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Roque Júnior desabafa

Pouca gente sabe – nem mesmo ele próprio sabia -, mas Roque Júnior é o único jogador da história a ter entrado em campo e vencido as finais de Libertadores, Liga dos Campeões e Copa do Mundo. Mesmo com um feito desse nível no currículo e uma carreira vitoriosa, com outros seis títulos em seus 12 anos de futebol, o zagueiro do Bayer Leverkusen ainda é apontado pela opinião pública como o patinho feio de uma Seleção Brasileira que discute se não há espaço para mais um atacante no time.

Nessa entrevista franca com a Trivela, concedida por telefone da concentração do Bayer na véspera do confronto com o Borussia Dortmund pela Bundesliga, o zagueiro questiona a cultura futebolística de nosso País. ´´Acho que as pessoas não conseguem enxergar o que se passa dentro de um campo. Não dá para ter oito, nove atacantes.´´ Para exemplificar, Roque lembra o respeito de estrangeiros aos zagueiros Brasileiros, algo que não acontece por aqui. ´´O Júlio César vai fazer a despedida dele em Dortmund. E ele é brasileiro!´´

Roque Júnior também rebate as críticas que recebe ao ser apontado como bode expiatório do time. ´´Tem jogos em que todo mundo falha, e não apenas só um ou a zaga. Nesses últimos tempos, tudo era culpa do Roque Júnior. Pelo amor de Deus! Não estava jogando sozinho.´´ E cobra um pouco mais de atenção por parte de seus críticos: ´´

Na conversa, o zagueiro relembra também sua vitoriosa passagem pelo Milan, da desastrosa experiência no Leeds e, além da fase atual no Bayer Leverkusen, que sua vontade após o fim de seu contrato na Alemanha é jogar na Espanha. ´´Quem sabe não é meu próximo destino.´´

Confira a entrevista com Roque Júnior

Roque, você sabia que você é o único jogador da história a ter jogado as finais de Libertadores, Liga dos Campeões e Copa do Mundo e ganhado as três?
Sabia que eu e o Dida éramos os únicos a terem jogado e ganhado a Libertadores e a Liga dos Campeões, mas não dos três.

Como você se sente tendo atingido um feito que nenhum outro jogador conseguiu?
Fico contente com isso, pois jogar futebol sempre foi meu sonho de infância e tornar-se profissional. Sempre quis ganhar títulos e acho que conquistei muitos nesses 12 anos de carreira. São nove títulos no total. Agora estou colhendo os frutos. Ser o único jogador da história a ter conquistado esses três títulos me deixa muito gratificado, pois é uma mostra de que meu trabalho surtiu efeito.

No começo de sua carreira você era chamado de Júnior II porque já tinha outro Júnior no time. Quem começou a te chamar de Roque Júnior?
Cheguei no Palmeiras em 1995 como Júnior. Desde pequeno era chamado assim. Em 1996 chegou o Júnior, o lateral-esquerdo. Como ele jogava mais do que eu, acabou ficando com o nome. Aí quando eu entrava me deram esse nome de Júnior II. Num jogo no Parque Antarctica em que nós dois íamos entrar, o Vanderlei Luxemburgo chegou para mim e comentou: ´Não dá para ser Júnior II. Qual é seu nome?´. Respondi que era José Vítor Roque Júnior. ´Então escolhe entre Júnior Roque ou Roque Júnior, porque não dá mais para usar esse nome.´ Eu também não gostava mais daquilo e pedi para o pessoal da súmula assinar como Roque Júnior. Ficou bem melhor e passei a me sentir bem dessa maneira. É um nome bem mais forte.

