Copa da Ásia

A zebra palestina chegou a passear, mas o Catar virou na bola parada, confirmou o favoritismo e avançou às quartas

Com gols em jogada ensaiada de escanteio e de pênalti, o Catar eliminou a Palestina com uma vitória de virada e se manteve 100% na Copa da Ásia

Como era de se esperar, o anfitrião e atual campeão Catar se classificou para as quartas de final da Copa da Ásia. Nesta segunda-feira (29), a equipe comandada pelo técnico Tintín Márquez derrotou de virada por 2 a 1 a Palestina, que pela primeira vez chegou até as oitavas da competição e por algum tempo parecia capaz de realizar uma grande façanha no Estádio Al Bayt, em Al Khor.

Autor de dois gols no triunfo sobre Hong Kong na última rodada da fase de grupos, Oday Dabbagh marcou novamente e abriu o placar para Palestina aos 36 minutos do primeiro tempo. No último lance antes do intervalo, no entanto, Hassan Al-Haydos aproveitou jogada ensaiada em cobrança de escanteio de Akram Afif e deixou tudo igual. No início da segunda etapa, o próprio Afif converteu pênalti, se isolou ainda mais na artilharia da Copa da Ásia com quatro gols e assegurou a virada dos donos da casa.

Com o resultado, o Catar não só se classificou para as quartas de final como também se manteve com 100% de aproveitamento na competição, com quatro vitórias em quatro jogos. Na próxima fase, a seleção catari enfrentará o vencedor do duelo entre Uzbequistão e Tailândia, que será realizado na terça-feira (30) no Estádio Al Janoub, em Al-Wakrah.

Palestina tem as melhores chances, mas primeiro tempo acaba empatado

Por estar jogando diante de sua torcida e ser o atual campeão continental, o Catar era amplamente favorito diante da Palestina, que pela primeira vez chegou até as oitavas de final em sua terceira participação na Copa da Ásia. Até por isso, os donos da casa dominaram as ações do primeiro tempo e foram para o intervalo com quase 75% de posse de bola, mas quem criou as primeiras boas oportunidades da partida foi a seleção palestina.

Primeiro, Amid Mahajna exigiu boa defesa do goleiro Meshaal Barsham ao ficar com a sobra na entrada da área e chutar com força no canto direito. Minutos depois, foi a vez de Mahmoud Abu Warda parar no arqueiro catari ao receber de Zaid Qunbar dentro da área e, com a boa mais próxima do pé direito, arriscar uma finalização de primeira de trivela.

Na terceira vez que chegou com perigo ao ataque, a Palestina abriu o placar. O zagueiro Bassam Al-Rawi vacilou ao ser pressionado por Zaid Qunbar e a bola acabou ficando no pé de Oday Dabbagh, que saiu quase do meio-campo até a área para bater cruzado e rasteiro com o pé esquerdo na bochecha esquerda da meta de Barsham aos 36 minutos. No meio do caminho, ele ainda deixou dois marcadores para trás ao cortar para canhota.

Mas a vantagem da Palestina durou pouco. No último lance da primeira etapa, faltando segundos para o cronômetro atingir a marca de 51 minutos jogados, Akram Afif ameaçou que levantaria a bola na área em cobrança de escanteio pela direita e tocou forte rasteiro na direção da marca do pênalti, onde Hassan Al-Haydos apareceu sozinho depois de excelente movimentação para chutar de primeira com o pé direito. Antes de entrar, a bola ainda desviou na marcação e matou qualquer chance de defesa do goleiro Rami Hamada.

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Catar vira de pênalti e administra vantagem

No segundo tempo, o Catar não deu tempo para a Palestina cogitar retomar a vantagem no placar. Logo aos dois minutos, Almoez Ali recebeu grande enfiada de Akram Afif e foi derrubado por um carrinho de Mohammed Saleh ao driblá-lo dentro da área. O árbitro chinês Ning Ma marcou imediatamente o pênalti, que foi batido no meio à meia-altura e, mesmo assim, convertido pelo próprio Afif.

O restante da segunda etapa foi de pouquíssimas oportunidades de gol. O Catar até tentou ampliar rapidamente, mas no máximo conseguiu levar perigo em uma trapalhada Rami Hamada, que foi tentar afastar uma tentativa de lançamento e acabou chutando em cima do próprio zagueiro. A Palestina, por sua vez, passou a ter as iniciativas do jogo a partir dos 15 minutos, mas limitou-se a cruzar na área de qualquer jeito na esperança de um milagroso gol de empate. Não rolou, com Meshaal Barsham precisando fazer somente duas defesas seguras para manter o 2 a 1 no placar.

Foto de Felipe Novis

Felipe NovisRedator

Felipe Novis nasceu em São Paulo (SP) e cursa jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Antes de escrever para a Trivela, passou pela Gazeta Esportiva.
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