Procura-se rival: Al-Hilal bate Al-Nassr e amplia recorde para 33 vitórias seguidas
Com CR7 expulso, Al-Nassr vê rival Al-Hilal cada vez mais absoluto, desta vez na Supercopa Saudita

Quem pensou que o Al-Hilal diminuiria o ritmo ao bater o recorde mundial de vitórias seguidas achou errado! Nesta segunda-feira (8), no clássico contra o Al-Nassr de Cristiano Ronaldo e Luis Castro, a equipe venceu mais uma, agora pela Supercopa Saudita, e chegou a 33 resultados positivos seguidos por todas as competições. O recorde anterior era de 27, agora os comandados por Jorge Jesus ampliam a marca a cada partida.
O 2 a 1 não foi fácil, o adversário complicou e só não saiu na frente porque o juiz anulou um gol de Otávio no fim do primeiro tempo. Sorte do Al-Hilal, que abriu o placar em belíssimo gol de Salem Al-Dawsari após jogadaça de Sergej Milinković-Savić. O segundo foi totalmente verde-amarelo, porque Michael levantou na área e Malcom apareceu para completar de cabeça. Definitivamente, o time de JJ foi melhor no geral do jogo, mais protagonista com a bola, e quis mais sair com o resultado positivo. Nos minutos finais, Sadio Mané diminuiu, enquanto antes disso Cristiano Ronaldo conseguiu ser expulso ao perder a cabeça em um lateral e dar uma ombrada em Ali Albulayhi.
Mais uma vitória classificou o Al-Hilal para decisão da Supercopa, contra o rival Al-Ittihad. Os azuis ainda estão vivos nas semifinais da AFC Champions League e Copa do Rei Saudita, além de liderar a Saudi Pro League com 12 pontos de vantagem para o Al-Nassr, abrindo a possibilidade de terminar a temporada 2023/24 com quatro taças.
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— AlHilal Saudi Club (@Alhilal_EN) April 8, 2024
Agitado e duas propostas distintas: 1º tempo tem bom nível
Uma forma simples de definir a etapa inicial seria: o lado azul teve a bola e atacou de forma mais paciente, a partir de posses longas, enquanto os amarelos contra-atacavam ou eram verticais usando e abusando de lançamentos e passes em profundidade para se aproveitar da alta linha de defesa do time de Jorge Jesus. No geral, foi bem equilibrado, com boas chances para os dois lados, até difícil apontar qual dos dois foi superior.
O clube da Lua Crescente contava com Rúben Neves sempre bem próximo dos zagueiros para dar qualidade à saída de bola. E deu muito certo essa estratégia, normalmente fazendo com perfeição essa transição para o momento de construção. Contra a defesa rival fechada, o caminho era preferencialmente à esquerda. O capitão e camisa 10 Salem, Al-Dawsari, chamava a responsabilidade para duelos mano a mano e finalizações de longe. Assim exigiu a primeira defesa de David Ospina e, na sobra, Michael isolou com apenas três minutos no relógio.
Aos 15, o Al-Hilal voltaria exigir grande defesa do goleiro colombiano, que se esticou todo e impediu gol do zagueiro Ali Albulayhi em lateral na área. Porém, parou por aí. O time de JJ sofreu para criar algo de novo, arriscando contra o gol de Ospina com perigo só em tentativa de Malcom, para fora.
O outro lado chegava com velocidade, principalmente quando Sadio Mané ou Cristiano Ronaldo atacavam às costas da defesa. Em uma dessas escapadas, o português pedalou e passou por Albulayhi, finalizando cruzado e vendo a bola passar perto do gol. Depois, CR7 teve a chance do primeiro tempo ao receber na cara do gol após lançamento da defesa. Um tanto displicente, Cristiano chutou forte e a bola triscou em Bono, talvez pensando que estivesse impedido por um desvio anterior do colega senegalês. No fim, quase no último minuto, Mané cruzou, o Gajo, impedido, tentou finalizar e não alcançou, mas Otávio apareceu na segunda trave para empurrar para as redes. No entanto, foi assinalado a posição irregular do camisa 7.
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Al-Hilal volta a fim de definir e vence rival
Na etapa final, o time azul entrou decidido a abrir o placar. Começou com grande chance perdida por Abdullah Al-Hamdan, cabeceando por cima do gol na pequena área após cruzamento perfeito de Saud Abdulhamid. Na sequência, Ospina apareceu de novo para impedir gol de Al-Dawsari, que, enfim, superaria o bloqueio do arqueiro colombiano ao dar uma chapada indefensável aos 15 minutos da etapa final.
Malcom, que fez o segundo de cabeça aos 26′, quase marcou minutos antes em uma bomba que explodiu na trave. Foi um segundo tempo todo do lado do Al-Hilal, que merecia até mais gols.
Pelo lado do Al-Nassr, nada de muito importante além da expulsão de Cristiano. O máximo de ataque foi um cruzamento de Otávio para segunda área, onde Sultan Al-Ghannam desviou mal, a bola não ficou disponível como assistência e nem levou perigo ao gol de Bono. O gol para diminuir a vantagem dos azuis veio em um contra-ataque, aos 54 minutos, em escapada de Abdulrahman Ghareeb e conclusão de Mané na área.