De novo: Augusto Melo volta a falar sobre ‘ninguém segurar’ o Corinthians, e nega promessas de ampliação do estádio

Parece que aprender com os erros não tem sido o grande forte da diretoria do Corinthians. Depois de passar o primeiro mês da temporada precisando apagar incêndios causados em sua maioria pelas declarações dadas, o presidente Augusto Melo parecia ter entendido que o melhor a se fazer era dar “um tempo” das entrevistas. Mas a impressão caiu por terra.

Na tarde desta segunda-feira (19), o dirigente do Timão participou do programa Quebrada FC, que faz parte da programação do podcast Podapah. Durante a conversa, Augusto Melo voltou a dizer que, caso o Corinthians “chegue” será difícil segurar:

— Tivemos dificuldades no começo, por isso fizemos uma reestruturação. Se deixar o Corinthians chegar, pode ter certeza de que vai ser muito difícil [segurar]. Temos um dos times jovens do país. Quando entrosar, com esse gás todo, ninguém vai segurar a gente. Até entrosar, com pessoas de fora, novo treinador, precisa de treino, ganhar entrosamento. Ainda mais com a chave de ontem virada, o Corinthians vem muito forte para disputar tudo — afirmou o presidente.

TAMO AO VIVO! ⚽️ o Quebrada F.C de hoje começou, e com nosso convidado Augusto Melo, o presidente do Corinthians! ? pic.twitter.com/2Czq1n1KnH

— Podpah (@Podpah) February 19, 2024

Augusto Melo também retificou o sentido da tão famosa fala dita por ele e Rubão sobre o fim da farra dos rivais, segundo o presidente alvinegro, era sobre a farra externa:

— Às vezes a gente tenta corrigir algumas coisas, faz parte. Também já disse que ia acabar a farra, mas a interna, não externa. A farra interna acabou. Camarotes, cadeira — explicou o dirigente.

Presidente falou que não prometeu ampliação da Neo Química Arena

O presidente do Corinthians também falou sobre o plano de ampliação da Neo Química Arena, que deve aumentar a capacidade do estádio.

No início de seu mandato, o dirigente disse que a expectativa da mudança era já para a primeira partida do Timão no Campeonato Paulista:

— É ato nosso de ampliação que, se Deus quiser, vai dar certo, com tirada de cadeiras da Sul e da Norte. Vai ampliar norte e sul. Tomara que abra o Paulistão com aumento de capacidade e até julho mandando visitante para a parte oeste de cima. Corinthians abre a Arena com 54 mil lugares e seis mil lugares a mais com ingressos populares — prometeu o presidente durante sua posse.

Porém, na entrevista concedida ao Quebrada FC, Augusto Melo afirmou que nunca prometeu que a reforma aconteceria. Declaração essa que deixa o torcedor mais que atordoado, por lembrar claramente das falas, ditas por ele no dia da sua posse como presidente do Corinthians:

— Eu nunca prometi a ampliação da Neo Química Arena. Sempre deixei claro que era um sonho meu, como eu abaixei o ingresso e a Arena vive lotada, trazendo o torcedor para dentro da nossa arena. Tenho uma grande expectativa de ampliar nossa arena para pelo menos 70 mil lugares — afirmou Augusto Melo.

O que impede a “não promessa” de Augusto Melo de acontecer

Lá atrás, nas vésperas da estreia do Campeonato Paulista, a diretoria do Corinthians afirmou que a mudança não poderia acontecer pela necessidade da aprovação de laudas dos órgãos regulamentadoras, como o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, segundo Augusto Melo, o clube já possui essas documentações.

Com isso, a única coisa agora que fica no caminho da concretização da “não promessa” do presidente corintiano, pelo menos até setembro, é o contrato feito com a NFL para que o estádio receba uma partida da competição:

— Temos a liberação para tirar as cadeiras, ampliar de 4 a 6 mil lugares, só que temos agora um contrato feito com a NFL em setembro e não podemos tirar as cadeiras agora. Está tudo pronto. Corremos atrás de secretaria de segurança, Ministério Público, AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), está tudo aprovado. A NFL vai pagar para colocar cadeiras na Norte e, quando acabar o espetáculo, ela tira as cadeiras. Se formos fazer isso hoje, o custo é todo do Corinthians para tirar, em setembro colocar e depois tirar. Por esse contrato, até setembro não vamos tirar cadeiras — detalhou o dirigente.