Copa da Inglaterra

Liverpool é mortal contra Arsenal e avança na Copa da Inglaterra

Um gol contra e outro por contra-ataque deram a vitória para o Liverpool em cima do Arsenal pela Copa da Inglaterra

Um jogo equilibrado aconteceu no Emirates Stadium neste domingo (7), pela terceira fase da Copa da Inglaterra. O Arsenal jogou muito melhor o primeiro tempo, enquanto o segundo foi mais equilibrado e, quando engantou chances seguidas, o Liverpool aproveitou para fazer dois gols, vencendo por 2 x 0 e avançando para próxima rodada da competição (o adversário será definido via sorteio).

A derrota confirma uma má fase em resultados para os Gunners, derrotado nos últimos três jogos, sem vencer há quatro. O time de Jurgen Klopp, líder da Premier League, se mantém vivo em quatro competições na temporada 2023/24.

Arsenal é melhor e peca na efetividade; Reds mandam uma no travessão no fim

Os dois técnicos mesclaram os times com titulares e reservas. No Arsenal, a linha de defesa era quase toda a principal, com os dois zagueiros William Saliba e Gabriel Magalhães e o lateral-direito Ben White. A exceção era Jakub Kiwior na lateral-esquerda e Aaron Ramsdale no gol. No meio-campo, Declan Rice era o primeiro volante, tendo Jorginho e Martin Odegaard logo a frente. No ataque, Kai Havertz ficou mais centralizado, Bukayo Saka à direita e Reiss Nelson à esquerda.

Os Reds de Jurgen Klopp, já sem Mohamed Salah (convocado para a Copa das Nações Africanas) e Wataru Endo (convocado para a Copa da Ásia), não contaram com Virgil van Dijk na defesa, dando espaço para o jovem Jarell Quansah jogar ao lado de Ibrahima Konaté. Nas laterais estavam Joe Gomez (esquerda) e Trent Alexander-Arnorld (direita). Curtis Jones, Alexis Mac Allister e Cody Gakpo ocupavam o meio e municiavam o ataque composto por Luis Díaz, Darwin Núñez e Harvey Elliott.

Como aconteceu no empate em 23 de dezembro do ano passado pela Premier League, o Arsenal começou amassando e tomando completamente o controle do jogo, empilhando chances. Primeiro, lançamento de Ramsdale se aproveitando da linha alta da defesa do Liverpool, chegou em Nelson. Ele limpou Alisson, mas a bola escapou e quando finalizou já não tinha ângulo para tomar o rumo do gol.

Pressionando no campo de ataque, conseguiu roubar uma bola perigosa com Havertz. O alemão tentou tocar para dentro e a defesa afastou. Odegaard pegou a sobra perto da marca do pênalti e mandou uma pedrada no travessão.

Arsenal x Liverpool
Arsenal foi superior ao Liverpool no primeiro tempo (Foto: Arsenal)

Com o passar do tempo, a intensidade dos Gunners caiu, mas o controle se manteve com o time da casa. Por pouco não abriu o placar com Saka e Havertz, ambos falhando no momento decisivo de finalizar. Antes dos 40, Alisson fez a primeira defesa do jogo em tentativa de Ben White, uma bomba e o goleiro espalmou para linha de fundo. O brasileiro teria outra intervenção antes do fim, dessa vez mais fácil, em chute de Havertz no meio do gol.

Pouco fez o Liverpool nos 45 minutos iniciais. Sem muitos titulares, especialmente Salah, sofreu em todos os aspectos. Não teve boa saída, sofreu com a pressão do Arsenal e não conseguia colocar a mesma intensidade quando mordia no campo de ataque. Só aos 44, finalmente, levou perigo. Em rara (e bonita) jogada, vindo de dentro para fora, Arnold chutou forte de primeira já dentro da área, Ramsdale deu um sutil toque e a bola explodiu no travessão.

Liverpool melhorou no segundo tempo e contou com gol contra para vencer

Não houve mudanças nos times no intervalo. O que também não mudou foi o perigo trazido pelos Gunners. Com apenas três minutos, Saka disparou nas costas de Joe Gomez e quase ficou na cara de Alisson, se não fosse uma recuperação perfeita do defensor, impedindo uma finalização.

O Liverpool teve uma troca tática para etapa final. Gakpo, que entrou como o meia pela direita, foi movido ao centro do ataque. Com isso, Elliott virou meio-campista e Núñez ficou como ponta pela esquerda. Nesse novo posicionamento, o uruguaio quase marcou um golaço aos oito, partindo para dentro e batendo colocado. A bola passou perto do ângulo de Ramsdale.

A resposta Gunner veio em linda jogada ensaiada na falta. Havertz recebeu na esquerda da área, pensou e deu uma cavadinha para Saka pegar mal na bola, quase de canela, mandando para fora. Logo após, Klopp efetuou as duas primeiras mudanças: Diogo Jota no lugar de Gakpo e Ryan Gravenberch na vaga de Mac Allister. Pelo Arsenal, quem entrou foi o brasileiro Gabriel Martinelli, substituindo Nelson.

O Liverpool até melhorou no segundo tempo, atacou e finalizou mais vezes, chegando a ter mais posse de bola em alguns momentos. Teve a chance de abrir o placar com Núñez, em um contra-ataque que deixou a situação de dois contra um, mas quando foi servir Díaz, mandou atrás do jogador e atrasou a jogada. A equipe da casa era levemente superior, dominando um pouco mais, faltando incomodar o Alisson.

Se o brasileiro não trabalhou muito, quem brilhou foi Ramsdale. Jogada bonita, de Jota para Díaz por dentro, o colombiano invadiu a área e bateu de canhota cruzado. O goleiro inglês fez uma intervenção essencial e mandou para escanteio. Na cobrança do corner, Jota cabeceou no travessão e na sobra Núñez mandou para fora. O melhor momento dos Reds no jogo.

A melhora do visitante foi recompensada aos 34 minutos. Falta sofrida por Gravenberch na ponta direita, Arnold cobrou na pequena área e Kiwior, contra, desviou para as redes antes de Ramsdale chegar. O gol aconteceu após duas mudanças de Klopp, colocando os garotos Conor Bradley e Bobby Clark nos lugares de Elliot e Jones, respectivamente.

Imediatamente após o gol, Mikel Arteta tirou o meio-campista Jorginho e colocou o atacante Edward Nketiah. Antes dos acréscimos, Leandro Trossard e Emile Smith-Rowe também ganharam minutos. As trocas ofensivas e a desvantagem no placar deixou o Arsenal mais com a bola no fim, mas isso não significou muito trabalho para Alisson, nem com os vários cruzamentos despejados na área dos Reds. O Liverpool se segurou e confirmou a vitória com um contra-ataque mortal: Núñez carregou pela esquerda, tocou para Jota, que mandou para Díaz dominar e mandar às redes.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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