River Plate quer 3º campeão do mundo e faz janela por final da Libertadores em casa
Apenas desde a chegada de Gallardo, Millonarios trouxeram Acuña, Bustos e Pezzella para fortalecer um elenco que já é bom
Nos últimos anos, o River Plate perdeu o protagonismo no continente, enquanto o Brasil se consolidou como o país dominante da Copa Libertadores. Isso não mudou nem sob comando de Demichelis, técnico do título argentino dos Millonarios da última temporada.
Para mudar isso em 2024, a direção escolheu o velho conhecido Marcelo Gallardo, bicampeão da maior competição sul-americana (2015 e 2018), para substituir o técnico anterior no último mês.
Ao mesmo tempo, tem feito neste momento uma interessante janela de transferências, com reforços que prometem subir de patamar um elenco que já conta com bons jogadores.
A próxima contratação, segundo a mídia argentina, será a de Marcos Acuña, campeão do mundo com a Argentina em 2022. O jornal Olé publicou que a negociação gira em torno de 5 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões) entre fixo e variáveis pagos ao Sevilla.
O lateral-esquerdo pousará em Buenos Aires amanhã (19) para assinar contrato até dezembro de 2027.
Acunã é uma adição de elite, podendo atuar também como terceiro zagueiro pela esquerda ou como volante. Um jogador de nível europeu, como outros que o River também trouxe nas últimas semanas.
Acuña encontra no River Plate ex-colegas do futebol europeu
Antes do lateral-esquerdo da seleção argentina, o time de Gallardo tinha fechado com o zagueiro Germán Pezzella, ex-Betis e também parte do elenco da última Copa do Mundo. Eles dividiam a mesma cidade na Espanha, onde também atuava Federico Gattoni, outro defensor, trazido por empréstimo junto ao Sevilla.
Ainda na defesa, Conan Ledesma, titular do Cádiz na última temporada, deve disputar posição com o campeão do mundo Franco Armani. Na lateral, o bom Fabricio Bustos, ex-Internacional, reforçou o lado direito, enquanto na esquerda trouxe de volta o jovem Franco Carboni, emprestado pela Internazionale.
Para o ataque, além do centroavante Adam Bareiro (vindo do San Lorenzo), lá desde o início de julho, foi ao México trazer o ponta Maximiliano Meza, do Monterrey, capaz de jogar pelos dois lados do ataque.
Todas as contratações do River Plate neste meio de ano:
- Acuña (Sevilla)
- Pezzela (Betis)
- Meza (Monterrey)
- Gattoni (Sevilla)
- Carboni (Internazionale)
- Bustos (Internacional)
- Barreiro (San Lorenzo)
Mesmo perdendo Esequiel Barco e Agustín Palavecino, o elenco segue bem interessante. A zaga tem, junto de Pezella, Funes Mori, González Pírez e Paulo Díaz. No meio, os experientes Kranevitter, Aliendro e Nacho Fernández, além do jovem Santiago Simón.
O ataque é um recanto de talentos. “El Diablito” Claudio Echeverri, de 18 anos, já está vendido ao Manchester City, onde se apresenta em dezembro. Já Franco Mastantuono, 17, desperta interesse do Real Madrid. Ambos foram titulares na ida das oitavas de final da Libertadores contra o Talleres.
Ainda há os consolidados e importantes Manuel Lanzini e Miguel Borja e o jovem Pablo Solari. Elenco recheado, com poucas lacunas, e muitas opções para que Gallardo monte seu 11 ideal.
A escalação de Gallardo no primeiro jogo pela Libertadores:
- Armani; Enzo Díaz, Paulo Díaz, Pezzella e Bustos; Aliendro, Kranevitter e Simón; Echeverri, Mastantuono e Bareiro.
O chaveamento que pode facilitar uma ida à final da Libertadores, jogada em Buenos Aires
O alto investimento do River também indica uma vontade de poder jogar uma decisão de Libertadores em sua casa. A Conmebol já confirmou que a final continental acontecerá em Buenos Aires, faltando apenas oficializar que será no gigante Monumental de Núñez.
E para garantir esse feito de ser o “mandante” no último jogo da Libertadores (ainda não alcançado desde que se instaurou a final única), o time argentino conta com o chaveamento ideal.
Nas oitavas, encontrou o rival local Talleres e já venceu a ida por 1 a 0 fora de casa. Se avançar, enfrenta Colo-Colo ou Junior Barranquilla, dois rivais muito abaixo do que os outros concorrentes ao título vão encontrar (ou já estão enfrentando).
Uma hipotética semi teria Grêmio, Fluminense, San Lorenzo ou Atlético Mineiro. Todos difíceis, só que ainda longe de Palmeiras, Botafogo e Flamengo, que estão do outro lado da chave.
Com dois empates e uma vitória, Gallardo comandará o River Plate em seu quarto jogo na próxima quarta-feira (21), a volta contra o Talleres, no Monumental.
Claro que não dá para desistir do título argentino por estar 6 pontos atrás do líder Atlético Tucuman após 11 rodadas, mas está claro que o foco será o título continental e a possibilidade de levantar o caneco para sua torcida.