António Oliveira quer ressuscitar alguns jogadores no Corinthians; veja quais
Além dos resultados necessários, treinador do Corinthians está focado também em recuperar confiança individual e coletiva do plantel
António Oliveira está no seu sexto dia como treinador do Corinthians, um desafio que o tirou da zona de conforto, como ele mesmo disse na sua primeira coletiva de imprensa. A estreia do treinador no banco de reservas alvinegro foi melhor do que o esperado, já que o time venceu sua segunda partida em sete jogos, afastando o time da possibilidade do rebaixamento no Campeonato Paulista.
Mas esse é só o primeiro passo para que o treinador e a sua comissão consigam recuperar a confiança do elenco tanto individual, quanto coletiva, além disso, António terá outros grandes desafios à frente do Timão, a sua maioria envolvendo os bastidores do clube, que em menos de 30 dias viveram dias extremamente caóticos, por conta de uma sucessão de decisões que acabaram respingando em todos os setores.
Para conseguir implementar suas ideias, António Oliveira parece ter optado em trazer os líderes do elenco para perto
O elenco do Corinthians passa por uma grande mudança, isso é fato, boa parte dos jogadores experientes que integravam o plantel em 2023 deixou o Parque São Jorge ao término da temporada. A maioria dos que ficaram são novos demais e os que chegaram ainda passam por adaptação, por isso o surgimento de novas “lideranças” é processo que deve acontecer com o passar do tempo. Perguntando sobre isso, enquanto era treinador, Mano Menezes, explicou que esse processo geralmente se desenvolve de forma natural e que muitas vezes a postura pode vir de alguém menos provável.
Fato é que, mesmo com as saídas dos experientes Gil, Fábio Santos, Renato Augusto e Giuliano, o Timão ainda conta com Cássio, há 12 anos no clube, Fagner e Maycon, ambos revelados no alvinegro, juntos somam muito mais que dez títulos, e inevitavelmente são referências dentro do time. Antes da chegada do novo treinador, os três jogadores foram alvos de protestos da torcida, apontando os “medalhões” como principais culpados pelo desempenho do time.
Para devolver a confiança ao elenco e trazê-los para perto do seu trabalho e conseguir implementar o melhor possível suas ideias táticas, o treinador sabe que muitas vezes é preciso ter ao seu lado na “caminhada” os principais “líderes do time”, os que dentro de campo assumem o papel essencial para ajudar o time não apenas dentro do campo, mas também nas tomadas de decisões mais acentuadas.
Essa postura ficou um pouco evidente durante a coletiva de imprensa do treinador, depois da partida com a Portuguesa, o treinador enfatizou várias vezes o potencial da equipe como todo, mas sempre citava individualmente Cassio, Fagner e Maycon, e como todos dentro do time estavam focados na melhora e conscientes da grandeza do Corinthians:
– Sobre Maycon, Fagner, Cassio… O Fagner fez um jogo interessante, sofreu o pênalti, o Maycon assume (a cobrança do pênalti) porque ele estava no nosso plano de ser o primeiro batedor, e o importante não é quem bate. É neste momento que se vê os grandes jogadores, neste momento que se vê quem é corajoso. E o Fagner, o Maycon, neste caso, o Yuri e o Cássio, que sempre que foi necessária uma intervenção foi feliz e de grande qualidade. Este é o caminho, jogadores competitivos, solidários, que estão mergulhados no espírito e na única causa que se chama Corinthians. – disse o treinador do Timão.
