Sul-Americana

Botafogo pode ir ainda mais longe na Sul-Americana – mas, para isso, tem que querer

Na luta pelo título do Campeonato Brasileiro, o Botafogo também está a poucos jogos de uma final internacional. Nesta quarta-feira (30), o Glorioso visita o Defensa y Justicia, no Estádio Florencio Sola, às 19h (horário de Brasília), pelo jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana. Com o empate em 1 a 1 no jogo de ida, no Nilton Santos, o time de Bruno Lage precisa da vitória para avançar direto e fazer o clube volta a uma semifinal internacional depois de 30 anos. Mas, para isso, o Botafogo precisa, principalmente, querer.

Com o foco voltado para o Campeonato Brasileiro, o Botafogo, mesmo chegando nas quartas de final, tem deixado a Copa Sul-Americana em segundo plano. Rodando o elenco desde os tempos de Luís Castro, clube aparenta estar levando a competição internacional em banho maria. E, é claro, ter chegado tão longe mesmo muitas vezes tendo jogado com times mistos ou reservas é um mérito e tanto do clube e do elenco alvinegro.

No entanto, com a competição afunilando, é preciso levar em consideração a importância de disputar – e, quem sabe? – ganhar um título internacional. O último título do Botafogo em competições continentais aconteceu há 30 anos, quando conquistou a Copa Conmebol sobre o Peñarol.

No discurso, clube, técnico e jogadores descartam qualquer tipo de prioridade ao Brasileirão em detrimento a Sul-Americana. Mas as escalações e as atuações deixam claro que o Botafogo colocou a Sula em segundo plano. Após a partida contra o Bahia, no último domingo, o técnico Bruno Lage argumentou que a única diferença entre a atuação contra o Tricolor e o Defensa y Justicia, no jogo de ida, foi a efetividade do seu time. Mas vale lembrar que, contra os argentinos, o Botafogo entrou em campo com oito jogadores considerados reservas e, ao contrário do que Lage disse, não foi só a efetividade que foi diferente.

Chave pode ter virado, mas ainda não 100%

Depois de começar com apenas três jogadores titulares na última quarta-feira, o Botafogo deve mudar bastante para o jogo em Buenos Aires. De acordo com o “GE”, o técnico Bruno Lage deve escalar um time com a maior parte dos atletas considerados titulares. Mas, entre os relacionados para a viagem, o treinador já deixou fora o meia Eduardo e o atacante Victor Sá. Além disso, por lesão, o português já não conta com Tiquinho Soares.

Outro indício de que a chave do time pode ter virado para a Sul-Americana foi o discurso do zagueiro Victor Cuesta antes da partida contra o Bahia. Em vídeo dos bastidores da partida divulgado pelo clube, o argentino apareceu fazendo uma fala motivacional e citando que o jogo com o Bahia era a primeira das três decisões que o clube teria na semana.

– Três finais essa semana para depois descansarmos com a família. “Bora”, começa hoje. Não deixa para depois, não espera acontecer, faz acontecer – disse Victor Cuesta no vestiário do Nilton Santos.

Depois da partida contra o Defensa y Justicia, o Botafogo tem, no sábado, o clássico com o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. E, se o rodízio no elenco está, de fato, relacionado as questões físicas, Cuesta está certo. Depois desses jogos, o elenco terá um período de descanso. Afinal, no começo de setembro as competições irão parar para Data-Fifa, com o começo das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

Assim, o Botafogo poderia, dentro das possibilidades físicas do elenco e, claro, levando em consideração os atletas que podem estar com risco de sofrer algum tipo de lesão, ter um time totalmente focado e “dando um gás” para as decisões que o clube tem nesta semana. O Botafogo pode seguir fazendo história tanto no Brasileiro como na Sul-Americana. Basta querer.

Provável escalação do Botafogo

De acordo com o “GE”, o técnico Bruno Lage ainda tem dúvidas na escalação do Botafogo para esta noite. As principais são no ataque. Mas também existe a possibilidade de Marçal, que volta de lesão, recuperar a titularidade na lateral esquerda.

Assim, o Botafogo deve ir campo contra o Defensa y Justicia com: Gatito Fernández; Di Plácido, Adryelson, Cuesta e Marçal (Hugo); Marlon Freitas, Tchê Tchê, Lucas Fernandes; Diego Hernández, Diego Costa (Janderson), Luís Henrique (Júnior Santos).

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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