Dá para tirar algo positivo da reestreia de Fernando Diniz no Vasco?
Em alguns momentos já deu para notar o estilo do novo treinador, mas vacilos antigos levaram o Cruzmaltino a mais uma derrota

Nem mesmo com a estreia do técnico Fernando Diniz o Vasco voltou a ganhar. Pelo contrário, a equipe cruzmaltina foi derrotada por 1 a 0 pelo Lanús, na Argentina, e se complicou na Copa Sul-Americana.
Foi a quarta derrota consecutiva do clube carioca, que chegou ao nono jogo sem vencer.
Com o placar, o Vasco perdeu completamente a possibilidade de se classificar na primeira colocação do grupo G, na Sul-Americana. E, de quebra, foi ultrapassado pelo Melgar (PER) na classificação.
Hoje, o time da Colina está na terceira posição da sua chave e estaria fora até mesmo dos playoffs na competição continental.
Em duas semanas, no dia 27 de maio, Vasco e Melgar fazem o confronto direto pela vaga à próxima fase. A partida acontece em São Januário, no Rio de Janeiro, mas os peruanos possuem a vantagem do empate por terem dois pontos a mais.
Foi pouco, mas já deu para notar o Dinizismo no Vasco
O primeiro tempo do Vasco não foi ruim e até mesmo teve a cara de Fernando Diniz em muitos momentos.
Uma melhor postura sem a bola em relação aos times armados por Fábio Carille e o interino Felipe Maestro, com mais volume de jogo e troca de passe.
Até mesmo a tão temida “saidinha”, trocando passes no comando defensivo, foram bem executadas.
Com os zagueiros abrindo pelos lados, coube ao volante Tchê Tchê dar sustentação ao início de jogo vascaíno.
O meia, revelado por Diniz no Audax, em 2016, mas que teve problemas com o treinador anos mais tarde, no São Paulo, foi o melhor atleta em campo na Argentina.

Não só com bom desempenho técnico, o jogador correu o campo inteiro, se apresentou e foi substituído no fim da partida por exaustão.
Mesmo com uma boa etapa inicial, ainda faltou muito para o Vasco levar perigo. No segundo tempo, o que era razoável ficou ruim.
O time deixou de criar oportunidades e viu um Lanús, minimamente organizado, vencer a partida.
O gol marcado pelo time argentino foi totalmente através da desorganização defensiva do Vasco.
Lucas Piton subiu ao ataque e deixou todo o lado esquerdo defensivo da equipe carioca aberto.
Salvio recebeu o lançamento de Medina, aproveitou o corredor e cruzou. Marcich furou a primeira finalização, mas a bagunça da zaga vascaína era tão grande que deu tempo de Carrera completar para o fundo das redes.
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O Coutinho voltou querendo demais?
Foi mais uma apresentação apática daquele que retornou ao Vasco da Gama no ano passado trazendo consigo a expectativa de ser o cara a resolver os problemas da equipe.
Ainda que a melhor oportunidade da equipe vascaína no primeiro tempo tenha saído do pé dele, faltou muita coisa para o meio-campista em La Fortaleza.
Na verdade, faltou que ele fizesse mais o que fez exatamente no grande momento vascaíno na etapa inicial.
Ainda que a finalização por cima do gol adversário não tivesse levado grande perigo, a jogada começou e iniciou com Coutinho, que acionou Piton pelo lado esquerdo e apareceu bem na entrada da área após a defesa do Lanús afastar o cruzamento que visava Pablo Vegetti.
O centroavante argentino, inclusive, esteve longe de fazer uma grande partida. Mas isso passa também pela atuação apática de Philippe Coutinho, que é o grande responsável por levar a bola ao ataque.
No segundo tempo, o camisa 11 morreu completamente, sobretudo após os 15 minutos. E isso tem sido natural.
A parte física de Coutinho está comprometida há tempos, e nesta terça-feira (13) não foi diferente.

Erros constantes prosseguem e vilões também
Um dos atletas mais criticados do elenco vascaíno falhou novamente.
O volante Hugo Moura foi expulso aos 37 minutos do segundo tempo, por falta em Marcelino Moreno na entrada da área. Na cobrança, o Lanús quase ampliou o placar, o que não aconteceu graças ao goleiro Léo Jardim e à trave.
Na ocasião, o jogador atuava improvisado como zagueiro, em uma estratégia promovida por Fernando Diniz para adiantar mais as linhas do Vasco, que perdia a partida – 10 minutos antes, Diniz promoveu a entrada do meia Paulinho no lugar do defensor Luiz Gustavo.
O problema nem foi tanto o lance da expulsão de Hugo Moura, onde a falta foi o recurso para impedir a projeção do adversário.
A questão foi o primeiro cartão amarelo recebido pelo atleta vascaíno, ainda no primeiro tempo. Moura errou um passe no meio-campo e tentou corrigir o vacilo cometendo falta em Marcelino Moreno.