América do Sul

‘Não carregamos peso’: Cano ignora passado e mira título da Recopa pelo Fluminense

Questionado se decisões do passado contra a LDU interferem na Recopa, Germán Cano não vê peso no elenco do Fluminense para a Recopa

O Fluminense se prepara para o jogo de volta da Recopa Sul-Americana, contra a LDU, na quinta-feira (29), às 21h30 (de Brasília). O adversário, um algoz antigo, suscita lembranças nada animadoras para o Tricolor. Mas Germán Cano não quer nem saber disso. O Rei da América só quer saber do presente e do futuro do Flu.

Se foi derrotado pelos equatorianos nas decisões da Libertadores de 2008 e na Copa Sul-Americana de 2009, pouco importa para o argentino. Para ele, o passado não importa e nem entra em campo.

— Não carregamos peso do passado, mas uma responsabilidade muito grande de buscar uma taça que o Fluminense não tem. A temporada já começou e, pouco a pouco, vamos fazer o que o Fernando pede. Sabemos que teremos a nossa torcida no Maracanã. Vamos jogar na nossa casa, com a nossa torcida. Vamos tentar fazer o nosso melhor. Não temos o peso de nada, só o compromisso de ganhar o jogo — afirmou, em coletiva no CT Carlos Castilho.

Se vencer por dois ou mais gols, o Flu leva a taça para o novo Museu Fluminense FC em Laranjeiras. Vitória simples no tempo regulamentar leva o jogo para a prorrogação, e se persistir o empate, a final será decidida nos pênaltis. Qualquer outro resultado dá o título ao adversário.

— Particularmente não penso no que aconteceu no passado. Estou focado no presente, na quinta. O que já aconteceu, já foi. Dentro de campo são 11 contra 11, e ganha quem for melhor. Vamos nos preparar para jogar bem e merecer sair com o título — opinou.

Cano vê elenco fortalecido para dar título inédito ao Fluminense

Reforçado para 2024, o Fluminense tem muitas opções no ataque, que precisará funcionar para que a equipe conquiste a Recopa Sul-Americana. Uma das forças do sistema de Fernando Diniz, a parte ofensiva da equipe pode ter diferentes formatos com as peças à disposição.

Questionado se as mudanças e novas opções dificultavam um pouco o entrosamento do Flu neste início de temporada irregular, Cano preferiu enxergar a situação de maneira otimista.

— Sabemos que temos um elenco muito bom. Podemos jogar no 11 inicial. Jogamos em Quito, numa altitude muito elevada para nós. Não estamos acostumados. Acho que para quinta-feira vai chegar todo mundo muito bem. Vamos tentar fazer o primeiro gol, depois tentar fazer o segundo. Jogar com agressividade — afirmou.

No Maracanã, Cano nunca perdeu final pelo Fluminense

Desde que chegou ao Fluminense em 2022, Germán Cano disputou três finais oficiais — os Campeonatos Cariocas de 2022 e 2023 e a Libertadores da América de 2023. Além disso, também fez jogos decisivos pela Taça Guanabara. Em todos, saiu vitorioso.

Com 100% de aproveitamento em finais pelo Tricolor, Cano terá mais uma pela frente: a Recopa Sul-Americana de 2024. Título inédito para o Flu, a competição internacional será decidida na quinta-feira (29), às 21h30 (de Brasília) no Maracanã, palco das conquistas do argentino e do clube desde que chegou.

— É importante jogar com nossa torcida no Maracanã, sabemos que temos duas coisas muito importantes, jogar em casa e com nossa torcida. Estou muito feliz de viver tudo isso com o Fluminense. Sempre me sinto em casa, toda vez que entro no Maracanã estou em casa. O apoio da torcida é muito importante. No estádio, nas redes sociais, o carinho é incrível e me ajuda a fazer o melhor para conquistar uma taça a mais. Sou praticamente um carioca a mais — disse.

No Maior do Mundo, Germán Cano disputou 65 jogos e marcou impressionantes 50 gols. Ele balançou as redes em todas as decisões que disputou no estádio.

— É lindo. O Maracanã representa um sentido de pertencimento muito grande. Toda vez que entro em campo me sinto em casa, jogando no meu quintal. Essa confiança e determinação tem que continuar. Estou muito feliz de pertencer ao Fluminense e jogar sempre no Maracanã — se derreteu.

Foto de Caio Blois

Caio BloisSetorista

Jornalista pela UFRJ, pós-graduado em Comunicação pela Universidad de Navarra-ESP e mestre em Gestão do Desporto pela Universidade de Lisboa-POR. Antes da Trivela, passou por O Globo, UOL, O Estado de S. Paulo, GE, ESPN Brasil e TNT Sports.
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