Libertadores

Sorteios confrontam Palmeiras com o que o time tem de pior

Quase um Robin Hood ao contrário, Alviverde tem sofrido com questões específicas

Dentre os adversários possíveis, o Palmeiras pegou, no papel, um dos menos complicados possíveis nas oitavas de final da Copa Libertadores.

Já na Copa do Brasil, o adversário nada menos que o Corinthians. Nos dois casos, o Palmeiras decidirá a vaga em seus domínios.

Se, na Libertadores, o Palmeiras ganhou todos os jogos no Allianz, nos campeonatos locais, o desempenho não vem sendo bom — em especial contra o arquirrival.

O Corinthians está invicto no Allianz Parque em 2025. Arrancou um empate por 1 a 1 na fase de grupos do Paulista. E venceu no primeiro jogo da final: 1 a 0. A recente vitória alviverde por 2 a 0 foi na Arena Barueri.

Libertadores pode complicar nas quartas

Por mais que a viagem a Lima seja uma das mais longas dentro do continente, o Universitario, do Peru, não está entre a lista de favoritos à conquista. Curiosamente, a final, em novembro, será jogada justamente na capital peruana.

Se passar do Universitario, no entanto, a vida relativamente mais fácil do Palmeiras tende a acabar. Três das equipes listadas como favoritas ao título, e que também são pedras no sapato do Alviverde, podem aparecer nas quartas e numa eventual semi.

Caso se classifique, o próximo adversário do Alviverde sai de River Plate x Libertad, do Paraguai. Ambos foram eliminados pelo time de Abel Ferreira na campanha vitoriosa da Libertadores de 2020: Libertad, nas quartas; River, na inesquecível semifinal.

Caso passe das quartas, na semi, o Verdão terá o vencedor final da chave que tem, nas oitavas, Botafogo e Universidad de Chile, e São Paulo e Atlético Nacional. É pouco provável que o Verdão, portanto, deixe de pegar o Tricolor ou o atual campeão.

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Um Robin Hood ao contrário

O Palmeiras de 2025 vem sofrendo um problema que lhe é crônico e que se arrasta de temporadas passadas. Diante dos clubes menos expressivos, o Verdão é um leão. Mas se o caldo engrossa um pouco, tem sido comum o Palmeiras não conseguir sucesso.

Já no Paulista, o time sofreu diante do Corinthians. Nos três jogos que teve, empatou, em casa (1 a 1), na fase de grupos. E perdeu na primeira final, também em casa (0 a 1). Na volta, ficou no 0 a 0, na Neo Química Arena.

No Brasileiro, o Palmeiras, mesmo com a boa campanha, está devendo diante dos adversários do atual G-6. Perdeu, em casa, para Bahia (0 a 1) e Flamengo (0 a 2). No domingo, perdeu para o Cruzeiro (1 a 2). Venceu apenas o Bragantino, por 2 a 1, fora de casa. E ainda não pegou o Fluminense.

Com três derrotas e uma vitória em quatro jogos, tem pífios 25% de aproveitamento contra as equipes que atualmente estão nas primeiras seis posições do campeonato.

Embora nesse ano não tenha a mesma força da equipe campeã de 2024, o Botafogo também conseguiu arrancar pontos do Palmeiras, com um empate em 0 a 0 na rodada inicial, no Allianz.

Na hora do “vamos ver”, Palmeiras refuga

Em 2024, perder pontos para rivais diretos ou rivais tradicionais também foi uma constante. Na reta final, brigando palmo a palmo com o Fogão pela liderança, perdeu para o Corinthians, que brigava para não cair, por 2 a 0.

Depois, em casa, teve a chance de vencer uma “final” contra o Botafogo, na antepenúltima rodada. Mas perdeu por 3 a 1 e deu adeus à chance de conquista.

Nas copas, não foi diferente. Nas oitavas da Libertadores, também caiu diante do Botafogo. Na Copa do Brasil, não foi páreo para o Flamengo, também nas oitavas. Nos dois casos, jogar a partida decisiva em casa não foi suficiente.

Por conta da melhor campanha na Libertadores, o Allianz Parque também será sede de todos os segundos jogos das eliminatórias que o Palmeiras fizer até uma possível semi.

Mas, considerando que o Alviverde tem a terceira pior campanha como mandante no Brasileirão, tal trunfo não soa como grande coisa.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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