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Cinco momentos que provam que Francisco é o Papa mais boleiro

Nunca na história um pontífice ganhou tantas manchetes em veículos esportivos como o Papa Francisco desde que assumiu a função. Além de carismático, o argentino é apaixonado por futebol, e isso ajuda em sua relação com alguns fiéis e até mesmo com pessoas que não seguem sua religião, mas gostam de ver numa pessoa pública de tamanha importância um afeto pelo esporte parecido com o que elas têm.

A última demonstração de como Jorge Mario Bergoglio ama futebol veio pela organização de uma partida da paz. O Papa Francisco realizará no dia 1º de setembro, no Estádio Olímpico de Roma, um jogo que contará com a participação de algumas estrelas do futebol mundial. Diante da proximidade do jogo, listamos então cinco momentos em que ficou mais que provado que o hermano é o Papa mais boleiro que a Igreja já teve.

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Convite a estrelas do futebol mundial para um amistoso pela paz

Em agosto do ano passado, Bergoglio recebeu no Vaticano as seleções de Argentina e Itália, e em conversa com Javier Zanetti, presente com as delegações, começou a traçar os planos para a disputa de um jogo beneficente. Agora com data marcada, a partida acontece em 1º de setembro e contará com atletas em atividade e ex-jogadores de bastante renome, como Zidane, Messi, Pirlo, Baggio, Ronaldinho, Maradona e Buffon. Emocionado, Ronaldinho Gaúcho compartilhou há alguns dias o convite recebido. Maradona foi outro que basicamente garantiu presença, falando em entrevista ao La Nación que estava se preparando fisicamente para a partida.

Provocação a um arcebispo brasileiro durante a Copa

Após a estreia do Brasil na Copa do Mundo, o Papa esteve em um encontro com bispos latino-americanos. Como bom argentino e apaixonado por futebol, não poderia deixar escapar a chance de tirar sarro do arcebispo de Salvador, fazendo referência ao gol contra marcado por Marcelo no jogo contra a Croácia na abertura da competição: “Parabéns. O primeiro gol contra o Brasil deve ter sido difícil de engolir”.

Paixão pelo San Lorenzo e encontro com os campeões no Vaticano

San Lorenzo Visita Papa Taça Torneo Inicial 640

“Que gane San Lorenzo”: Logo que foi anunciado como o novo pontífice, a relação de Jorge Mario Bergoglio com o Ciclón foi uma de suas facetas mais exploradas. Em compensação, ele não tem decepcionado, e desde então não esconde sua paixão pelo clube que está próximo de uma conquista inédita de Libertadores. Após cerca de seis anos sem títulos, o San Lorenzo voltou a vencer na Argentina em 2013, levando o Torneo Inicial justamente no ano em que Bergoglio virou Sumo Pontífice. A ocasião não poderia passar sem destaque, e o Papa recebeu jogadores e comissão técnica do time no Vaticano, ganhando as luvas do goleiro Torrico e uma réplica da taça conquistada.

Sua defesa à esportividade em detrimento da transformação em negócio

Assim como muitos dos torcedores comuns, o Papa Francisco teme que o dinheiro se torne o mais importante no futebol. Em maio deste ano, após receber os finalistas da Copa da Itália, Fiorentina e Napoli, Bergoglio alertou para a necessidade de se manter sempre a esportividade acima do dinheiro e dos negócios. O argentino entende e defende que a função social do esporte nunca deve ser deixada de lado: “Atualmente, o futebol é um grande negócio, publicitário e televisivo, mas os fatores econômicos nunca podem prevalecer sobre os esportivos, sob o risco de contaminar tudo. O futebol tem uma responsabilidade social. Na Itália, Argentina e em outros países. É um fator social e exige uma responsabilidade da parte dos jogadores, dentro e fora de campo, e dos dirigentes”.

Sua paixão pelo futebol influenciando o resto do Vaticano

Charge Papa

A relação de Bergoglio com o futebol se espalhou também pelo Vaticano. Durante a Copa do Mundo, após a partida entre Argentina e Suíça nas oitavas de final, o Pontifício Conselho de Comunicação Social do Vaticano publicou no Twitter uma charge em que o Papa aparece assistindo ao jogo ao lado da Guarda Suíça, responsável pela segurança papal. Quando até um órgão oficial da sede da Igreja Católica entra na brincadeira, é porque a influência da paixão futebolística do Sumo Pontífice já se estabeleceu mesmo.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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