Você saiu do Palmeiras logo depois da Libertadores, consagrado, e desde então tem tido uma relação áspera com a imprensa. O que você acha que mudou?
Quando você está no Brasil e está conquistando títulos, como aconteceu comigo no Palmeiras, onde em cinco anos foram cinco troféus – uma Copa do Brasil, um Paulista, uma Mercosul, um Rio-São Paulo e a Libertadores, o pessoal te vê. Quando você está no Brasil, ganhando títulos, não tem como não ter um bom tratamento. Mas a grande imprensa não acompanha o futebol internacional e não sabem o que se passa num clube e na vida do atleta aqui fora. E isso atrapalha um pouco. Sabemos, como jogadores, que sempre haverá críticas temos de conviver com isso. Um dia jogamos bem, outro mal. É normal, mas tudo tem um limite. O jornalista, para falar, tem de saber aquilo sobre o que está falando, buscar a informação sobre o que está dizendo. Tem gente que fala sem nem saber o que está acontecendo. E não gosto disso. Só falo alguma coisa quando sei sobre o que estou falando. Muitas vezes alguma coisa que não é verdade passa a ser verdade depois de ser publicada ou de alguém divulgar.

Você saiu do Palmeiras e foi para o Milan. Como você avalia sua passagem por lá?
Muito boa. Cresci muito dentro de campo. Para um zagueiro, passar pelo futebol italiano é muito importante. Principalmente num clube como o Milan, com grandes jogadores. Aprendi muito e amadureci bastante fora de campo. Cheguei à Itália com 23 anos. Me sinto muito mais maduro do que imagino que estaria se tivesse ficado no Brasil até hoje. Foram três anos no Milan e tive boas temporadas. Infelizmente teve um que fiquei praticamente inteiro parado por causa da contusão no ombro e vejo com bons olhos esse período.

E esses três anos foram só alegria ou houve algum momento que você não gosta de lembrar?
Houve momentos em que eu estava jogando e as coisas estavam dando certo. Infelizmente o treinador, o Fatih Terim, foi trocado e a partir daquele momento as coisas não foram tão boas. Cada treinador tem sua maneira de ver e seu modo de jogar. Além da contusão, esse foi um momento em que eu estava bem e o treinador me dava confiança. Vejo que, infelizmente, houve aquela troca e a partir dali as coisas não foram mais as mesmas. Até por isso, depois chegou num ponto em que preferi sair para tentar novos ares.

Quando você diz que lamenta essa troca de treinador, você guarda alguma mágoa do Carlo Ancelotti, que entrou no lugar do Terim, por ele ter te preterido a outros jogadores?
Não tenho mágoa não. O treinador tem todo direito de escolher quem ele quer e o Milan tinha grandes jogadores, como sempre teve. Da mesma maneira que eu jogava com o Terim, outros não jogavam e os papéis acabaram se invertendo.

Você já jogou na Itália, na Inglaterra e agora está na Alemanha. Em qual país você se adaptou melhor?
Hoje me sinto bem na Alemanha e estou totalmente adaptado ao futebol alemão. Na Inglaterra foi um tempo pequeno, não deu para me adaptar ao futebol inglês, que é muito diferente, muito rápido e de muita força. Com certeza levaria muito tempo para me adaptar. O futebol italiano também é rápido, mas muito mais tático. Em meus dois primeiros anos, até a troca de treinador, me sentia bem. Na Alemanha é muito mais força, mas o jogador tem mais liberdade. O tempo só foi curto na Inglaterra.

Quanto os problemas financeiros do Leeds prejudicaram o time na temporada em que você passou por lá?
Tinha, realmente, essa crise. A idéia, quando assinei o contrato com eles, era levar mais jogadores, mas os problemas financeiros atrapalharam e prejudicaram o time. Tínhamos alguns bons jogadores, mas trocaram de treinador umas três vezes naquele período. Não deu para formar um elenco bom, como os outros times. Alguns outros jogadores também tinham acabado de chegar e não se adaptaram bem. À medida que os resultados ruins foram aparecendo, afetou cada um de nós individualmente.

Ter chegado no Leeds com a obrigação de substituir o Rio Ferdinand funcionou como pressão para você?
Até se falou muito nisso, mas para mim não. Eram times e elencos diferentes. O momento que passei por lá foi difícil para todo o clube. É diferente você chegar num time que está bem e num que está mal.

