Itália

Mourinho recebe quatro jogos de suspensão após confrontar árbitro da final da Liga Europa

Mourinho interceptou o árbitro Anthony Taylor na garagem da Puskás Arena em Budapeste depois da derrota para o Sevilla

Parece que José Mourinho permanecerá na Roma para a próxima temporada, mas não comandaria a equipe na linha lateral durante os quatro primeiros jogos da fase de grupos da Liga Europa. A Uefa anunciou nesta quarta-feira a suspensão do técnico português que criticou o árbitro Anthony Taylor após a derrota na final da competição para o Sevilla nos pênaltis em Budapeste – e depois o confrontou no estacionamento munido de alguns insultos.

Mourinho estava incontrolável durante o tempo normal e a prorrogação da decisão disputada no final de maio. Reclamou principalmente do critério de Taylor para entregar cartões amarelos. Ele apresentou 13 advertências, inclusive para o técnico português. “Lorenzo Pellegrini caiu na área e recebeu amarelo. Ocampos fez o mesmo, exatamente a mesma coisa, foi um escândalo, e nenhum amarelo foi dado. Erik Lamela, que converteu um dos pênaltis depois, merecia o segundo amarelo e não o recebeu”, afirmou.

Esperando para ir embora no estacionamento, Mourinho passou cerca de um minuto xingando Anthony Taylor, um velho conhecido dos seus tempos de Premier League. Depois, o árbitro e sua família foram hostilizados no Aeroporto de Budapeste por torcedores da Roma. A associação de árbitros da Inglaterra e a Uefa emitiram comunicados condenando aquele comportamento dos romanistas.

Mourinho foi condenado por “dirigir linguagem abusiva a um árbitro”, o que ele certamente fez. A Uefa também multou a Roma em € 50.000 e a proibiu de vender ingressos para o próximo jogo fora de casa pela Liga Europa, sob acusações de que a sua torcida “acendeu fogos de artifício, atirou objetos, causou danos e perturbação nas arquibancadas”.

Segundo o jornal Il Tempo, a Roma já começou os procedimentos para apelar da punição.

Mourinho contra a arbitragem

Mourinho está mais light desde que chegou à Roma, pelo menos menos ranzinza, mas entrou em diversos conflitos com a arbitragem durante a última temporada. Foi expulso três vezes e, no começo de maio, chegou a esconder um microfone na área técnica para, em suas palavras, se proteger do árbitro Daniele Chiffi – um dos que havia lhe mostrado cartão vermelho anteriormente.

Isso porque, alguns meses antes, foi expulso por outro apitador na derrota por 2 a 1 para a Cremonese e alega que foi desrespeitado e provocado pelo quarto árbitro, Marco Serra. Ameaçou entrar com um processo legal e questionou se a comunicação da arbitragem havia sido gravada. A resposta da entidade responsável pela arbitragem foi que não, não havia gravações. Então, ele decidiu fazer Justiça com as próprias mãos.

Mourinho gosta de adotar a linha de que a Roma é mais prejudicada pela arbitragem do que outros clubes importantes da Itália, talvez por não ter “a força de outros clubes, que podem vetar um árbitro”. Em declarações enigmáticas após a derrota para o Sevilla, nas quais deixou em aberto seu futuro na capital italiana, afirmou que estava “cansado de ser técnico, chefe de comunicações, o rosto que tem que dizer que fomos roubados”.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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