Liverpool aumenta vantagem, mas deixa o gosto de chance perdida ao empatar com o Leicester

O Liverpool ainda não havia perdido pontos em partidas contra adversários que não fazem parte do grupo dos clubes mais ricos da Inglaterra quando entrou em campo contra o Leicester, em Anfield, nesta quarta-feira. Era a chance de abrir sete pontos de vantagem para o Manchester City, que havia perdido do Newcastle. A chance foi desperdiçada. Em uma partida abaixo da média, os Reds ficaram no empate por 1 a 1.

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E poderia ter sido pior. Eliminado das copas inglesas, o Liverpool teve 11 dias de descanso desde a sua última partida, contra o Crystal Palace, e começou o duelo contra o Leicester com tudo. Abriu o placar logo aos 2 minutos. Robertson tocou para o meio da área. Em um misto de corta-luz de Firmino e furada de Evans, a bola sobrou para Mané, que mandou com precisão no canto de Schmeichel.

Na sequência, Firmino quase ampliou, com uma bela jogada. Dominou no peito pela esquerda, limpou Ricardo Pereira e bateu colocado. Schmeichel fez grande defesa. O controle era todo vermelho, e as melhores chances do Leicester surgiram em erros de saída de bola de Alisson. Até o último lance da etapa. A defesa dos donos da casa afastou falta cobrada pela direita, e Chilwell jogou de volta para a área com a cabeça. Maguire saiu nas costas dos defensores e, livre, tocou às redes. Foi o oitavo gol que o Liverpool sofreu nas últimas cinco partidas por todas as competições, dado preocupante em contraste com a solidez da retaguarda que foi o carro-chefe da primeira metade do campeonato.

O Leicester voltou melhor do intervalo e teve duas grandes oportunidades de virar. Na primeira, James Maddison ficou cara a cara com Alisson, mas bateu torto. Na outra, Maguire estava novamente livre – e impedido – quando cabeceou para a pequena área. Firmino cortou e quase marcou contra. Alisson defendeu bem com as pernas. No outro lado, a melhor chance foi uma bola enfiada por Firmino para Keita. Na hora da finalização, o meia foi calçado, mas o árbitro não anotou pênalti.

O Liverpool demorou alguns minutos até conseguir começar a pressão para buscar o segundo gol no fim, como tantas vezes aconteceu nesta temporada. Klopp tentou mexer as peças, com as entradas de Lallana e Fabinho. No fim, colocou Sturridge inexplicavelmente no lugar de Firmino, que era o melhor jogador do ataque vermelho. A pressão aconteceu, mas o gol, desta vez, não apareceu.

Na frieza dos números, o Liverpool abriu um ponto a mais em relação ao Manchester City, com uma rodada a menos. Na prática, inclusive pela questão psicológica, de se mostrar inabalável aos adversários, foi uma oportunidade desperdiçada.