A Inglaterra é um dos países em que os jogadores brasileiros mais têm dificuldade de se adaptar. Naquele ano em que você passou por lá, você e o Jardel foram consideradas as maiores decepções da temporada. Existe mesmo essa diferença de jogar lá, por conta da adaptação?
O futebol inglês é diferente, de força, rapidez e bola longa. O brasileiro está acostumado a jogar e precisa ter um tempo para se acostumar. Meu tempo lá foi curto. Não me arrependo de ter ido para lá. Fora de campo, estava muito adaptado à Inglaterra. Gostei muito de lá. O povo na região onde eu morava era aberto e prestativo. Não tive problema nenhum. Mas uma coisa é dentro e outra fora. Pelo momento do Leeds, foi muito difícil.

O Leverkusen começou mal esta temporada, investiu pouco em reforços, perdeu o treinador, foi eliminado da Copa da Alemanha e da Copa da Uefa. A que você atribui esse fraco desempenho?
Foram embora muitos jogadores que já estavam acostumados aqui e chegaram muitos novos, que precisam de tempo. Começamos até bem, mas perderam para o Bayern de Munique e acabamos eliminados da Copa Uefa. Por outro lado, já estamos com outro treinador e o time tem evoluído muito se comparado ao que vínhamos jogando no começo da temporada. Houve uma mudança e a motivação é grande.

Ter demorado tanto tempo para contratar um treinador para o lugar do Klaus Augenthaler contribuiu para diminuir as chances do time na temporada?
Ainda temos chances. Tudo está meio embolado e, conhecendo o campeonato alemão, dá para ver que ganhando duas ou três você sobe muitas posições. Ainda tem muitos jogos pela frente. O importante é ganharmos os jogos. Nossa equipe melhorou muito de produção, mas precisamos ganhar. Estávamos empatando com o Hamburg, fora de casa, pela Copa da Alemanha, íamos para os pênaltis e tomamos o gol no finalzinho. O mesmo contra o Stuttgart, quando ganhávamos por 1 a 0 e tomamos o empate perto do apito final. Se fizermos uns nove pontos consecutivos subiremos bastante.

Seu contrato com o Leverkusen termina em 2007. O que você planeja fazer depois? Seguir para outro país ou continuar na Alemanha?
Minha vontade é permanecer na Europa por mais uns cinco ou seis anos, mas não tenho nada definido. Só no final do contrato é que dá para saber. No final de ano sempre aparecem algumas propostas e damos uma olhada, mas a idéia é seguir aqui mais esse ano e meio.

Tem algum outro país em que você gostaria de atuar?
Tenho vontade de jogar na Espanha. Já joguei na Itália, na Inglaterra, na Alemanha. Seria uma experiência única atuar nos quatro principais, algo que poucos já fizeram. Quem sabe pode ser o próximo país onde vou jogar.

Por que razão você acha que os zagueiros brasileiros têm uma carreira melhor nos clubes do que na Seleção?
Acho que isso é muito uma coisa criada pela mídia. Veja por exemplo Oscar, Luisinho, Júlio César, Edinho, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Ricardo Rocha, Aldair, Júnior Baiano. Todos jogaram aqui fora e são muito respeitados. Você vai a Paris e fala do Ricardo Gomes, ele é rei. Vai a Portugal ou à França e fala do Mozer, é rei. O Júlio César vai fazer a despedida dele do futebol na Alemanha, em Dortmund. E ele é brasileiro! O estádio vai estar lotado. Ele é rei lá. Vá a Roma e pergunta do Aldair… Ele jogou treze anos lá! Aí chegam na Seleção e tem essa coisa da ´zaga da Seleção´. Independente do nome do zagueiro. Sempre se fala disso. É impressionante! O ataque e o meio-campo vão bem, temos ótimos jogadores nas laterais, mas a zaga dá susto.

