Libertadores

Sampaoli vê ponto final em situação de Pedro no Flamengo e lamenta: ‘Me doeu muito’

Treinador argentino passou "panos quentes" na situação e confirmou que tudo foi resolvido nos bastidores

O Flamengo venceu o Olimpia por 1 a 0, nesta quinta-feira (03), pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Esse resultado, no entanto, não foi o tema principal das perguntas ao técnico Jorge Sampaoli, e sim o caso envolvendo Pedro e o preparador físico, Pablo Fernandez. O treinador argentino passou “panos quentes” na situação e confirmou que tudo foi resolvido nos bastidores.

A coletiva ficou marcada por perguntas sobre a agressão, misturadas à sequência da temporada. Sampaoli não parecia nervoso com os questionamentos e os respondeu com tranquilidade. Ele também afirmou que o evento o entristeceu bastante.

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O que Sampaoli disse?

  • O treinador confirmou que a situação com Pedro foi resolvida nos bastidores
  • Ele lamentou a agressão de Pablo e afirmou que o episódio fez mal ao grupo
  • Sampaoli também comentou sobre o jogo contra o Cuiabá, pelo Brasileirão
  • Deu indícios de que irá poupar alguns atletas, mesmo sem cravar

A situação com Pedro

 

— A gente sempre fala a mesma coisa. Eu considero que é uma situação delicada, um companheiro cometeu um erro. Isso excede a minha visão. Pretendo sempre deixar um legado, por isso vim. Cheguei em uma crise, fomos de pouco a pouco melhorando nossa ideia de futebol. Sinceramente, me doeu muito o que aconteceu.

Sampaoli ainda prosseguiu, analisando a situação com o atacante. Durante a coletiva, o treinador afirmou que jamais falaria sobre o assunto em público, porque precisa proteger seus atletas, funcionários e membros da comissão técnica.

— Já me pronunciei publicamente sobre o assunto. O Pablo foi lamentável, teve que deixar o clube. Sempre que jogo, falo das portas para dentro. Não tenho mais nada a comentar sobre isso. Posso soar um pouco repetitivo. Todas as pessoas que trabalham comigo no Flamengo, são minha gente — disse, antes de concluir:

O Pedro é minha gente, preciso protegê-lo. Toda a relação, toda a situação que tenho com ele, resolver da porta para dentro. Jamais falaria de um jogador meu assim, nunca. O Pedro não esteve aqui hoje por causa de uma sanção no clube, a partir de amanhã já retorna — finalizou.

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O Flamengo volta a campo neste domingo (06), para enfrentar o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro. A partida acontecerá às 20h (de Brasília), na Arena Pantanal. O Rubro-Negro é o vice-líder da liga nacional, com 31 pontos, 12 a menos que o Botafogo.

Jorge Sampaoli durante a coletiva após o jogo contra o Grêmio (Foto: Reprodução/FlaTV)

Jogadores do Flamengo também falam sobre Pedro

Na zona mista, Gerson, Bruno Henrique e Allan foram perguntados e responderam sobre o episódio envolvendo o atacante do Flamengo. Os dois afirmaram que a situação foi resolvida internamente e que são “águas passadas” na temporada do Rubro-Negro.

— Desculpe te cortar, mas isso já está resolvido. Não tem o que falar, a direção já resolveu. Não tem o que ficar falando de uma coisa que já se resolveu. Vocês ja sabem tudo que aconteceu. Não tem mais o que falar. Desculpa, mas já está resolvido — analisou Gerson, antes de passar a palavra para Bruno Henrique:

— O Pedro sabe que ele é importante para o clube. Ele tem total respaldo do elenco, sabe da importância, sabe que é um cara que pode nos ajudar bastante. A decisão do Flamengo, o Flamengo já tomou: mandou o Pablo embora. Ele fica triste pelo episódio. Sabemos que tem que ficar mesmo, mas agora é tentar esquecer o que aconteceu porque o Pablo não está mais aqui. Temos que seguir adiante porque a gente precisa muito dele — confirmou.

— Já está tudo resolvido internamente. Não comentamos sobre isso. Página virada e vida que segue — disse Allan, titular na partida desta quinta-feira.

Relembre outras falas de Sampaoli na coletiva

Possíveis mudanças contra o Cuiabá

— Cada jogo tem uma particularidade diferente. Isso de poupar é um pouco injusto com alguns atletas, temos um plantel longo e precisamos ter competência interna de um grupo de profissionais. Com o desgaste, os jogadores que entrarem devem manter o nível para brigar por posição. Para mim, tentamos ir de jogo em jogo e com estratégias diferentes para cada um. As pessoas não entendem muito, mas sempre tento gerar alguma modificação. Cada jogo tem uma estrutura diferente. É sempre uma oportunidade.

— Temos que avaliar, as pessoas que terminaram mal. Claro que o fator físico pesa, alguns não vão chegar 100% em Assunção. Quem estiver bem, vai jogar. É um jogo importante contra o Cuiabá, lá e sempre difícil. Vamos decidir antes da viagem mesmo.

Terror psicológico citado por Pedro

— Sinceramente, ele sabe o sentimento que tem, sabe o que precisa resolver. Cada um precisa resolver a sensação que sente, somos seres humanos grandes já.

Consequências do resultado

— Sempre falei quando cheguei que o time ganha o jogo, os jogadores. Era preciso estabilizar e encontrar o melhor modelo para cada um desses jogadores. Quando um domina, outro marca a diferença. O resultado é produto do esforço do Flamengo. Se os jogadores não passam pelo seu melhor momento, o treinador não tem vida.

— Todas as decisões foram fora de casa. O grupo teve grandeza para definir, inclusive a primeira semifinal contra a Copa do Brasil. Estou confiante no grupo, tem muita experiência e hierarquia para enfrentar essa situação. O jogo de volta no Paraguai vai ser extremamente difícil, mas estou muito confiante.

O jogo de volta contra o Olimpia

— O jogo de volta vai ser direto. Eles vão jogar no 4-2-4 lançando bolas, nos empurrando sempre. Temos que fazer uma fortaleza e tentar ter o controle do jogo. Se não saíssemos com a vitória, seria melhor para o estilo deles. Sinceramente, o Flamengo precisa jogar e encontrar os espaços que não teve hoje. O segundo tempo foi melhor, tive que fazer uma mudança estrutural na posição de Bruno Henrique. Tivemos muito controle, teríamos que ter mais situações. Ainda temos que melhorar nesse tipo de jogo, temos que resolver com mais contundência.

Foto de Guilherme Xavier

Guilherme XavierSetorista

Jornalista formado pela PUC-Rio. Da final da Libertadores a Série A2 do Carioca. Copa do Mundo e Olimpíada na bagagem. Passou por Coluna do Fla e Lance antes de chegar à Trivela, onde apura e escreve sobre o Flamengo desde 2023.
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