Ainda estamos em janeiro e Corinthians já tem ano desgastante: um oferecimento Augusto Melo
Dirigente pedem paciência ao torcedor, depois de prometer "mundos e fundos" que hoje são complicados
20 dias da reapresentação e duas partidas disputas. Esse é o tempo de trabalho que o Corinthians tem em 2024, desde então uma vitória e uma derrota, resultados dentro da normalidade do futebol, principalmente em início de temporada e com o time sendo completamente reestruturado.
Mas ainda que todos estejam conscientes desses fatores atenuantes, a última semana vivida pelo clube foi tão desgastante que a sensação que o torcedor tem é parecida com aquele de meio de temporada, quando time vive o meio do caos, o olho do furacão, e já desgastado com tudo que acontece, e uma única ação é responsável por isso: as declarações.
Sejam da diretoria, do treinador e dos jogadores, o ano do Timão já começou com o pé no acelerador e em alguns momentos longe do chão, principalmente pela primeiras entrevistas do presidente Augusto Melo, e do diretor Rubão, agora, foi a vez de Mano Menezes, que não falou sobre contratações, mas deixou claro sua insatisfação pela confusão dos dirigentes, além de se envolver em uma polêmica desnecessária com o Cuiabá, e para fechar a entrevista do Cássio, em Itu, que deixou claro a falta que a reforços piora as coisas.
Com dificuldades, Augusto Melo pede paciência ao torcedor
Antes de ser eleito presidente do Corinthians, Augusto Melo concedeu inúmeras entrevistas, declarando que caso fosse escolhido faria do time do alvinegro uma dos mais bem reforçados, e que sem dúvidas o time voltaria a ser campeão.
Se agarrando a isso, falou incansavelmente sobre Gabigol, sempre alimentando a expectativa do torcedor, esse movido por paixão, mas na hora de pôr em prática as coisas não saíram como esperado e agora com menos de um mês na presidência do Timão, Augusto já tem sido alvo de alguns protestos e reclamações, uma consequência da sua postura, agora o dirigente alvinegro preciso recuar e pedir calma:
— Eu venho pedindo para o torcedor ter um pouco de paciência, não é fácil a pressão que a gente está recebendo, para tentar mudar uma história que estava aí há 20 anos e, se Deus quiser, estamos conseguindo aos poucos só ter um pouquinho de paciência. – disse o presidente alvinegro em entrevista a Rádio Transamérica
Declaração do Cássio repercutiu dentro do clube e diretoria diz ter conversado com o jogador
Outro ponto da semana foi a entrevista do goleiro Cássio, logo depois da derrota para o Ituano, o ídolo corintiano não poupou críticas aos dirigentes, por conta da falta de reposição no elenco e também pelos erros com jogadores jogando e depois indo embora – Verissimo e Matheuzinho -:
– Está bem longe. A gente precisa contratar, precisa trazer, temos que ser honestos. Não cabe a mim quem contrata, quem chega. Mas temos que reforçar, né? O volante não pode entrar de zagueiro. Precisamos trazer jogadores, precisamos melhorar, saíram 12 ou 13 jogadores. Faz parte, a diretoria que tem que resolver isso, não cabe a mim. Claro que não é legal ter jogador treinando e indo embora – desabafou o goleiro
Cassio sempre teve essa postura de se posicionar e cobrar, capitão do time e multicampeão com camisa do Corinthians, ele sempre assumiu esse papel, mesmo com os dirigentes anteriores, porém nunca foi divulgado possíveis retratações do jogador, ainda que tenham acontecido, pelo menos não até agora, já que ontem na Neo Química Arena, o diretor de futebol, Rubão, revelou que teve uma conversa com o goleiro:
— Tivemos uma conversa com o Cássio. Pediu desculpas, falou que foi infeliz e ele realmente foi infeliz. Nós estamos com elenco curto e a gente sabe. Só que ele também sabe a hora que eu chego e a hora que eu saio de lá. Ele é líder do grupo, uma pessoa do bem, ele reconheceu que foi infeliz. Tá tudo certo – declarou o diretor de futebol a Rádio Bandeirantes logo depois do título da Copinha.