O FIFA 23 mostrou que a EA Sports precisa urgentemente mudar a Seleção da Semana (TOTW)

A Seleção da Semana 26, lançada na última semana, foi a última desta temporada do Ultimate Team. O formato homenageia as atuações dos jogadores nas suas ligas domésticas – em alguns casos nas Seleções Nacionais – e garante uma carta especial de valor básico elevado, ao menos 10 mil moedas. A grande questão é que, como acompanhamos semanalmente aqui, poucas TOTWs realmente trazem cartas utilizáveis e, quando acontece, é uma carta que já é meta naturalmente dentro do jogo (Cristiano Ronaldo, Messi, Mbappe, Neymar, Haaland). Contando que a EA Sports mudou várias dinâmicas no jogo ao longo deste ano para gerar maior engajamento, o que é possível fazer para dar relevância a este formato?

Ao longo da temporada 2023 do FUT, alguns eventos tiveram suas dinâmicas alteradas – inclusive os TOTS, que está ativo agora – e várias novas versões de cartas foram criadas – como os novos Heróis e Ídolos temáticos. A Seleção da Semana também teve implantado o “Jogador em Destaque”, que recebe um upgrade maior para tentar atualizá-lo para o momento do jogo. Na prática: não funcionou. Os jogadores que são meta recebem poucas versões in form, para não se popularizarem e manterem o seu valor de mercado, enquanto os demais não recebem melhorias simbólicas para serem utilizáveis. 

Uma coisa que incomoda a comunidade é a aleatoriedade na escolha dos jogadores. Em alguns casos, a EA Sports evita que o mesmo jogador tenha várias cartas in form na mesma temporada. Vale citar o caso de Erling Haaland: o norueguês ostenta uma temporada fantástica, inclusive batendo o recorde de gols em uma única edição da Premier League. Haaland apareceu apenas uma vez na Seleção da Semana. Será que em nenhum outro momento ele mereceu uma carta in form? Sua versão especial foi atribuída no começo de outubro e, desde então, ele teve atuações assombrosas que poderiam garantir novas cartas especiais.

Para que a Seleção da Semana volte a ser relevante, ainda mais depois de uma temporada que esbanjou em termos de eventos e cartas especiais (em especial Ídolos e Heróis) melhorias simbólicas são necessárias. Uma opção é dar saltos mais relevantes para todas as cartas, não só as que estão em destaque. Outra possível alternativa, que mudaria totalmente a dinâmica do FUT, seria criar DMEs temáticos semanais. Esses desafios criariam cartas mais atualizadas de jogadores que estão em evidência e ainda agitariam o Mercado de Transferências. Por exemplo, um jogador que anotou um hat-trick e outro que decidiu o grande jogo da rodada ficariam disponíveis ao longo da semana para serem desbloqueados em versões especiais in form com números adequados ao momento do jogo. Isso também corrigiria uma crítica da comunidade: que sempre os mesmos jogadores são disponibilizados, ano após ano, em versões especiais, mesmo que não estejam tendo destaque no cenário do futebol mundial ou nacional local.

O que esperar do EA FC?

Agendado inicialmente para julho de 2023, bem antes do que era costumeiro com o lançamento em outubro, o EA FC encerrará uma parceria de 30 anos entre Electronic Arts e FIFA. A franquia mantém seus pontos principais: mecânica de jogo e licenças das principais ligas e dos jogadores ligados à FIFPro. Saem de cena os naming rights e as competições da maior instituição do futebol, as Copas do Mundo masculina e feminina – que ainda podem ser negociadas no próximo ciclo. A promessa da produtora é de que “esta nova plataforma independente trará novas oportunidades de inovar, criar e evoluir. Isso é muito mais do que apenas uma mudança de símbolo – como EA SPORTS, estamos comprometidos em garantir que a EA SPORTS FC seja um símbolo de mudança”, como divulgado em nota oficial.