Copa do Mundo Feminina

Copa do Mundo Feminina: Brasil amarga empate com a Jamaica e cai com adeus de Marta

Com zero a zero decepcionante no placar, as brasileiras caem para as jamaicanas, que fazem apenas a segunda participação no Mundial

O Brasil empatou com a Jamaica sem gols, nesta quarta-feira (2), e caiu na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina. O dia difícil para a Canarinho ficou ainda mais difícil pela despedida de Marta. A maior jogadora de todos os tempos vestiu a camisa verde e amarela pela última vez, após seis participações em mundiais. 

Com mais de 27 mil pessoas nas arquibancadas do Estádio Retangular de Melbourne, na Austrália, a seleção atacou durante os 94 minutos de partida, mas sem sucesso para balançar as redes. A equipe brasileira precisava vencer as jamaicanas para continuar viva no Mundial, após a derrota para a França no último sábado (29)

Os resultados do Grupo F confirmaram França e Jamaica nas oitavas de final da competição.

 

Marta entra como titular e se despede da seleção 

O peso do confronto contra as jamaicanas fez com que Pia Sundhage pensasse mais no lado emocional. Por isso, confirmando uma suspeita que já pairava ao longo da semana, a técnica sueca colocou a Rainha do Futebol como titular. 

O problema é que a escolha não foi o suficiente para evitar que o time entrasse claramente abalado em campo. Sob pressão, e diante de adversárias muito compactadas na defesa, as brasileiras sofreram e erraram muito. 

Ao fim do embate, a maior atleta do futebol feminino concedeu entrevista na saída do campo e deu adeus à seleção brasileira após seis Copas do Mundo.

– O futebol feminino vem crescendo, o futebol feminino é um produto que dá lucro, prazer de assistir. Por isso, continuem apoiando. A Marta acaba por aqui, estou grata pela oportunidade que tive e muito contente com tudo isso que vem acontecendo com o futebol feminino do nosso Brasil e do Mundo. Para mim é o fim da linha agora, para elas só o começo. 

Brasil mostra psicológico fraco e erra passes 

O primeiro tempo da seleção brasileira foi problemático. Além de perder espaço no meio de campo, as jogadoras cometeram inúmeros erros. Até os 30 minutos, o Brasil tinha 63% da posse de bola contra apenas 14% da Jamaica. No entanto, a equipe demonstrava muito nervosismo ao errar passes simples. Foi um festival de falhas.

Faltou paciência para as atletas conseguirem quebrar a compacta defesa das adversárias. O ataque brasileiro errou no último passe e nas finalizações. Além disso, o esquema adotado por Pia Sundhage (4-4-2) se mostrou fraco. 

Pia erra na estratégia e demora para mudar

No retorno do segundo tempo, a treinadora trocou Ary Borges por Bia Zaneratto, uma vez que as principais jogadas saíram por bola aérea pela lateral esquerda. Por mais que tentasse colocar a bola na área, o Brasil parava na defesa das Reggae Girls, que ainda contaram com a atuação heroica de Becky Spencer debaixo da meta. 

Por fim, o maior problema foi a demora para a técnica realizar trocas na segunda etapa. As substituições no atacado – com a entrada de Geyse, Andressa Alves e Duda Sampaio – só aconteceram aos 80 minutos. Os dez minutos restantes de tempo regulamentar, mais os quatro de acréscimo, foram insuficientes para que a seleção mudasse a realidade da eliminação. 

Foto de Livia Camillo

Livia CamilloSetorista

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário FIAM-FAAM, escreve sobre futebol há cinco anos e também fala sobre games e cultura pop por aí. Antes, passou por Terra, UOL, Riot Games Brasil e por agências de assessoria de imprensa e criação de conteúdo online.
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