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Löw, aproximando-se de sua despedida: “Queremos voltar a ter o apoio dos torcedores”

O treinador anunciou que deixará a seleção alemã ao fim da próxima Eurocopa, após 15 anos no comando

Joachim Löw publicou, na última quarta-feira, sua última convocação como treinador da seleção alemã. Decidiu os 26 jogadores que levará à Eurocopa, torneio que marcará sua saída do cargo após 15 anos. Apesar de ter sido campeão do mundo, terá uma única chance para melhorar a impressão final de seu trabalho, recuperar o apoio dos torcedores e convencê-los sobre a força do futebol alemão.

A Alemanha não brilhou na Eurocopa de 2016, mas pelo menos chegou à semifinal. Dois anos depois, foi eliminada ainda na fase de grupos da Copa do Mundo e teria sido rebaixada na Liga das Nações se o torneio não fosse reformulado para ter quatro times por grupo na primeira divisão. Löw anunciou em março que encerraria sua trajetória pela seleção, que começou em 2004, como auxiliar de Jürgen Klinsmann, após a Euro deste ano. Ele assumiu o cargo de treinador principal em 2006.

“Queremos voltar a ter o apoio dos torcedores e convencê-los sobre o futebol alemão. Desde 2018, estamos realmente em uma onda de emoções. Depois de muitos torneios importantes, fomos eliminados na fase preliminar e ficamos profundamente decepcionados. Na Liga das Nações também não tivemos os resultados. Vieram as dificuldades com a pandemia e os resultados que foram insatisfatórios para muitos. Sabemos que temos que convencer os torcedores novamente”, afirmou. “Queremos uma equipe que transborde energia e entusiasmo, que seja uma unidade em campo, com a qual os torcedores se identifiquem”.

Löw, porém, calibra as expectativas e diz que a Alemanha não está entre as favoritas ao torneio que será realizado em múltiplas sedes. Para aumentar suas chances, buscou reforços: voltou a convocar Mats Hummels e Thomas Müller, os quais havia aposentado compulsoriamente depois do fiasco da Rússia.

“Hummels está de volta. Nem sempre estivemos suficientemente estáveis na defesa ultimamente, talvez tenha faltado um pouco de experiência. Convocamos Mats com absoluta convicção porque ele tem uma boa influência sobre os jogadores, consegue se organizar bem e já disputou alguns torneios. Ele sabe como abordar nesse tipo de competição e lidar com os problemas”, disse.

“Também pensamos em trazer Jéröme Boateng (outro do qual Löw abriu mão). Tenho o maior respeito por ele, fez muito pela Alemanha e também teve um papel importante no Bayern de Munique na temporada passada, mas temos jogadores que tiveram um bom desempenho na defesa conosco, então decidimos trazer apenas Hummels de volta”.

“Em 2018, foi a vez de dar aos jovens jogadores espaço e tempo para se desenvolverem. Em 2010, também tivemos uma grande reformulação e disputamos uma emocionante Copa do Mundo. Acontece que não atingimos nossas metas para 2019/2020 e esse desenvolvimento não avançou tanto. A Eurocopa é fundamental, um torneio de sucesso é extremamente importante, por isso decidimos trazer de volta Hummels e Müller, que também fizeram uma temporada forte e podem dar muito ao time em termos de liderança. Conhecem nosso pensamento e filosofia, são respeitados e aceitos na equipe”, completou.

A Alemanha não terá vida fácil: está no grupo de França, contra a qual estreia em 15 de junho, Portugal e Hungria.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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