Copa Feminina: Espanha supera crise interna, vence a Inglaterra e é campeã inédita
A lateral Olga Carmona foi quem marcou o gol do título que coroou a surpreendente campanha espanhola

Com toques dramáticos, a Espanha sagrou-se campeã da Copa do Mundo Feminina neste domingo (20). A seleção espanhola superou a crise interna com seu treinador, Jorge Vilda, venceu a favorita Inglaterra, por 1 a 0, e confirmou que é uma nova potência do futebol feminino. Mais uma vez, o Estádio Olímpico de Sydney recebeu grande público, e cerca de 75 mil pessoas acompanharam a coroação da campanha espanhola.
O APITO FINAL QUE SAGROU A ESPANHA COMO A GRANDE CAMPEÃ DA MAIOR COPA DO MUNDO FEMININA DE TODOS OS TEMPOS!
EMOÇÃO SURREAL DAS ESPANHOLAS! ???
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— CazéTV (@CazeTVOficial) August 20, 2023
Espanha 1 x 0 Inglaterra
A proposta de jogo das espanholas, de toque de bola e marcação alta, rendeu a vantagem antes do intervalo, mesmo que os primeiros 45 minutos tenham sido equilibrados.
Por outro lado, a Inglaterra usou a experiência de seu elenco para usar o contra-ataque como fator surpresa. A estratégia rendeu boas oportunidades para as Leoas abrirem o placar, inclusive em uma bola na trave.
Porém, o estilo envolvente da La Roja prevaleceu, e Olga Carmona colocou sua equipe à frente com um golaço. Aos 29 minutos, María Caldentey achou Carmona pelo meio. A lateral-esquerda dominou em velocidade e finalizou cruzado, sem chances para defesa de Mary Earps.
Depois do intervalo, a técnica Sarina Wiegman mudou a formação inglesa, deixando a equipe mais ofensiva, com as entradas de Chloe Kelly e Lauren James em uma tacada só. As alterações renderam, e as Leoas fizeram uma blitz na área adversária, mas sem levar tanto perigo.
Pouco tempo depois, em um contragolpe da Espanha, Keira Walsh colocou a mão na bola dentro da pequena área e fez pênalti. Jennifer Hermoso, camisa 10, cobrou no canto direito, mas Earps encaixou a defesa sem dar rebote.
O papel da goleira inglesa foi fundamental para impedir que a Espanha ampliasse o placar. No entanto, o sistema ofensivo pecou bastante, sem conseguir traduzir a pressão em chances reais de gol. Por outro lado, Aitana Bonmati flutuou pelo meio, em especial nos contra-ataques, e criou boas chances para Paralluelo finalizar.
Por fim, houve bastante tempo adicional para a Inglaterra tentar o empate – mais de 13 minutos foram adicionados ao relógio – mas sem sucesso. Mesmo com o desespero das inglesas, que se atiravam na bola na ânsia por um gol, a árbitra apitou o fim de jogo.
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— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) August 20, 2023
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Olga Carmona faz homenagem em gol
A lateral responsável pelo gol do título fez uma homenagem à mãe falecida de uma amiga durante a comemoração. Mostrando uma camiseta com a palavra “Merchi” escrita por baixo da camisa.
– Antes de mais nada, essa vitória foi uma conquista e queremos dedicar a mãe de uma amiga que morreu recentemente, na hora do gol quis fazer esta homenagem, mostrando o nome dela – contou em entrevista pós-jogo.
Campanha da Espanha coroa nova potência mundial
A Espanha, com o DNA da escola de toque rápido do país, apostou em um futebol de posse de bola e passes curtos, muitas vezes abdicando de uma possibilidade de finalização para uma ação extra.
Além disso, Jorge Vilda, mesmo com a crise interna, soube explorar ao máximo o lado talentoso e do futebol arte da equipe, mostrando ao mundo o motivo de a Espanha ser uma nova potência da modalidade.
– Difícil descrever (o sentimento), mas é sobretudo uma alegria e um orgulho desse excelente time espanhol. As pessoas estão vendo uma nova Espanha, um time que sabe sofrer também, mas com muita qualidade. Quero ver todo mundo na rua, todo mundo comemorando – afirmou o técnico após o título.