Os planos de Di María: se aposentar da seleção e voltar ao Rosario Central
Um dos maiores jogadores da história da Argentina, Di Maria quer encerrar sua carreira no futebol internacional depois da próxima Copa América
Ángel Di María sempre foi considerado o escudeiro de Messi, mas marcou história por méritos próprios na seleção argentina. Como, por exemplo, com o gol da vitória sobre o Brasil no Maracanã, na final da Copa América, ou no Catar contra a França. Uma história que está prestes a terminar. O meia-atacante de 35 anos do Benfica afirmou em uma entrevista ao programa Todo Pasa que pretende se aposentar da Argentina depois da próxima Copa América, marcada para o ano que vem nos Estados Unidos.
Di María ainda está jogando em alto nível. No último mercado de transferências, deixou o Paris Saint-Germain ao fim do seu contrato e retornou para o Benfica, o clube que o projetou no futebol europeu. Marcou cinco gols nas seis primeiras rodadas do Campeonato Português e continua ampliando seu currículo com 134 partidas pela Argentina. Não está com o elenco para enfrentar Paraguai e Peru nesta Data Fifa por lesão. Mas deixou bem claro que o fim está próximo.
– É a Copa América e acabou. É o último. Eu vim ao Benfica, me dão a possibilidade de continuar defendendo a seleção e eu gostaria. Estou fazendo tudo para poder estar (na Copa América) – afirmou o modesto Di María que, se estiver saudável, com certeza estará entre os convocados.
E depois da Copa América, talvez complete o circuito de despedida repetindo o que muitos grandes jogadores argentinos dos últimos anos fizeram: voltar para casa. No caso de Di María, seria um retorno para o Rosario Central, clube em que foi formado.
– Sempre esteve na minha cabeça voltar ao Central, como sempre esteve voltar ao Benfica. Não gosto de falar muito sobre o tema porque começam a falar que eu falo sempre e acaba não acontecendo. Sempre disse que queria voltar quando ainda me sentisse bem e ainda estou no meu melhor. Meu contrato com o Benfica dura até 2024 e essa opção existe. Tenho boa relação com Gonzalo (Belloso), o presidente (do Rosario Central). Quando tiver que ser, será – disse.
Campeão mundial e o abraço em Messi
Di María obviamente sabia que o título da Copa do Mundo seria importante, mas, como outros campeões mundiais com a Argentina, ainda ficou impressionado com a recepção da torcida.
– Eu continuo igual. Não mudei nada do que normalmente faço, mas você percebe nas pessoas. Todos falam do Mundial. As pessoas te reconhecem apenas por isso, até as crianças de cinco anos. Levo minhas filhas na escola e falam: você é campeão do mundo. Antes falavam do Real Madrid ou do Manchester United. Agora não mais. Depois de ser campeão, reconhecem apenas pelo Mundial – disse.
Di María também disse que tinha o sonho de jogar ao lado de Messi em um clube, o que conseguiu fazer no Paris Saint-Germain entre 2021 e 2022.
– Cumpri tudo com Leo. O que faltava era jogar em um clube e, no dia em que me despedi (para jogar pela Juventus), eu o abracei e disse: a única coisa pela qual sou grato é de poder ter jogado com você em um clube, de poder te ver todos os dias. Estar um ano inteiro, vê-lo o ano inteiro, é um entretenimento, ver as coisas que faz, para mim, era o máximo, e eu pude viver isso – completou.