Em entrevista à Trivela, o Juan disse que a zaga joga para o time brilhar. Você se sente assim também? Você acha que as falhas defensivas são muito mais culpa do esquema do que de individuais?
Se você pega a lateral-direita, por exemplo, independente se é Cicinho, Maicon ou, atualmente, o Cafu. O papel dele é atacar. Ele é respeitado porque vai à frente. O Roberto Carlos, do outro lado, é a mesma coisa. Temos o Émerson, que é um cara de contenção, mas que sabe jogar. Aí do lado dele está o Zé Roberto, um cara que começou como lateral-esquerdo e hoje é como um ponta que volta para recompor o meio-campo. Aí tem o Kaká, que no Milan joga com uma linha de três homens atrás, o Ronaldinho, que no Barcelona joga pela esquerda e volta pelo meio, com dois ou três jogadores para permitir que ele faça as jogadas. Mas são jogadores conscientes que não jogamos só com a bola. E isso facilita para a gente. Hoje em dia, não dá para defender só com quatro, mas sim como time inteiro, compacto, em 30 metros. Aí, ninguém fica exposto.

Você acha que as pessoas aqui não sabem analisar o papel da defesa e prefere um time com 11 atacantes?
Também é isso. Você tem de ver e saber daquilo que está falando. Não dá para defender só com dois zagueiros ou com quatro. Você fica exposto. Acho que as pessoas não conseguem enxergar o que se passa dentro de um campo. Não dá para ter oito, nove atacantes. Para marcar gols, você precisa dos zagueiros para que a bola chegue bem lá na frente. E para não tomar, não apenas nós precisamos defender, mas o time todo. Essa é minha posição, mas é necessário que o atacante dê o combate no zagueiro deles para que não passe a bola. Independente dos jogadores que vêm jogando na zaga da Seleção, temos provado que sempre tivemos grandes zagueiros, desde os tempos do Oscar e do Luisinho.

A defesa brasileira é muito criticada por erros bobos de marcação, sobretudo em jogadas de bolas paradas. Por que surgem tantos gols nessas situações? Falta de tempo para treinar ou se entrosar? (Pergunta do leitor Igor Dias)
Muitas vezes, até a defesa ou os zagueiros podem errar. Se a bola está na lateral, você não pode deixar o cara cruzar. O problema não é só da zaga, é de um todo. Falar que o problema é sempre da defesa da Seleção, já é demais.

Você acha que no esquema atual da Seleção os zagueiros são sobrecarregados?
No momento, jogamos com jogadores de uma qualidade muito grande. Eles têm que saber que futebol não é só atacar. Tem de voltar, dar uma mão na defesa ou então a gente fica sobrecarregado. De oito, nove bolas, seis ou sete você fica no mano a mano. Aí não adianta nada ganhar sete e perder a em que os caras estão dentro do gol. Hoje temos grandes jogadores do meio-de-campo para a frente, mas eles têm de ter na cabeça que precisam dar uma mão para não ficarmos expostos e sobrecarregados quando estamos sem a bola.

Quem você acha que deve ser a dupla de zaga titular na Seleção na Copa?
Isso você tem de perguntar para o Parreira. Todo mundo quer jogar e não é diferente comigo (risos). Ele sabe do meu potencial. Já joguei uma Copa, participei de 14 dos 18 jogos das Eliminatórias, joguei a Copa das Confederações. Mas ele é quem vai decidir. O fato é que ele tem bons jogadores em mãos.

Você já se sente com uma vaga no time que vai à Copa? (Pergunta do leitor Geovan Gonçalves)
Só nos sentiremos garantidos quando sair a convocação final. Na minha cabeça, tenho que nessa trajetória, por ter participado de toda campanha – Eliminatórias, Copa das Confederações -, sinto que as coisas estão afunilando. Acredito que existe uma grande chance de eu estar lá pelo meu trabalho.

Você foi titular por quase toda a campanha das eliminatórias e deixou o time na reta final. Isso de alguma maneira te preocupa?
Fiquei fora do jogo com o Uruguai, quando estava machucado, com o Peru, pois estava suspenso, joguei contra a Argentina, mas fiquei fora do jogo com o Chile e depois o Parreira me deixou fora do jogo contra a Venezuela. Ele sabe o que posso dar e o que posso fazer. Posso até ter ficado de fora nessa reta final, mas participei de todas as outras partidas que garantiram os pontos para a classificação. Tenho totais condições de jogar.

