minha carreira estava focada em estar um tempo mais na Europa. Mas quando comecei a conhecer um pouco mais o projeto do Inter, conversar com os dirigentes, ter contato com os torcedores, comecei a gostar da ideia de vir para o Internacional. Foi muito importante o que os dirigentes me passaram. A equipe é muita bem construída, com jogadores de muita hierarquia, que podem dar muito à instituição. Um jogador sempre quer estar em um clube assim — explicou.

Torcedores do Internacional foram importantes para vinda antecipada de Borré

Não só os dirigentes foram importantes para a decisão de Borré, como também a torcida colorada. Durante o impasse com o Werder Bremen, que não queria liberá-lo sem compensação financeira, os torcedores subiram a hashtag #FreeBorré, que chegou até a Alemanha.

— Os torcedores foram fundamentais para que minha chegada fosse antes. Não só aqui no Brasil, na Alemanha se notava muito, que os torcedores colorados queriam que viesse rápido. Meus companheiros no vestiário sempre diziam. Para mim, como jogador, é muito lindo, e me fez pensar que meu futuro estava aqui — ressaltou Borré, que após a apresentação tirou fotos com 19 sócios sorteados (referência ao número que vestirá no Inter).

Borré posa para fotos com sócios do Internacional. Foto: Nícolas Wagner

‘Vocês deveriam estar orgulhosos da liga que tem': Borré exalta o futebol brasileiro

O esclarecido novo camisa 19 colorado demonstrou conhecimento não só do clube, mas também do futebol brasileiro na totalidade. E elogiou a competitividade do Brasileirão, algo que também foi decisivo para seu retorno à América do Sul.

— Creio que vocês, os brasileiros, deveriam estar orgulhosos da liga que tem. É uma liga muito competitiva. É verdade que tem muitas partidas competitivas, tem muitas equipes grandes, muitas equipes fortes. Normalmente em uma liga sempre predominam as mesmas equipes, mas aqui pode trocar. Equipes que mudam campanhas em diferentes anos. E nas últimas competições internacionais, as equipes brasileiras têm dominado. Fez parte também da decisão de vir para o Inter — revelou.

Modelo de jogo de Coudet, com dois atacantes, agrada Borré

Para se inteirar sobre seu novo time, Borré acompanhou partidas do Inter tanto do ano passado, quanto neste início de temporada, incluindo a vitória no clássico Gre-Nal. E o colombiano gostou do que viu da equipe de Eduardo Coudet, que gosta de utilizar esquema tático com dois atacantes.

— É um sistema que me agrada. Porque muitas vezes não sou um atacante de estar totalmente na área. Me agrada sair, me mover. Quando joga com outro atacante, ele pode ficar um pouco mais de nove. Se ele sai, eu posso ficar um pouco mais nove. Estar movimentando constantemente gera muita dificuldade para a equipe rival. É um sistema com o qual me sinto identificado, e quando vi a forma de jogar da equipe, foi algo que gostei — comentou.

Borré sabe que sua parceria nesse ataque será de alto nível. Além dele, o elenco colorado já contava com Enner Valencia, Lucas Alario e Lucca. Isso sem falar de Alan Patrick, Maurício e Wanderson, que também compõem o sistema ofensivo. O colombiano deu uma risada ao falar sobre a boa dor de cabeça que Coudet terá para escalar o Inter.

— É um lindo problema que tem o Chacho. Tem muitos jogadores de muita qualidade, de muita hierarquia. É importante todos estarmos preparados. Quando eu não puder ser decisivo, pode ser Enner, Maurício, Lucas. Para atingir os objetivos, vamos precisar de todos — frisou.

 

Foto de Nícolas Wagner

Nícolas WagnerSetorista

Gaúcho, formado em jornalismo pela PUC-RS e especializado em análise de desempenho e mercado pelo Futebol Interativo. Antes da Trivela, passou pela Rádio Grenal e pela RDC TV. Também é coordenador de conteúdo da Rádio Índio Capilé.
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