Estabilidade e um centroavante ‘top’ seriam os presentes de Natal ideiais para o Chelsea
Chelsea treinado por Pochettino é marcado por irregularidade e a ausência de um camisa nove
Apenas o 12º colocado na Premier League da temporada passada, o décimo na atual, se o torcedor do Chelsea tivesse direito a um pedido para o clube em 2024, com certeza seria, enfim, uma estabilidade, não vista desde que o clube trocou de dono em maio do ano passado. A Trivela analisou o que os Blues necessitam para o próximo ano e trouxe mais dois outros fatores que o time precisa.
Trabalho de Pochettino precisa evoluir para trazer estabilidade
Na atual temporada, o Chelsea deu sinais que poderia competir com os gigantes. Um exemplo é o retrospecto frente ao Big Six, perdendo apenas para o Manchester United, goleando o Tottenham por 4 a 1 (então líder) e vendendo caro os empates frente a Liverpool, Arsenal e Manchester City, além de vencer o sempre chato Brighton por 3 a 1 com um a menos por mais de 45 minutos. Quem só vê esses resultados, imagina uma equipe das posições acima no Campeonato Inglês, mas, justamente nos jogos menores, o clube se complicou e soma apenas 22 pontos.
O mesmo time que conquistou todos os resultados citados foi o que perdeu para Nottingham Forrest e Brentford, ambos em casa, além de ser goleado pelo Newcastle, que tem elenco enfraquecido pelas lesões recentes. A instabilidade, já vinda da última temporada, impede o clube de encaixar três vitórias seguidas – o máximo foram duas, frente a Fulham e Burnlet, no início de outubro.
O técnico argentino Mauricio Pochettino, no cargo desde julho desse ano, já mostrou padrão tático em alguns momentos, utilizando diferentes formações para atacar e defender, mas falta efetividade no ataque – e aí entra o próximo pedido da torcida londrina.
A necessidade do Chelsea de um centroavante – mesmo gastando bilhões
A crise dos Blues está no coletivo, óbvio, o trabalho do Pochettino ainda não engrenou como esperava para um técnico que tem semanas livres para trabalhar, pois não disputa competições europeias, mas também há uma lacuna clara no elenco: um verdadeiro centroavante. Nada contra Nicolas Jackson, muito pelo contrário. O jogador é promisso, tem apenas 22 anos, só que a questão é que ele nunca foi efetivamente um homem de área, responsável por monopolizar os gols. A temporada mais goleadora da curta carreira até agora foi a última, quando marcou 13 vezes em 38 partidas pelo Villareal, clube no qual jogou como ponta em alguns momentos.
Além de Jackson, Armando Broja, cria da base do clube e da mesma idade do senegalês, é outra opção para o comando do ataque, mas em 11 partidas na temporada só marcou uma vez. O garoto brasileiro Deivid Washington, de 18 anos, jogou apenas nove minutos na Premier League e ainda exige maior adaptação.
E pensar que atualmente o Chelsea tem Romelu Lukaku emprestado à Roma, autor de 12 gols em 19 partidas nesta temporada. É verdade que o belga já teve suas oportunidades pelos Blues desde que chegou, em 2021, e nunca desempenhou o que se espera, porém, em comparação ao que Pochettino tem à disposição atualmente, o centroavante de 30 anos seria uma ótima pedida.
Copa da Liga Inglesa é uma possibilidade de título na crise
Mesmo com todos os astéricos da temporada, o Chelsea tem uma chance bem possível de título. No suor, conseguiu arrancar um empate no final contra o Newcastle pelas quartas de final da Copa da Liga Inglesa na última terça (19) e avançou nos pênaltis. O sorteio colocou o modesto Middlesbrough, 13º na Championship, nas semifinais, em jogos de ida e volta marcados para os dias 9 e 23 de janeiro, respectivamente.
Se repetir parte dos melhores jogos vistos na temporada, consegue superar um adversário muito inferior tecnicamente. O outro lado da chave é mais pesado, com um confronto de Premier League entre o Liverpool, lutando pelas primeiras colocações da liga, e o Fulham, em boa fase recente. Em uma decisão de um jogo só em Wembley tudo ficará mais igualado, e o torcedor Blue tem o direito de sonhar com uma taça.