Você participou das duas últimas duas campanhas do Brasil nas eliminatórias. Como você vê a diferença entre uma em que vocês foram mal e chegaram na Copa como azarões e outra em que terminaram líderes e são os favoritos absolutos ao título?
Para 2002 tudo estava indo bem até a saída do Vanderlei. Até lá, tinha uma base e isso é o mais importante. Trata-se de uma competição de longo prazo. Houve as três trocas de treinador e a Seleção não tinha uma base. Infelizmente, para 2002 isso não aconteceu. Quando chegou o Felipão isso mudou. Por um lado, as coiss foram ruins, pois só nos classificamos no último jogo. Mas por outro, foi bom para fecharmos o grupo, que superou um momento muito difícil. E isso influenciou na Copa do Mundo. Desta vez, a base foi mantida desde o começo, além de estarmos com muitos jogadores experientes que participaram do último Mundial e das últimas eliminatórias. Aí ganhamos a Copa América, a Copa das Confederações, fomos os primeiros nas eliminatórias e somos os favoritos para a Copa. Temos consciência disso, mas para ganharmos, precisamos lutar para ganhar. Só com a tradição e o favoritismo não ganharemos nada.

O episódio com o Galvão Bueno, na Copa das Confederações (quando Roque Júnior foi tirar satisfações com o narrador na beira do campo durante um treino, após críticas durante uma transmissão) foi pontual ou era uma coisa entalada para você?
Nem tenho muito o que falar sobre isso. Achei que devia falar o que falei, mas já passou.

Você se vê como o bode expiatório desse time?
Acho que tudo tem um limite. Influi muito essa história da zaga (ser tachada de ruim), que está impregnada na cultura futebolística brasileira, de acharem que é sempre culpa da defesa. A maioria da imprensa passa isso. Sou um jogador que tenta falar o que pensa e muitas vezes vou até contra algumas pessoas que tenham opiniões nesse sentido. Não por ir contra, mas para expor o meu ponto de vista. Para você falar as coisas, tem de entender e não falar por falar. Tem jogos em que todo mundo falha, e não apenas só um ou a zaga. Nesses últimos tempos, tudo era culpa do Roque Júnior. Pelo amor de Deus! Não estava jogando sozinho. Não sou contra as críticas, mas exijo respeito ao atleta e ao homem. Muita gente fala sem saber explicar o que fala. Não estou onde estou de graça. Cheguei à Seleção Brasileira, tenho 10 títulos em 12 anos de carreira, joguei em grandes clubes do mundo e, o que fiquei sabendo agora, sou o único jogador da história a ter jogado e conquistado as finais de Libertadores, Liga dos Campeões e Copa do Mundo. Trabalhei muito por isso.

Qual o melhor zagueiro com quem você já jogou?
Tive uma chance apenas de jogar com ele e foi num jogo festivo, na despedida dele em Roma: o Aldair, para mim um dos maiores zagueiros de todos os tempos e que não tem o respeito que mereceria ter.

Qual o atacante mais dificil de ser marcado?
Quando estava começando no São José, na Série A2, enfrentei o Monga, que jogava na Ponte Preta. Ele era muito forte e eu muito magro. Joguei duas vezes contra ele e ali foi difícil.

Qual o treinador que te deu mais segurança?
Tive várias etapas. No São José, nos juniores, teve o Marião, que até jogou no São Paulo. Antes de vir para o Palmeiras, ainda no São José, teve o Tata. O próprio Vanderlei Luxemburgo. O Felipão. O Zacheroni, no Milan, onde aprendi a jogar de uma maneira diferente. E também gostei do pouco tempo que tive com o Terim.

Quem você acha que é o melhor zagueiro do futebol atual? (Pergunta do leitor Igor Dias)
Não dá para apontar apenas um nome. Há muitos jogadores por aí que estão no mesmo nível.

Fotos: bayer04.de e Agência CBF

Foto de Equipe Trivela

Equipe Trivela

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