
Os fins de relacionamento são sempre complicados, ainda mais quando ainda há muito sentimento envolvido. É a sensação que passa quando Papu Gómez fala sobre a Atalanta. Aos 33 anos, o jogador deixou o clube italiano na última janela de transferências e foi para o Sevilla por €5,5 milhões. Foram seis anos e meio em Bérgamo e a sua passagem acabou depois de brigar com o técnico Gian Piero Gasperini e deixar de ser até relacionado para os jogos.
“Ainda hoje eu sofro para assistir a uma partida da Atalanta, me machuca. Estou feliz por eles, eles estão indo bem, mas eu não consigo me sentir bem”, disse o jogador, em entrevista à Sky Sport Italia. “Eu estou triste, espero que as coisas melhorem com o tempo”.
A saída da Atalanta foi uma decisão complicada para o jogador, que viveu os melhores anos da carreira em Bérgamo. Ainda assim, ele não se arrepende. “Eu ainda estou tentando entender como tudo isso aconteceu, eu sei que eu não sou culpado, mas não poderíamos continuar. Eu tomei a decisão certa”, disse.
Sem espaço na Atalanta depois da briga com Gasperini, restou ao jogador buscar um novo destino. Chegaram algumas propostas, mas ele teve clareza para saber qual foi a prioridade na escolha. “Tive ofertas da MLS, da Arábia, de muitos países com muito dinheiro. Mas eu não me importei, minha prioridade era o Sevilla”, contou. “Eu sei que havia pessoas que queriam que eu desaparecesse nesses países, mas eu estou mais do que orgulhoso de estar no Sevilla”.
Quando foi contratado pela Atalanta, no último dia da janela de transferências, em 1º de setembro de 2014, o argentino era relativamente desconhecido. Revelado pelo Arsenal de Sarandí, jogou pelo San Lorenzo, onde se destacou e foi para a Itália em 2010 para jogar no pequeno Catania. Ficou três anos no sul da Itália até que foi para o Metalist, da Ucrânia, mas o clube passou por severas dificuldades financeiras. Vendeu Papu Gómez ao Sevilla em setembro de 2014 e fecharia as portas em 2016.
Na Atalanta, Papu Gómez se tornou um jogador respeitado, destaque e capitão do time. Fez parte de um processo de crescimento da equipe para chegar às primeiras posições, à classificação para a Champions League e até um sonho de brigar pelo título na temporada passada, ainda que tenha acaba distante. Sua saída acabou sendo dramática depois da melhor temporada na história da Dea.
No Sevilla, o argentino ainda tenta se firmar. São 14 jogos até aqui, sendo nove deles por La Liga, dois na Champions League e dois na Copa do Rei. São 671 minutos em campo, uma média em uma média de 48 minutos por partida. Nos últimos cinco jogos pelo clube, foi titular em três e saiu do banco em dois.