Dois jogadores da Premier League são pegos em antidoping, mas fogem de suspensão
Ainda não se sabe quais substâncias foram encontradas nos atletas da primeira divisão da liga inglesa
Dois jogadores da Premier League testaram positivo para uma substância proibida na temporada passada, mas ambos escaparam de sanções disciplinares.
O ponta do Chelsea Mykhailo Mudryk continua cumprindo uma suspensão provisória após encontrarem uma substância em um teste de urina de rotina, em novembro do ano passado, mas ele não foi o único a ter testes reprovados.
O site britânico “The Athletic” revelou que uma solicitação de Liberdade de Informação (FOI) ao UK Anti-Doping (UKAD), agência encarregada de supervisionar programas de testes nos esportes, mostrou que dois jogadores testaram positivo para uma substância proibida em meio aos 606 testes realizados imediatamente após os jogos da Premier League e da Football League (EFL) na temporada passada.
Dois jogadores também retornaram amostras positivas durante a temporada 2022/23, um após um jogo e o outro durante testes fora de competição. O UKAD confirmou que nenhum dos jogadores que testaram positivo para substâncias proibidas enfrentou sanções.
O renomado veículo inglês explicou que um processo confidencial protege a identidade dos jogadores em questão e não está claro quais substâncias foram encontradas nas amostras ou por que eles escaparam da punição.
Vale salientar que um achado analítico adverso não infere automaticamente a uma violação de regra antidoping. Os jogadores podem se isentar de sanção para uso da substância de forma terapêutica, mediante a um documento médico comprovando a necessidade da utilização.
As sanções também podem ser evitadas se o jogador conseguir mostrar que a substância foi ingerida por meio de uma substância permitida.
A reportagem mostrou ainda que o número de testes realizados pelo UKAD caiu significativamente em relação ao ano anterior. Houve 2.176 testes (606 em competição e 1.570 fora de competição) em Premier League, Championship, League One e League Two em 2023-24, um ano após as mesmas quatro divisões terem visto 2.546 testes realizados (684 em competição e 1.772 fora de competição).
Portanto, houve uma queda de 11% nos testes considerando todas as divisões de futebol masculino da Inglaterra.
Com que frequência os jogadores são testados na Premier League?
Segundo o “The Athletic”, dos 2.176 testes realizados na temporada passada, 982 foram em clubes da Premier League. Isso, em teoria, sugeriria que aproximadamente 50 amostras foram coletadas em cada time da primeira divisão inglesa. O número inclui testes aleatórios pós-jogo, bem como visitas a centros de treinamento e residências.
Jogadores que atuam em competições europeias estão sujeitos a mais testes. A UEFA informou ao site britânico que 3.939 amostras foram coletadas em suas competições de clubes e seleções por agentes de controle de doping na temporada passada, incluindo as finais de Eurocopa e Champions League, onde os testes foram mais frequentes.
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Casos recentes de doping no futebol europeu
Além do caso de Mudryk, Paul Pogba completou 18 meses de suspensão depois que foram detectados níveis elevados de testosterona em seu corpo quando atuava na Juventus, em agosto de 2023.
O meio-campista Oscar Zambrano, do Hull City, da Championship, emprestado pelo clube equatoriano LDU Quito, foi banido por 16 meses em novembro do ano passado por violação das regras antidoping da Conmebol. Ele entrou com um recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).
O último jogador banido pela Federação Inglesa de Futebol por tomar uma droga para melhorar o desempenho foi Bambo Diaby, então atleta do Barnsley, que foi suspenso por dois anos depois que a substância proibida higenamina foi detectada após uma partida em novembro de 2019.
