Atlético-MG vai pagar dívidas em ‘período curto’, afirma Rubens Menin; saiba prazo previsto
Rubens Menin espera sanar os mais de R$ 2 bilhões em dívidas do Atlético em um curto período de tempo
O Atlético-MG inicia 2024 como o primeiro em que terá de fato um ano de SAF. O clube-empresa foi aprovado em julho de 2023, tendo sido oficialmente institucionalizado em novembro, com um aporte caindo nas contas do clube e sendo usado quase que exclusivamente para pagar dívidas, que ultrapassam os R$ 2 bilhões (somando a dívida da Arena MRV). Sócio majoritário, Rubens Menin deu um prazo curto para o clube sanar tudo que deve.
Em novembro de 2023, quando a SAF se tornou oficial, R$ 500 milhões caíram nas contas do Atlético, valor já esperado e depositado pelos compradores. Cerca de R$ 100 milhões ainda serão aportados através de um fundo de investimento, que ainda não tem todo o dinheiro no momento. Com o valor recebido, o Galo começou a pagar suas dívidas, e o sócio majoritário, Rubens Menin, explicou como isso aconteceu e qual o futuro dos débitos do clube.
– A SAF absorveu todas as dívidas, mas tem um ponto que queria destacar. Esse aporte inicial de R$ 900 milhões, quitou dívidas, sobraram algumas outras, mas agora elas são mais gerenciáveis, elas vão ter taxas menores e alongamento de prazo — disse Menin no quadro “SAF Sem Segredo”, que faz em suas redes sociais ao lado do presidente atleticano, Sérgio Coelho.
Com a dívida diminuindo, mas não sendo totalmente nada, o empresário atleticano deu um prazo curto para acabar com os problemas atleticanos: “O Atlético, com uma boa gestão, vai pagar essas dívidas num período relativamente curto, de três a quatro anos talvez. Aí sim vamos ficar com uma SAF redondinha, para poder investir e o Atlético ter espaço lá na frente para ser uma potência no futebol”.
Como você viu antes no #SAFsemSegredos, um dos diferencias da SAF é ter absorvido todas as dívidas da associação. Há outro ponto importante: a dívida também passou a ser mais gerenciável, rumo à sustentabilidade e ao aumento da capacidade de investimento. Assista e saiba mais. pic.twitter.com/dAkuPFOUtj
— Rubens Menin (@rubensmenin) January 3, 2024
Clique e entenda como vai funcionar a SAF do Atlético
Apesar de ainda ter uma dívida grande, o Atlético trabalha com um pouco mais de tranquilidade agora que é SAF. A associação, por exemplo, ficou zerada em dívidas, já que tudo que a ela pertencia foi para o clube-empresa. Apesar de ainda não poder fazer grandes investimentos no nível do Flamengo e do Palmeiras (agora também o Bahia), por exemplo, o Galo segue com um time forte, mantendo seus principais jogadores e fazendo algumas contratações pontuais, como a de Gustavo Scarpa, anunciado no fim de dezembro. O Alvinegro deve fazer mais um ou dois investimentos e, como disse o presidente Sérgio Coelho, são jogadores com status de titular.
O modelo da SAF do Atlético
O Atlético tinha como ideia inicial negociar 51% das ações de sua SAF para um investidor estrangeiro. O nome que sempre esteve em pauta foi do empresário norte-americano Peter Grieve, que teve participações no futebol de Zimbábue e Gibraltar. Após alguns meses sem uma definição, ele foi descartado para integrar o novo modelo.
O modelo de SAF que os gestores do Atlético optaram traz uma holding gerindo o clube. Serão vários empresários mineiros e atleticanos a investirem na SAF do Galo, dentre eles, claro, os chamados 4Rs, que já estão à frente do clube atualmente. São eles: Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Rafael Menin e Renato Salvador.
Essa holding comprou 75% da SAF do Atlético com um aporte inicial de R$ 913 milhões – sendo R$ 313 milhões abatendo a dívida que o clube tem com os 4Rs. A Arena MRV e a Cidade do Galo estão inclusas. As dívidas do clube, que giram em torno de R$ 1,8 bilhão, serão todas de responsabilidade da SAF. A associação Atlético manterá 25% do clube, estádio e CT, além de 100% da sede e dos clubes sociais.
O resumo da SAF do Atlético
- R$ 913 milhões de aporte, sendo R$ 713 milhões dos 4Rs + R$ 200 milhões de dois fundos de investimentos;
- Dentro dos R$ 713 milhões dos Rs, R$ 313 milhões serão abatidos nas dívidas do clube com eles, ou seja, vão aportar R$ 400 milhões;
- A SAF fica com 75% e a associação com 25%;
- Arena MRV e Cidade do Galo estão inclusas em sua totalidade na SAF;
- A dívida, de mais de R$ 2 bilhões, fica inteiramente na conta da SAF.