Inglaterra

Terry conta que liderou rebelião no Chelsea por se recusar a voar na classe econômica

Ex-capitão do Chelsea, John Terry contou uma história no mínimo inusitada, quando exigiu uma mudança geral no avião

Muito antes da gestão polêmica de Todd Boehly, o Chelsea viveu seus tempos de glória sob o comando de Roman Abramovich. Quando o russo era o dono, os Blues viveram seu período mais vencedor da história. Nomes como Didier Drogba, Frank Lampard e John Terry se tornaram ídolos. Contudo, o ex-zagueiro e capitão revela que liderou uma rebelião por se recusar a voar na classe econômica.

Em entrevista ao podcast Up Front, Terry contou a história no mínimo inusitada. Em junho de 2011, André Villas-Boas foi contratado pelo Chelsea junto ao Porto. O português tinha algumas semelhanças com José Mourinho, talvez o grande técnico da história dos Blues: ambos se destacaram no Porto e foram para Londres para tentar o sucesso na Premier League. Contudo, o zagueiro conta que o mais novo tinha uma postura diferente do antecessor.

John Terry disse que, na viagem de pré-temporada para Hong Kong, o cartão de visitas de Villas-Boas foi colocá-lo, junto com os mais experientes, na classe econômica do voo. Por outro lado, o técnico deixou jogadores mais jovens na primeira classe do avião. A ação do português irritou o então capitão dos Blues, que exigiu uma mudança geral e bateu de frente com o novo chefe:

— Entramos no avião e eu fui colocado na classe econômica, mas jogadores jovens como Josh McEachran e Nathaniel Chalobah estavam na primeira classe. Fazia parte da tentativa de Villas-Boas deixar claro que nenhum jogador era maior do que ele. Entrei no avião e insisti que não iríamos a lugar nenhum até que os jovens voltassem à classe econômica e os jogadores do time principal, que construíram o clube até onde ele estava, fossem para a primeira classe — diz Terry.

Terry não abaixou a cabeça para André Villas-Boas no Chelsea

Terry garante que não abaixou a cabeça para André Villas-Boas no Chelsea. Ao se deparar com a indireta do treinador no Chelsea, o ex-zagueiro fez de tudo para que os veteranos viajassem de primeira classe, enquanto os mais novos voltassem para a classe econômica. O eterno capitão dos Blues deixou claro que os companheiros de equipe não eram o problema, mas sim a ação do português:

— Aí o Villas-Boas entrou (no avião) e perguntou o que estava acontecendo. Então eu disse a ele que não íamos a lugar nenhum até que os jovens fossem transferidos. Para ser justo com os jogadores, eles ficaram felizes em voltar (para a classe econômica), mas garanti que a decisão não era deles. Tinha que vir do treinador. Acabámos trocando de lugares. E é assim que deve ser. Eles se esforçando para estar onde conquistamos o direito de estar. (André Villas-Boas) tentou passar uma mensagem no primeiro dia e falhou instantaneamente. Aquele avião não ia a lugar nenhum e, se fosse, teria sido sem mim, Lampard e Drogba — finalizou John Terry

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Ele não durou muito no cargo

Com esse primeiro contato eletrizante com os principais jogadores, Villas-Boas não durou muito no cargo. Em março de 2012, menos de um ano depois, os Blues demitiram o português após uma sequência de resultados negativos. Obviamente, os atritos com os medalhões do elenco também impactaram na saída precoce do treinador. Curiosamente, na mesma temporada, o time de John Terry e companhia conquistou o título inédito da Champions League.

Foto de Matheus Cristianini

Matheus CristianiniRedator

Jornalista formado pela Unesp, com passagens por Antenados no Futebol, Bolavip Brasil, Minha Torcida e Esportelândia. Na Trivela, é redator de futebol nacional e internacional.
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